sexta-feira, 30 de abril de 2010

Piada: o empreiteiro brasileiro

A reforma do Estádio Mané Garrincha para a Copa de 2014 vai custar 740 milhões. Imaginem se tivessem que construir um estádio novo. Mas tá explicado, afinal é no Brasil e, pior, em Brasília, terra do Arruda. E o estádio é do governo.

Estava lendo uma reportagem ontem sobre esse assunto (não lembro aonde) e me deparei com uma piada genial sobre o tema: um governante brasileiro queria construir um estádio e chamou três empreiteiros para que apresentassem propostas, sendo um japonês, um americano e um brasileiro. O japonês pediu 3 milhões, sendo um milhão para o material, um para a mão de obra e um milhão de lucro. O americano pediu 6 milhões, sendo 2 milhões para o material, dois milhões para a mão de obra e dois milhões de lucro, justificando o preço por usar tecnologia mais avançada que o japonês. O brasileiro pediu 9 milhões: "3 milhões pra mim, 3 milhões pro senhor e 3 milhões pro japa construir o estádio pra gente", propôs.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Márcio Goiano fica, mas até quando?


Márcio Goiano foi confirmado pela Diretoria do Figueirense, nesta semana, como o treinador do clube para a Série B, mas faço uma pergunta que não quer calar: até quando?

Se Márcio Goiano ficou porque a Diretoria se convenceu que ele é um bom treinador, a melhor opção, se todas as arestas foram aparadas, tudo bem, nosso treinador pode ter vida longa no clube. Agora, se tiveram que engoli-lo em razão da enorme aprovação que desfruta na torcida, é bom o Goiano colocar as barbas de molho, principalmente diante da pedreira que enfrentará no início do campeonato.

Para se ter uma ideia da popularidade de Márcio Goiano, o site Meu Figueira fez uma pesquisa onde 95% dos participantes votaram pela permanência dele no cargo. Como demitir um cara desses? Nem querendo.

Vendo de fora, sem ter nenhuma informação privilegiada, a impressão que tenho é que, infelizmente, foram obrigados a engolir o Goiano, pois não teriam coragem de demitir um treinador que é quase unanimidade entre os torcedores do Figueira.

Se for confirmada a informação do Faraco, de que Goiano não está sendo ouvido sobre as novas contratações, aí deixa de ser apenas uma impressão.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Avaí e o apito amigo



Nunca tive dúvidas de que o time do Avaí era um forte candidato ao título do campeonato catarinense de 2010, pois possui um elenco equilibrado, embora não tenha jogado o melhor futebol do campeonato.

O que não esperava era que o time do sul da ilha precisasse da ajuda da arbitragem para conquistar o título, o que pode ser constatado pela quantidade enorme de pênaltis favoráveis (11 até agora) e nenhum contra, pelo que sei.

O mais estranho é que em jogos decisivos teve sempre um penaltizinho decisivo e duvidoso favorável marcado, como no clássico que decidiu o segundo turno, ou um claro não marcado para o adversário, como na partida pela última rodada do returno, em Blumenau, que lhe garantiu o título do returno.

Não creio que exista uma conspiração planejada para favorecer o Avaí, mas a pressão orquestrada pelo time da Ressacada, combinada com a adesão massiva da nossa tendenciosa imprensa, foram determinantes para coagir árbitros a, na dúvida, marcar favorável aos avaianos. Quem ousou contrariar essa regra (Luiz Orlando de Souza), se deu mal, mesmo sem ter apitado nenhum lance decisivo.

Atualizando: de acordo com o Ney Pacheco, foram 8 pênaltis a favor do Avaí e 4 contra, mas isso não muda o que eu penso: o Avaí foi favorecido em jogos decisivos, embora eu entenda que não houve armação alguma, conspiração, etc. Apenas a pressão sobre a fraca arbitragem surtiu efeito nos momentos decisivos e, temos que reconhecer, até nisso eles foram melhores. Decepcionante foi o comportamento da imprensa, especialmente o pessoal da RBS, que usou espaços até fora da área esportiva, como Sérgio da Costa Ramos, para defender o time do sul da ilha. Parecia que só havia um time de Florianópolis na competição.

domingo, 25 de abril de 2010

Avaí leva o segundo título estadual por WO da história

O Avaí já tinha um titulo do campeonato catarinense conquistado por WO, em 1942. Clique aqui para ler toda a história.

