terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Adeus Ney Pacheco!


Faleceu, na tarde desta segunda-feira, no Hospital Celso Ramos, o blogueiro alvinegro Ney Pacheco, um dos melhores jornalistas esportivos do país, em decorrência de complicações após cirurgia de redução de estômago, que havia se submetido em 12 de novembro passado.

Ney se expressava como poucos. Seu blog, em que escrevia sobre o Figueirense, sua grande paixão  (http://ney.meufigueira.com.br/), era muito respeitado por todos, inclusive por blogueiros de  times rivais, sendo, com certeza, o mais acessado entre todos os blogs sobre equipes de futebol em Santa Catarina.

Além da técnica apurada e do dom inquestionável para lidar com as palavras, Ney era respeitado e admirado também pelo seu caráter, por sua integridade, por ter e nunca se desviar dos seus princípios.

E suas críticas, firmes, mas sempre muito fundamentadas e colocadas de forma educada, eram temidas por seus destinatários, especialmente por aqueles que se acham acima do Figueirense.

Perdemos nosso melhor blogueiro. Perdemos também um grande homem. E o Figueirense perdeu um árduo defensor dos interesses do clube.

Descanse em paz, meu ídolo Ney Pacheco.

sábado, 10 de setembro de 2011

Wilson agora é frangueiro?


Há poucas semanas o goleiro Wilson era incontestável, com muita gente, inclusive, defendendo a sua convocação para a seleção brasileira.

Agora a coisa mudou. Passou a ser contestado a cada lance e, para muitos, praticamente todos os últimos gols sofridos pelo Figueirense são decorrentes de falhas suas.

O goleiro que voava como um gavião, atualmente é mais vinculado a outra ave: o frango.

Muita gente já pede a entrada de Ricardo em seu lugar.

Mas há motivo para tudo isso? Na minha opinião não. Wilson não passa pela melhor fase na carreira, daquelas em que a bola bate na trave e entra, mas continua um excelente goleiro e titular absoluto.

Tem cometido algumas falhas, é verdade, mas nada alarmante, apenas um pouco acima do seu padrão médio de qualidade, mas muito abaixo das que lhe são atribuídas pela torcida, especialmente dos usuários de Internet, em sua quase unanimidade.

Algumas das críticas beiram o absurdo, como dizer que falhou nos três gols do Avaí ou no gol do Atlético-GO, no último jogo, numa bola que, pela posição da falta e velocidade do chute, foi indefensável.

Wilson não me preocupa. O que é preocupante é o modo e velocidade como quase unanimidades como essa são construídas atualmente, juntando um bando de maria-vai-com-as-outras com as facilidades das ferramentas da era digital.

sábado, 3 de setembro de 2011

A realidade sobre a pesquisa de torcidas da RBS

A RBS divulgou uma pesquisa nesta semana em que aponta o Avaí como o time com maior torcida em Santa Catarina e o Figueirense liderando na Grande Florianópolis.

Ora, todo mundo sabe que os times da Capital só possuem torcida na Grande Florianópolis. Nas outras regiões, qualquer pesquisa bem feita dá traço para os dois.

Em cidades como Lages, Rio do Sul, Blumenau, Joaçaba, Mafra, o que o Figueirense e Avaí realmente tem, com raríssimas exceções, são simpatizantes e não torcedores. Em outras, como Joinville e Criciúma, nem isso.

Portanto, em termos de torcedor de verdade, aquele que realmente se interessa e acompanha o time, o que conta é a pesquisa da Grande Florianópolis, onde o Figueirense lidera não só nesta como em todas as realizadas até hoje. 

A resposta a pergunta sobre qual time de Santa Catarina o entrevistado torce é tão confiável quanto a do Instituto Mapa em que se perguntava sobre qual o time de Santa Catarina de preferência do torcedor, o qual  apontava o Figueirense na liderança, o que serviu de base para que os gênios da diretoria alvinegra na época acreditassem que o time possuía milhares de torcedores em Lages e mandasse alguns jogos naquela cidade, em 2006.

Esse tipo de pergunta, mesmo se realizada em qualquer outro estado da federação, com certeza vai apontar Figueirense e Avaí com algum percentual de torcida, embora evidentemente fictícia. 

