domingo, 31 de janeiro de 2010

Metropolitano 1 a 0 no Figueirense: podia ter sido de mais

O Figueirense perdeu por 1 a 0 para o Metropolitano, pela quinta rodada do Campeonato Catarinense de 2010, e poderia ter sido de mais se não fosse a grande atuação de Wilson, que fez grandes defesas.
O interessante é que Renê Weber fez as alterações que a torcida pedia e o time piorou e muito. Ou melhor, está piorando a cada dia.
A meu ver, o mau rendimento não está relacionado aos jogadores que entraram, mas à mudança no esquema de jogo, que, com a retirada de um jogador do meio e colocação de mais um atacante, acabou, como efeito colateral, prendendo a dupla de alas lá atrás, o que o time tinha de melhor.
Weber não gosta do 3-5-2, mas não vejo outra alternativa no momento, com o elenco que temos em mãos, para vencer o Avaí e sonhar com dias melhores no campeonato, não só por liberar o poder ofensivo dos alas como por dar segurança ao sistema defensivo. Aliás, treinador não tem que gostar deste ou daquele esquema e repito o que disse na época de Roberto Fernandes: "o correto é montar um time que aproveite ao máximo as características dos jogadores, que valorize os pontos fortes e não exponha os pontos fracos de cada um". Ou seja, o esquema quem define é o elenco e não o treinador.
Se continuar do jeito que está vai perder o cargo em breve e o Figueira corre o risco de perder o rumo, lutando apenas para escapar do rebaixamento.

Rebaixamento

Por falar em rebaixamento, eu pergunto: quem foi que teve essa brilhante ideia de reduzir o número de participantes para 10 clubes com 02 sendo rebaixados por ano?
Como consequência dessa medida já temos neste ano o Marcílio Dias, um clube tradicional do nosso Estado, fora da primeira divisão e é bom abrir o olho, pois caem 20% dos participantes e com certeza teremos clubes grandes caindo nos próximos anos, já que os times do interior estão se estruturando e os times do G4 (Figueirense, Avaí, Criciúma e Joinville) montam um novo time a cada ano, que pode não encaixar.
Neste ano, por exemplo, só o Juventus tá dando pinta de rebaixado. A outra vaga parecia ser do Brusque, mas agora está totalmente aberta.
Uma coisa é rebaixar 20% no campeonato brasileiro, um campeonato longo, em que os clubes melhor estruturados têm tempo para se recuperar, e outra bem diferente é utilizar o mesmo critério num campeonato curto como o nosso.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não performou tá fora: Paulo Prisco Paraíso é a última vítima da regra que ele próprio implantou no Figueirense

A Era PPP foi criticada por alguns pela frieza na administração do clube, principalmente pela dispensa de profissionais com base na análise fria dos números, por não terem atingido as metas fixadas ou pelo custo benefício não mais compensar, independentemente da contribuição que deram ao clube, ou seja, "performou, será mantido. Não performou, será liberado", usando as próprias palavras de PPP. Toda regra tem uma exceção e Fernandes está aí para provar isso.
Pois não é que o todo poderoso, o implantador dessa regra implacável, se tornou a sua última vítima. Como esse mundo dá voltas. Ou alguém acredita que se a Era PPP estivesse no auge, como em 2006, por exemplo, a torcida pediria a sua cabeça e os Conselheiros teriam a audácia de escurraçar PPP do Scarpelli? Evidentemente que não. Não teriam a coragem, como nunca tiveram, de sequer questionar uma única vírgula no contrato. E se tivessem seriam deles as cabeças almejadas pela torcida. A ruptura, que agora é irreversível, só foi possível porque Prisco não performou nos últimos dois anos, talvez porque tenha se afastado muito do dia a dia do clube ultimamente.
Já sentindo a guilhotina em seu pescoço, Prisco Paraíso tentou deixar de lado a própria regra, apelando para o sentimento de gratidão da torcida, pelo seu passado de conquistas, o seu amor pelo clube, mas não convenceu, afinal a torcida, qualquer torcida, adota tal regra, a do "não performou tá fora", desde criancinha.
Eu não concordo sempre com essa regra. Como já repeti várias vezes, penso que só deve ser aplicada quando há uma alternativa concreta mais vantajosa. Mas tenho que concordar com uma coisa: regras são regras e, como diria Analdo Cézar Coelho, essa regra é clara.