Este ano está conquistando o segundo por WO, já que o Jec não apareceu para a decisão, não entrou em campo, e não vai aparecer para a partida de volta.

A decisão do campeonato, como já previa a Mãe Dinah, foi entre Figueirense e Avaí, no clássico passado.

Por falar em Mãe Dinah, fiz uma brincadeira antes do começo do returno, com o título "Previsões da Mãe Dinah para o restante do campeonato catarinense 2010". 100% de acertos, infelizmente. Vejam as previsões:
"- O Joinville será vice-campeão catarinense;
- O Ramires será demitido durante a fase classificatória do segundo turno;
- O campeão do segundo turno será o campeão do Estado;
- O campeão do segundo turno será Avaí ou Figueirense."

Fecha a boca Lodetti! II

No último post critiquei a postura do Presidente Nestor Lodetti em relação ao episódio envolvendo a possível saída do nosso treinador, Márcio Goiano, quando tratou publicamente um assunto que deveria ser discutido internamente. Mas não é só nessa questão, na minha opinião, que Lodetti tem pisado na bola quando está diante de um microfone.

Não acho nada interessante para a instituição, declarações que o nosso Presidente tem dado ultimamente, relacionadas a situação financeira do Figueirense, ao recebimento de notificações trabalhistas e tributárias, entre outras ligadas às finanças do clube, que na minha opinião também deveriam ser tratadas internamente.

Se o Presidente quer deixar a torcida a par da real situação do clube, melhor seria que apresentasse um relatório, com dados, números. Ao passar informações negativas incompletas, muitas vezes genéricas e vagas, o risco é enorme de serem distorcidas, arranhando a imagem de solidez que o clube ainda sustenta. Principalmente quando o próprio Presidente passa a impressão de não estar nada otimista quanto à solução desses problemas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fecha a boca Lodetti!

Segunda-feira li uma reportagem no Clicrbs com o Presidente do Figueirense, Nestor Lodetti, no qual ele deixava claro que quem manda é a diretoria. "Treinador vai ter competência e autonomia para trabalhar dentro de campo. Saiu do campo é diretoria", disse ele, e fiquei pensando o porquê dessa declaração, o que teria ocorrido de anormalidade.

Já nesta quinta-feira, Lodetti vai na mídia e declara que Márcio Goiano está sendo "avaliado", ou seja, está na corda bamba, com risco de cair.

Depois de saber das notícias dos desentendimentos entre diretores e Márcio Goiano, no jogo contra o Joinville e no último clássico, ficou claro que Lodetti se utilizou da imprensa no primeiro caso para mandar um recado ao treinador e, no segundo caso, uma ameaça, o que é lamentável, pois externou publicamente uma questão que deveria ser discutida internamente, criando um clima totalmente desnecessário e desgastando até a sua própria imagem. Ou seja, abriu a boca quando não devia e no lugar errado.

Quanto à questão de quem manda, penso que há uma grande diferença entre mandar e comandar. Para mandar basta o sujeito ter o poder (legal, estatutário, contratual, físico). Já comandar é bem mais complicado: o cara precisa ser um líder, ter carisma, bom senso, sabedoria.... Pelo menos para ser um bom comandante.

Um bom comandante não gera conflitos. Ao contrário. Soluciona-os. Não causa incêndios. Apaga-os. Ou melhor, se o cara é bom mesmo, os conflitos, os incêndios, nem ocorrem, são extirpados com ações preventivas.

Lodetti, na minha opinião, não tem todas as qualidades que citei acima para um bom comandante, mas pelo menos poderia se esforçar um pouco, inclusive abrir menos a boca. Mas dá a impressão que está optando, pelo menos nesse início de mandato, por ser um manda-chuva incendiário.