Cada um faz a leitura que quer de uma pesquisa, mas quem não quiser se enganar vai chegar a conclusão, com base até nessa pesquisa da RBS,  que a maior torcida real de Santa Catarina ainda é a do Figueirense.

Já o nosso rival é campeão de torcida fictícia, imaginária, ilusória. Não só nessa pesquisa. Em outra divulgada no ano passado apareceu com 1,2 milhão de torcedores no Rio de Janeiro. Pode?

De qualquer forma é bom a Diretoria do Figueirense abrir os olhos, pois, mesmo com a enorme superioridade no desempenho dentro de campo na última década, vejo sérios indícios de que a diferença favorável no número de torcedores diminuiu. Efeito Guga? Talvez sim, mas faltou alguma ação efetiva do clube para tentar anular a influência do tenista.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Figueirense perde jogo fácil

Eu havia comentado antes do jogo que a partida seria complicada, mas me enganei. O jogo foi fácil, com o Figueirense sendo superior em quase todo o jogo, criando inúmeras chances e as desperdiçando inacreditavelmente.

O Figueirense envolveu o adversário com seu bom toque de bola e dava a impressão que poderia até golear, mas não conseguia definir as jogadas, por incompetência em alguns casos e azar em outros. Até pênalti conseguiu perder.

Se no ataque a incompetência reinava absoluta, o sistema defensivo não queria ficar para trás, deixando o fraco Arlan deitar em rolar pelo lado esquerdo alvinegro, de onde surgiram as jogadas dos dois primeiros gols e, principalmente, deixando Batoré, o mais perigoso cabeceador avaiano, sozinho na área aos 42 minutos da etapa final para a conclusão fatal.

Não acho que é o caso de procurar culpados. Nem Jorginho pode ser crucificado pelo resultado, pois o time funcionou bem,  criou uma enormidade de chances. Talvez ele precise rever os seus conceitos em relação ao setor ofensivo. Será que interessa um time que sufoca o adversário mas não sabe definir? Não seria mais interessante um time com Júlio César e um definidor (Somália ou Aloísio), que produziria menos mas seria mais eficiente?

O nome do jogo (negativo) foi Júlio César: perdeu um pênalti que mataria o jogo e mais um caminhão de gols. Na minha opinião é titular, desde que tenha consciência de que é  um péssimo definidor (e sempre foi, com a média de um gol a cada 4 partidas, baixíssimo para um atacante). Tem qualidade para se consagrar como o rei das assistências, se for solidário, ou o rei dos gol perdidos, se continuar fominha como até agora.

O Figueirense precisa também definir o batedor oficial de pênaltis, que não pode ser Júlio César, com sua péssima qualidade de definição. Aliás, já havia batido muito mal o pênalti contra o Botafogo, fechando os olhos e chutando,  mas a bola entrou.

Precisa também corrigir o posicionamento na zaga, a cobertura das laterais, especialmente a esquerda e cobrar mais efetividade e menos firulas de Bruno. O cara dá espetáculo, mas poucas jogadas suas têm levado perigo. Precisa melhorar o último passe e os cruzamentos.

O time do Avaí mostrou porque ficou todo o turno na zona de rebaixamento: um sistema defensivo assustador. Do meio para  a frente o time não é ruim: Lincoln estreou bem, Pedro Ken é um bom jogador e William é um definidor que não amarela. Ele e Coelho formam uma boa dupla de ataque, sem dúvida.

Vale ressaltar que foi um excelente jogo, inclusive reconhecido pela imprensa nacional. Há muito tempo eu não assistia um clássico tão emocionante, pena que, para nós, com final infeliz. Mas faz parte.

A derrota foi dolorida, mas não é motivo para pânico e muito menos para terra arrasada. O Figueirense está entre os dez primeiros e o time está jogando muito bem, inclusive na derrota de ontem. Porém, para muita gente, alguns que há alguns dias falavam em Libertadores, ninguém mais presta: um é frangueiro e os outros pipoqueiros, pernas de pau... 

Os dois primeiros jogos do returno são complicados, mas, pelo que o Figueira mostrou até agora,  não deverá ser difícil conquistar 19 pontos em 19 jogos para permanecer na Série A. 

Perder um clássico é ruim, mas eu prefiro perder até os dois e não ser rebaixado.

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