Figueirense 1 a 1 com o Atlético: a fase continua

O Figueirense vencia o Atlético de Ibirama por 1 a 0, com um jogador a mais, a vitória estava bem encaminhada, até que o Zagueiro Cadu leva o segundo cartão amarelo e é expulso, deixando o Figueirense também com 10 jogadores em campo. A partir daí o jogo mudou, o Atlético começou a pressionar, a criar várias oportunidades, até conseguir o seu gol, em pênalti que não houve, embora a nossa imprensa diga que sim.
Mais uma vez o árbitro foi decisivo, primeiro ao não expulsar o segundo jogador do Atlético (o mesmo que (não) sofreu o pênalti), que fez uma falta desclassificante e não levou o segundo amarelo. Segundo pelo pênalti que não existiu, pois o jogador do Atlético tropeça claramente de propósito em Diego Paulista e este apenas corria ao seu lado na trajetória normal, sem fazer qualquer movimento em direção ao jogador de Ibirama. O Figueirense agora é roubado até em casa.
A escalação do jogo criou uma espectativa na torcida do Figueirense e acho que até a expulsão do Cadu o time correspondia em campo.
Das estreias no time titular, gostei do Cadu, que esteve bem até a mancada fatal e na minha opinião é melhor que Róger Carvalho, até pela altura; Jean Carioca também esteve muito bem até cansar; Douglas apenas fez o gol, mas é muito limitado tecnicamente; e Diego Paulista, que jogou o seu futebol normal, que não me encanta muito, mas foi injustamente vaiado pelo pênalti que não cometeu.
Dos demais jogadores, destaque positivo para Lucas, que criou as melhores jogadas do Figueirense e destaque negativo para Negrão, que fez sua pior partida, não produzindo nada.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Figueirense está na frente do Avaí no Ranking da CBF

Desde 2005 o Figueirense está em melhor posição que seu maior rival no Ranking da CBF.
Pelo ranking atualizado recentemente e ainda não disponível no site da CBF, o Figueirense está em 36º lugar, com 562 pontos, enquanto que o Avaí está em 41º, com 491 pontos.
No Estado de Santa Catarina, o Figueirense está em 3º, atrás do Criciúma que possui 688 pontos em 30º e do Joinville, que conta com 583 pontos e se encontra na 33ª posição, o qual será ultrapassado pelo Figueira em 2010 (bastando para isso que não fique em último lugar no campeonato da Série B, o que não ocorrerá), com base no Critério de Pontuação atual.
Já no Ranking dos Estados, Santa Catarina ocupa o 9º lugar, com 2.565 pontos, atrás de Goiás, com 3.092 pontos, e na frente do Ceará, com 2.076.

Bagunça: A CBF ainda não atualizou o ranking em seu site.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quando o urubu de cima está com azar é cagado pelo de baixo

Tem aquele ditado popular de que "quando o urubu está com azar, o de baixo caga no de cima" e parece que a fase do Figueirense é essa, a do urubu de cima.
Se não bastasse todo esse problema extracampo, com a briga política entre a FPSA e o CD, ainda paira sobre o Scarpelli essa nuvem de azar, onde tudo dá errado.
No Campeonato Catarinense, o jogo do azar foi o realizado contra o Brusque. Uma vitória seria fundamental para que o jovem time pegasse confiança, deslanchasse, mas uma arbitragem horrorosa e falta de sorte em lances capitais, nos premiaram com uma amarga derrota, que pode ter desestabilizado a garotada para o restante da competição.
Agora mais uma: Fernandes, no qual a torcida depositava todas as esperanças, sofre uma lesão grave na clavícula e ficará de fora por pelo menos dois meses. Quando essa fase vai acabar?