Bom, pelo menos nesse episódio com o Márcio Goiano, foi o próprio Lodetti que saiu chamuscado e, se o treinador cair, o que não acredito, ele vai ficar bem queimado com a torcida.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Demissão do Goiano? primeira grande M da nova gestão

Hoje à tarde, durante o meu horário de trabalho, li rapidamente uma notícia de que Márcio Goiano estaria na corda bamba, com risco de ser demitido, mas não acreditei, achei que fosse um mal entendido. Como poderia estar em risco um treinador que conquistou a torcida, a imprensa, tem o grupo nas mãos, é um ídolo no clube, fez um grupo limitado jogar e até encantar em alguns jogos, apresentou ótimos resultados e não foi campeão estadual por detalhes?

Ao chegar em casa e me atualizar com a leitura de blogs e sites esportivos, pude constatar que não era boato como eu supunha, que está realmente sendo avaliada a permanência do Goiano no cargo. Pode?

Os motivos para a demissão também são pra lá de questionáveis. Primeiro porque o Goiano seria apenas uma aposta para a Série B. Vão contratar quem melhor com a atual situação financeira? Murici Ramalho? Dorival Júnior? Luxemburgo?

O segundo motivo seria quebra de hierarquia. O site Meu Figueira cita que "Ainda na Guarujá, citou-se como exemplo que Márcio externou publicamente um assunto que deveria ser tratado internamente com a Diretoria. O técnico falava sobre a contratação de reforços e em determinado momento disse que queria “x” jogadores, especificando um número, quando deveria ter dito apenas que precisa qualificar o elenco". Então nem isso o Márcio Goiano pode falar? Nem quantas contratações deseja? Não vejo problema algum nisso. O que ele não pode é criticar publicamente os jogadores. E isso ele nunca fez.

Acho até natural que haja alguma divergência, alguma animosidade, afinal o cara tem personalidade forte, é uma liderança. Nada que não possa ser superado. A não ser que a nova gestão queira uma marionete. Nesse caso é só trazer o Renê Weber de volta.

Não sei não, mas a impressão que dá é que querem arrumar um motivo para demitir o Goiano. Mas até agora nem isso conseguiram.

E se demitirem, o que não acredito diante da reação da torcida, não tenho dúvidas: será a primeira grande M da nova administração.

domingo, 18 de abril de 2010

Figueirense joga melhor mas só empata clássico e fica fora da final


O Figueirense fez uma boa partida no clássico contra o Avaí, na tarde deste domingo, valendo pela final do segundo turno, saiu na frente aos 41 do primeiro tempo com gol do iluminado Fernandez, mas acabou levando o empate, num penaltizinho inventado pelo árbitro da partida, o paulista Sálvio Espíndola, aos 16 da segunda etapa.

O lance decisivo, a penalidade marcada para o adversário, é o típico lance que só é marcado para o time da casa, com muita pressão, e por árbitro sem personalidade, como foi o caso. Duvido se marcaria se o jogo fosse no Scarpelli. Mas, sem querer crucificar, o Juninho deu sopa para o azar. Isso não se pode negar. Já havia dado um carrinho imprudente no Roberto minutos antes e só não foi pênalti porque o atacante pulou e depois se jogou, mas foi ali que a penalidade começou a ser marcada. E no lance marcado o Caio visivelmente se jogou, mas o Juninho não tinha nada que tocar com a mão em suas costas, embora levemente, dando margem para acontecer o que aconteceu.

Com o gol de empate o retranqueiro Chamusca retrancou ainda mais o time e ficou complicado, embora o Figueirense tenha pressionado e chegado perto do gol da vitória, com uma boa oportunidade de William, que chutou na rede pelo lado de fora, e três oportunidades com o Ygor, a melhor de cabeça, logo após o empate.

Acho que o Figueirense começou a perder o campeonato no empate em Chapecó e com esse resultado a vantagem de jogar pelo empate nesta final, porque jogar uma decisão fora com a obrigação de ganhar, mesmo num clássico, é complicado, pela pressão da torcida adversária, que querendo ou não acaba influenciando, inclusive na atuação do árbitro, como se viu.

Mesmo com a eliminação, deve ser elogiado o trabalho de Márcio Goiano, que pegou um time execrado pela imprensa e torcida e o fez jogar, chegando a encantar em algumas partidas, inclusive aplicando goleadas em alguns rivais. Mostrou que há bons jogadores no grupo e que ele próprio é um bom treinador.

