Em alguns estados do Brasil, como Mato Grosso, os fazendeiros escolhem um boi que é chamado de "boi de piranha", geralmente o mais feio, magro, indesejável, da manada, para jogar no rio e ser devorado pelas piranhas, enquanto o restante da boiada atravessa o rio em segurança.
Pois o Figueirense não cria bois, não possui boi de piranha, mas tem o seu treinador de piranha, aquele que é contratado no início de cada ano para tentar remontar o time que acaba de ser desmantelado, com jogadores a serem testados, e acaba, depois de devidamente fritado e queimado, jogado para deleite das piranhas, no caso a torcida, a imprensa, etc.
Não sei se notaram, mas é sempre isso que ocorre, com exceção dos treinadores que fizeram boas e consolidadas campanhas no ano imediatamente anterior e foram mantidos no cargo, como Dorival Júnior, Adilson Batista e Gallo. Os demais foram atirados às piranhas.
Porém, talvez nunca nenhum treinador tenha iniciado o ano com tanta incerteza, ou melhor, com tanta certeza que não escaparia do destino ao qual estão condenados todos os treinadores de piranha quanto Pintado. Primeiro pelo seu péssimo retrospecto como treinador, que nunca ganhou nada em nenhum lugar; segundo porque parece ter o perfil de treinador tipo animador de auditório e não consegue apresentar argumentos convincentes a ninguém; terceiro porque a tarefa de remontar um time que acaba de ser rebaixado é árdua, não é para qualquer um, principalmente com um elenco inexperiente e limitado.
Sinceramente, não vejo futuro para o Pintado no Figueirense. É questão de tempo para que seja jogado no rio, ou melhor, na rua, para felicidade das piranhas.
Pior que, se realmente o Figueirense fez contrato de um ano com o Pintado, ele vai sair de bolso cheio. Porém, como parece um sujeito do tipo família as piranhas vão continuar pobres e mofando com as pombas na balaia.
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