MUDANDO DE ASSUNTO¹

Como todos aqueles que são humanos, também fiquei chocado com a tragédia do Haiti e até dei a minha modesta contribuição financeira para as vítimas, mas me surpreendo que quase um Haiti morre por ano nas estradas brasileiras e todo mundo finge que não está acontecendo nada.
São mais de 60 mil vítimas anuais do trânsito brasileiro e as pessoas, em geral, continuam dirigindo após consumir álcool, não respeitando a velocidade máxima permitida, entre outras transgressões, como se tivessem o corpo fechado, como se os riscos de acidentes estivessem restritos aos outros, jamais a eles próprios e suas famílias.
Um exemplo bem claro desse comportamento é a lei eleitoreira que proibiu os radares em Santa Catarina. Embora tenha dobrado o número de mortes nas rodovias catarinenses após a sua vigência, é aplaudida por nossa sociedade, que prefere ver aumentar o risco de morte (dos outros, pensam) do que o risco de levar uma multa.

¹ A partir de agora pretendo escrever esporadicamente sobre outros assuntos que não futebol, que eu considere muito relevantes, sempre aproveitando um post sobre futebol. Quem não se interessar é só ler de "MUDANDO DE ASSUNTO" para cima.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Vitória justa do Joinville - está na hora das mudanças

O Joinville mereceu a vitória de 2 a 1 sobre o Figueirense na tarde deste domingo, pois jogou melhor na maior parte do jogo, principalmente nos primeiros 30 minutos da partida, quando sufocou o time visitante e perdeu várias oportunidades.
O Figueirense conseguiu equilibrar o jogo a partir dos 30 minutos finais do primeiro tempo e só foi superior nos últimos vinte minutos do segundo tempo, quando fez seu gol e poderia ter até empatado.
Enfim, das três partidas, penso que esta foi a pior atuação e a que deixou a torcida mais preocupada quanto ao futuro do time, ainda que esta preocupação tenha diminuído um pouco pelos minutos finais.
Para o próximo jogo, espero por mudanças. Os três rejeitados (Coutinho, Ernane e Marquinho) podem até se recuperarem e virarem ídolos da torcida, mas no momento não estão mostrando futebol que justifique a manutenção no time titular.
Até entendo a preocupação do treinador de não ficar mexendo muito no time, pois a equipe está em formação e uma má partida não quer dizer nada, mas após três jogos já é possível identificar com segurança as peças que não estão rendendo e também os jogadores que estão pedindo passagem.
No próximo, com a suspensão do Jeovânio, provavelmente Diego Paulista entrará em seu lugar e talvez seja necessária a permanência de Coutinho. Mas Marquinho e, principalmente, Ernane estão merecendo um banco, enquanto Jean Carioca tem entrado muito bem e é mais do que merecida uma chance no time titular. Roberto Firmino também joga muito mais que a dupla e merece uma oportunidade.
Poderia inclusive mexer no esquema, jogando com dois atacantes. O problema é que o William ainda não está apto fisicamente e não gosto do Douglas. E Alex Junio, sinceramente, só para os vinte minutos finais de jogo, pois precisa evoluir muito para ser titular.
Uma coisa é certa: qualquer que seja o time a entrar em campo, a vitória contra o Atlético passou a ser obrigação, e mais um resultado negativo certamente levará a um início de crise no Scarpelli.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Saindo da moita