Pelo que eu vi em campo, não falta muito para a Série B. O time é esse com alguns reforços, o principal deles um zagueiro experiente para jogar ao lado de João Filipe e algumas peças de reposição, como um lateral-direito. Acho que com 3 ou 4 reforços dá para chegar.

sábado, 17 de abril de 2010

Vídeo do último clássico no Adolfo Konder, em 1983, com dois golaços alvinegros


Abaixo o vídeo do último jogo no Estádio Adolfo Konder, vencido pelo Figueirense por 2 a 0, com dois golaços de Carlos Roberto e Albeneir. O do primeiro foi genial.

Interessante notar que naquela época não existia separação de torcidas.

O vídeo foi postado inicialmente no site Meu Figueira, onde você poderá obter mais detalhes da partida.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Parece que a RBS quer tirar vitórias do Figueirense em clássicos


Ontem a RBS veio com um papo de que a contagem dos resultados nos clássicos seria duvidosa, num texto com o título "Pesquisadores não chegam à conclusão sobre quantas vezes Avaí e Figueirense se enfrentaram".

E colocou em dúvida a contagem do site http://www.rsssfbrasil.com/, da Federação Catarinense e do próprio grupo RBS, que há vários a adota (138 vitórias do Figueirense, 126 do Avaí e 126 empates). E tudo porque, pasmem, um torcedor avaiano apresentou números diferentes numa revista sobre o Avaí, onde computou até vitórias nos pênaltis.

Ainda há pouco teve um novo capítulo essa história, com uma reportagem no RBS Notícias, onde eram dados os números da revista do torcedor avaiano como os oficiais (136 vitórias do Figueirense, 133 do Avaí e 126 empates). Pode? Querem recuperar a diferença no grito? Sai prá lá RGS!


Piada avaiana

No jogo em que o Avaí perdeu para o Grêmio por 3 a 1, o jogador Vandinho xingou o bandeirinha, mas quem acabou sendo expulso foi o Caio e ninguém entendeu porque.
Na verdade não foi bem assim. Vejam o que ocorreu:
O gago Vandinho chega no bandeirinha e diz "vai tomar nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu, nu.........".
Caio, longe do lance, agoniado com a gagueira do colega, tenta ajudá-lo e grita "é tomar no c_, porra".
Só quis ajudar o amigo, mas se deu mal.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

No último clássico eles também amarelaram


Antes do clássico passado eu escrevi sobre o primeiro clássico da história, com o título "no primeiro clássico eles já amarelaram" e hoje resolvi redigir um texto sobre o último clássico, cujo desfecho não foi muito diferente, pelo menos no quesito "amarelation".

Vou tentar contar a história do último jogo um pouco diferente, com base em tudo que vi, ouvi, li sobre essa partida, e também usar um pouco da imaginação, dando um novo enfoque sobre o acontecimento.

E nada melhor que contar essa história a partir do lotado camarote da Diretoria avaiana, a toca do Leão, onde se encontravam os mais ilustres torcedores do time do Sul da Ilha, inclusive Conselheiros, ex-Diretores, ex-Presidentes, muitos dos quais pediam a cabeça de Zunino há pouco tempo, mas hoje só babam seus ovos.

Eu infelizmente não estava lá para ver o xororô no final do jogo, mas a minha imaginação é fértil. Aliás, pelo que sei, só um alvinegro estava presente no local: o Vice-Prefeito, João Batista, que havia comparecido ao jogo para efetuar a entrega da taça comemorativa ao aniversário de Florianópolis. Que sortudo. João Batista até teria passado por maus bocados, principalmente após o gol avaiano no início do segundo tempo, quando teve que aguentar quieto todo tipo de gozação. Mas o final seria recompensador, como todos sabemos.

O jogo já se encaminhava para o final e a torcida avaiana já comemorava a magra vitória. No camarote, Zunino e outros figurões já contemplavam e computavam a taça em disputa. Pra falar a verdade, a taça não era lá essas coisas, mas não é sempre que o Avaí ganha uma. Qualquer uma. Aliás, ultimamente tem sido bem raro. Por isso eles olhavam a taça e babavam enquanto seus olhos brilhavam.

Chega aos 48 minutos da segunda etapa, o árbitro da partida, Luiz Orlando de Souza, havia dado três minutos de acréscimo. No camarote só se houve acabou, acabou, acabou... Mas Luiz Orlando não acaba, pois uma bomba havia estourado na grande área e interrompido a partida. E o Figueirense pressiona, com um escanteio atrás do outro, com todo mundo na área, inclusive o Wilson, sendo que no último escanteio, no último minuto, a bola é lançada na área, a zaga corta, sobra para William na entrada da área, que chuta, nem muito forte, nem muito fraco, no meio do gol, mas a bola vai passando, passando, no meio de um, de outro, do goleiro... só para no fundo das redes. É o gol de empate alvinegro.

No campo todos os jogadores alvinegros saem correndo para o lado oposto do gramado, com os braços abertos e erguidos para cima, passos longos, sorriso escancarado, em direção à sua torcida, que não para de pular, de gritar, de cantar, de comemorar, o empate com gosto de vitória.

No camarote, os figurões avaianos ficam indignados, pois segundo eles o jogo já havia acabado. Aliás, até o narrador da CBN disse na narração que o gol alvinegro saiu depois que o jogo acabou. Para o Figueirense e a maioria dos times, realmente depois dos 48, ou melhor, dos 45, não há mais jogo, já acabou. Mas time amarelão é assim e leva gol até depois que o jogo acaba.

Os figurões ficam furiosos com os acontecimentos. Se antes babavam pela taça, agora espumavam de raiva, tendo como fundo musical "O rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation..." , que vinha das arquibancadas alvinegras. Dos cantos da boca do despachante Nilton Dionísio, ex-Presidente avaiano, por exemplo, jorra uma abundante espuma branca enquanto xinga o Vice-Prefeito (segundo Cacau Menezes).

O Vice-Prefeito ainda teria que cumprir uma difícil missão. Recolher a taça e entregá-la ao Figueirense, vencedor nos critérios de desempate. Mas convenhamos, foi uma tarefa dura, difícil, até para um alvinegro. Foi como tirar um brinquedo de uma pobre criança. E só poderia ser entregue ao seu legítimo vencedor 15 dias depois, no jogo contra o Criciúma, quando as lágrimas avaianas já teriam finalmente secado.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eleição secreta define Nestor Lodetti como Presidente do Figueirense até 2014


O Conselho Deliberativo se reuniu ontem (13/04/2010) e elegeu Nestor Lodetti como Presidente efetivo do Figueirense até 2014, numa eleição que considero secreta, já que não vi previamente nenhuma matéria, nota, comentário, ... nada, na imprensa, nos blogs, no Twitter, no site do clube... em lugar nenhum, sobre essa eleição. Só fiquei sabendo hoje, por um colega, e não acreditei. Só fui acreditar quando acessei a Internet e confirmei a informação.

Sinceramente, nunca tinha visto isso em nenhum clube do Brasil e nem vejo motivo para todo esse sigilo, já que esse não seria um assunto polêmico. Se era essa a vontade dos Conselheiros, mesmo com toda a publicidade do mundo, não haveria nenhum obstáculo adicional.

Também não vejo motivo para que alterações no estatuto, como mudança na duração do mandato do Presidente, ou mudanças nos planos (eleição definitiva e não provisória até o final do ano como estava previsto), sejam feitas sem a devida publicidade prévia.

Quanto ao mérito da questão, penso que Nestor Lodetti é um sujeito íntegro e pode ser um bom presidente institucional do Figueirense, um bom "chefe de estado". Agora, se o seu papel for de executor, gestor, "chefe de governo", aí a coisa muda de figura. Vejo que Lodetti não possui liderança, carisma, competência, para essa função. Não me passa segurança. Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos para ver a missão que lhe cabe.

Na mesma reunião também foi anunciado que a Diretoria Provisória já assinou um precontrato com um novo parceiro e em breve deverá assinar o contrato definitivo. Acredito que nesse caso não foi e nem será dado publicidade aos termos do contrato em sua plenitude, principalmente àquelas cláusulas que possam gerar alguma polêmica. É assim que funciona em qualquer contrato dessa magnitude em qualquer clube. Só mostram quando não querem aprovar. Certamente serão divulgadas algumas condições do contrato. Mas não vejo a mínima chance de que todos tenham conhecimento do contrato na íntegra, com todos os artigos, parágrafos, incisos e alíneas. A não ser que não queiram aprová-lo.

Só espero que os Conselheiros analisem muito bem esse contrato antes de aprová-lo. Deles sim não pode ser sonegada nenhuma informação. E não podemos aceitar que daqui dois ou três anos venham novamente com o papo de que aprovaram sem ler.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Eike Batista investirá no Figueirense?


Segundo Cacau Menezes, em sua coluna do DC de hoje (acesse aqui), "O bilionário Eike Batista mandou um emissário ao Estádio Orlando Scarpelli, quinta-feira passada, para conhecer a estrutura do Figueirense e algo mais. Outro emissário virá do Rio de Janeiro, nos próximos dias, para começar a dar alguns encaminhamentos mais concretos."

Eike Batista, botafoguense, para quem não sabe é atualmente o homem mais rico do Brasil e oitavo do mundo. É dono da empresa OSX, que pretende construir um mega estaleiro em Biguaçu. Porque investiria no Figueirense?

O que se sabe, desde o ano passado, é que está em seus planos formar um fundo para investir no futebol. E se vai investir no futebol, o Figueirense, por ser um clube saneado financeiramente e reconhecido celeiro de craques, talvez seja uma ótima opção.

Depois poderia ser uma forma de torná-lo mais simpático na região, talvez ajudando a quebrar resistências à construção do estaleiro em Biguaçu.

Bom, esclareço que não sei concretamente de nada. Estou apenas "viajando" com base na nota da coluna do Cacau.

domingo, 11 de abril de 2010

Classificação sem show

Foto Carlos Amorim (clique para ampliar)

O Figueirense obteve a classificação para a decisão do segundo turno do Campeonato Catarinense de 2010, ao empatar em 0 a 0 com o Jec na tarde deste domingo, no Orlando Scarpelli, mas a garotada não deu o espetáculo das últimas jornadas. Longe disso.

O Figueirense completou a quinta partida sem levar gols, mas nunca esteve tão perto de tomá-los quanto neste jogo, em que o Joinville jogou melhor na maior parte da partida e teve as melhores oportunidades, inclusive com bola na trave.

O que me preocupa um pouco é que a garotada tem jogado muito abaixo do normal nos jogos importantes. Foi assim no clássico passado. Foi assim hoje. Aliás, normalmente só consegue deslanchar quando consegue vantagem no placar. Aí dá show.

Mas neste jogo o que realmente interessava era a classificação para a final, e ela veio. Suada, sofrida, dramática, mas veio. E agora é o clássico, um novo jogo, em que tudo pode acontecer. A história comprova isso. Mas se a sorte continuar do nosso lado e a garotada voltar a jogar 80% do que vinha mostrando, não tem pra ninguém.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Figueirense 5 a 0 Criciúma: goleada valeu só para dar confiança


O tropeço do Figueirense em Chapecó saiu caro: perdeu a vantagem de disputar a final do returno em casa, jogando pelo empate, e também a final do campeonato catarinense, jogando por dois empates.

Diante desse tropeço, de nada adiantou a goleada aplicada no Criciúma, nesta noite, por 5 a 0. Se tivesse perdido de 5 a 0 em nada mudaria a sua classificação no campeonato. Valeu para dar confiança à garotada.

Quanto ao jogo, tivemos um primeiro tempo complicado, apesar da vitória parcial por 1 a 0. O Criciúma fez inclusive um gol, que foi mal anulado pela arbitragem, que marcou um impedimento inexistente. Além disso, o nosso zagueirão Róger Carvalho fez um pênalti bizarro, ridículo, no final da primeira etapa, tipo o do Rodrigo Paulista no clássico, felizmente não marcado. Aliás, quem comete um pênalti infantil desses não pode ser titular do Figueirense.

No segundo tempo a garotada deslanchou, encantando como nos últimos jogos, fez mais 4 e poderia ter feito mais, com grande atuação de Firmino e William, principalmente.

O time melhorou muito com a entrada de João Paulo e a ida do Juninho para o meio, formando um lado esquerdo muito ofensivo. Penso que essa é a formação ideal, que mostra mais poder ofensivo.

De negativo, além do pênalti infantil do Róger Carvalho, registro jogadores do Figueirense (Firmino e Juninho) tirando a camisa na comemoração de gols e o primeiro levando amarelo por isso. Isso é inaceitável.

Perdemos a vantagem de jogar pelo empate, mas pelo menos provavelmente jogaremos a decisão do returno na nossa segunda casa, a Ressacada. Quanto à eventual final do campeonato, como vale o saldo de gols nas duas partidas, jogar a segunda fora não será grande problema. Basta fazer saldo na partida de ida e isso, pelo que está mostrando a garotada em casa, não vai ser difícil.

Vídeo com os gols:

terça-feira, 6 de abril de 2010

Procurador encomenda e pizzaiolos do TJD-SC entregam a pizza do ano


Como já era esperado, o julgamento do TJD no episódio do clássico não deu em nada. Agora pode tudo. Até jogar bomba no campo. Lamentável.

A Chapecoense é mais uma vítima desse regulamento absurdo


Ainda em janeiro deste ano eu perguntei: "quem foi que teve essa brilhante ideia de reduzir o número de participantes para 10 clubes com 02 sendo rebaixados por ano?"

E prossegui: "Como consequência dessa medida já temos neste ano o Marcílio Dias, um clube tradicional do nosso Estado, fora da primeira divisão e é bom abrir o olho, pois caem 20% dos participantes e com certeza teremos clubes grandes caindo nos próximos anos, já que os times do interior estão se estruturando e os times do G4 (Figueirense, Avaí, Criciúma e Joinville) montam um novo time a cada ano, que pode não encaixar.
Neste ano, por exemplo, só o Juventus tá dando pinta de rebaixado. A outra vaga parecia ser do Brusque, mas agora está totalmente aberta.
Uma coisa é rebaixar 20% no campeonato brasileiro, um campeonato longo, em que os clubes melhor estruturados têm tempo para se recuperar, e outra bem diferente é utilizar o mesmo critério num campeonato curto como o nosso."

Bom, ainda não caiu nenhum dos grandes, mas tenho certeza que vai cair. Caiu, no entanto, aquele que é apontado com justiça como a quinta força do Estado, a Chapecoense. Mais um clube importante que fica sem calendário no próximo ano, a exemplo do Marcílio e do Juventus.

Com esse regulamento também é complicadíssima a permanência de um time jovem que sobe. O Imbituba fez um verdadeiro milagre,com o orçamento que possui, mas como um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, é praticamente certo que cairá no próximo ano.

Não quero dizer com isso que seja favorável a uma virada de mesa. De jeito nenhum. A Chapecoense, pelo futebol que apresentou, foi justamente rebaixada segundo o regulamento em vigor e tem sim que disputar a segunda divisão. Mas defendo mudanças a partir de 2012: ou se aumenta para 12 ou se rebaixa apenas 1. Simples assim. Do contrário vamos continuar enfraquecendo o nosso futebol.


domingo, 4 de abril de 2010

Empate com gosto de derrota em Chapecó

O Figueirense empatou em 0 a 0 com a Chapecoense, na tarde deste domingo, pela penúltima rodada do returno, do Campeonato Catarinense de 2010 e não tem o que comemorar, muito pelo contrário.

Com o empate, que seria um resultado normal, o Figueirense perdeu a liderança do returno para o Avaí e depende de um tropeço deste contra o metropolitano para recuperá-la, além da sua vitória contra o Criciúma. Perdeu também a vantagem de disputar uma eventual final do campeonato em casa e para ter chance de reconquistá-la será necessário pelo menos um empate do Joinville diante da Chapecoense.

E o Figueirense teve muitas chances de conquistar a vitória, principalmente nos últimos 15 minutos do jogo, inclusive com duas bolas no travessão, mas deperdiçou por azar em alguns lances e especialmente falta de oportunismo de alguns atletas, principalmente Jean Carioca, que teve as melhores oportunidades.

Penso que o grande problema do Figueirense no jogo foi a falta de um meia ofensivo, diante da suspensão de Firmino e da lesão de Maicon, curiosamente uma posição em que o Figueirense possui bons jogadores, já que conta ainda no elenco com Fernandes e Talhetti. Bilu, fora de ritmo, não cumpriu bem esse papel.

Embora tenha "perdido" essa primeira decisão, a classificação para o quadrangular do returno está assegurada. Quanto às vantagens para as demais decisões (quadrangular e final do campeonato), agora precisa fazer a sua parte e rezar por tropeços alheios.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Não me venham com churumelas


Embora um pouco atrasado, gostaria de comentar a reunião realizada na segunda-feira da semana passada, entre a nova gestão e a torcida, blogueiros, etc., na qual foi apresentada a Diretoria Provisória e a situação financeira do Figueirense.

O pessoal que lá esteve, pelo que ouvi e senti, saiu decepcionado e não é para menos. Fico imaginando o Lodetti, com aquela cara permanente de quem acaba de receber do médico a notícia de que tem 30 dias de vida, explicando que o Figueirense tem uma receita mensal atualmente de 450 mil (já descontado 150 mil para pagamento de uma dívida) e uma despesa de um pouco mais de um milhão de reais e aparentando não saber como sai dessa. Deve ter sido um terror mesmo.

O Figueirense teria uma dívida com um banco de cerca de 1,3 milhão de reais, cujo pagamento deverá ser efetuado até o final do ano de forma parcelada, com desconto nas mensalidades dos associados de 150 mil mensais. Além disso, há um mandado de execução do valor de 250 mil, que não sei se não cabe embargo, pelo menos para postergar a cobrança. Certamente há outras ações correndo na Justiça, como com todos os clubes, como em qualquer grande empresa, mas nada fora do normal, pelo que se sabe.

Fora a cara de pessimismo do Lodetti, que realmente assusta, não penso que a situação do Figueirense seja tão complicada, pelo menos se for administrado por profissionais, como prometeram. Apesar da situação não ser das melhores, talvez passando por um dos piores momentos financeiros dos últimos 10 anos, acredito que pouquíssimos clubes no Brasil tenham uma dívida tão pequena em relação ao seu histórico de faturamento anual, ao seu patrimônio, se é que há algum em situação semelhante ou comparável. O Santos, por exemplo, segundo notícia recente, teria uma dívida de 177 milhões. Clubes como Flamengo, Botafogo, Fluminense e Portuguesa possuem dívidas entre 150 e 200 milhões só com a União.

Portanto, como disse o Lodetti há poucos meses, o grande mérito de PPP foi ter mostrado que o Figueirense é viável. E não ficaria inviável de um dia para o outro. Continua viável, sim.

O ideal seria que os cofres estivessem transbordando de grana, com dinheiro sobrando para contratações, investimentos, etc. Mas estão vazios, a receita mensal atual é bem menor que a despesa, porém é preciso arregaçar as mangas e trabalhar, pois diante de um eventual fracasso em campo não vai colar a desculpa da situação financeira que pegaram o clube.

E há muito o que fazer, a começar pelo aumento do número de associados, quem sabe para pelo menos retornar aos 12 mil alcançados no passado, sendo que para isso penso que são necessárias algumas mudanças, como uma maior facilidade para se associar. É inaceitável que o torcedor tenha que se dirigir ao Scarpelli para se associar com toda essa tecnologia hoje disponível. Vou mais longe: porque não colocar vendedores nas ruas, oferecendo de casa em casa e recebendo uma comissão por associado conquistado? Ou pelo menos por telefone, como fazem os vendedores de seguros, de cartões de crédito, de revistas, jornais, etc., começando pelos ex-associados. Quem sabe também sortear uns bons prêmios, como automóveis, periodicamente para quem estiver com as mensalidades em dia.

Não há dúvida de que existe um buraco no orçamento. Isso é fato. Porém no ano passado o orçamento anual divulgado foi de 17 milhões e, embora a conta não tenha fechado, tanto que precisaram de um empréstimo para tapar o buraco, acredito que a receita deve ter girado em torno de 15 milhões, mas duvido que a esta altura do ano esse valor já estivesse assegurado com receitas fixas. Qual seria o obstáculo extra para pelo menos repetir agora essa receita se no ano passado o time já estava na Série B? A não ser que só agora, com a abertura da "caixa preta", descobriram que o time não está mais na Série A.

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