Durante algum tempo percebi que a quase unanimidade da torcida do Figueirense defendia o rompimento com a atual gestora e inclusive escrevi um post intitulado "Fora PPP: uma quase unanimidade que assusta".
E essa minha percepção decorreu da quantidade enorme de manifestações favoráveis à saída da parceria, tanto de blogueiros como de outros torcedores, muitos eufóricos , e de raríssimas opiniões em sentido contrário.
Nos últimos dias, porém, após a rejeição da retratação de PPP, que sepultou as chances de permanência da atual gestora, pelo menos na esfera extrajudicial, tenho percebido que as discussões estão mais equilibradas, inclusive com alguns blogueiros saindo da moita, e com diversos torcedores emitindo suas opiniões contra a ruptura, alguns com argumentos e preocupações que considero bem sensatas, como o comentário de Orlando Filomeno, o de nº 7 no post "O jogo contra o Brusque e os reflexos de terça…" do Blog do Tainha.
Penso que é uma das decisões mais importantes da história do clube, com reflexos inevitáveis nos resultados em campo e ninguém deveria ter se omitido numa hora dessas, tanto os favoráveis quanto os contrários à ruptura, principalmente os blogueiros, que se propuseram voluntariamente a opinar sobre o dia a dia do Figueirense .
As manifestações da torcida, na minha opinião, são importantes porque interferem em todas as decisões do clube, como interferiu nesta, ou pelo menos fazem com que os dirigentes reflitam ou repensem suas posições. Aliás, até em nossa casa é importante uma "oposição" construtiva. Na família em que a mulher não se manifesta, por comodismo, autoritarismo do parceiro, etc., a chance de o marido fazer uma grande m.... é muito maior, pode ter certeza. E vice-versa.
Mas respeito quem agiu diferente, quem só saiu da moita agora ou ainda permanece por lá, até porque se envolver numa polêmica dessas é certeza de situações desagradáveis, inclusive a sujeição a ofensas independentemente da posição que defender e ninguém é obrigado a se submeter a isso.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A péssima arbitragem catarinense e rapidinhas

Depois de duas péssimas arbitragens seguidas, nos jogos do Figueirense contra Imbituba e Brusque, fiquei pensando sobre quais os motivos de a arbitragem catarinense ser tão ruim, tão insignificante no cenário nacional, não só atualmente com ao longo da história.
Estamos no Sul do Brasil, a Região mais rica, com um povo mais instruído, com um futebol relevante, quase sempre com representantes na Série A e não pode-se aceitar essa realidade. O que está acontecendo? O que está faltando?
Se compararmos com países da América do Sul, muitos com população inferior a Santa Catarina, fica ainda mais evidente a mediocridade da nossa arbitragem. O Uruguai, por exemplo, com população bem inferior à nossa, sempre fornece árbitros de qualidade, respeitados mundialmente, que apitam jogos importantes, como Mundial de Clubes e Copa do Mundo. Até para o Paraguai nós perdemos feio.
Mesmo comparando com outros estados brasileiros, dos quais nenhum pode ser considerado exemplo, ainda comemos poeira da maioria e temos com certeza a pior arbitragem entre os estados com presença constante na Série A. Se compararmos com o vizinho Rio Grande do Sul, sempre com árbitros respeitados, chega a dar vergonha.
E qual é o problema? Com certeza é uma série de fatores, mas o principal é a política do apadrinhamento, ou seja, se o sujeito não tem um padrinho não é escalado, ou melhor, nem entra no quadro. Já os afilhados, mesmo tendo péssimas arbitragens anos seguidos, continuam aí, para provar o que digo.
A solução seria privilegiar o surgimento de árbitros novos, quem sabe exigindo-se nível universitário, por méritos, através de processo de avaliação com critérios objetivos e não por indicação, como ocorre atualmente. E também valorizá-los, remunerando-os adequadamente, quem sabe através de patrocínios ou outras formas.
O problema é que não querem mudar. Quem manda quer deixar do jeito que está. Se quisessem poderiam se espelhar em modelos que deram certo, como no Uruguai.

RAPIDINHAS

Paulo Brito é um sujeito chato, insuportável. Não tem nada de polêmico. Polêmico é o Cacau. Brito é só chato mesmo. Estava tentando ouvir o debate esportivo na CBN e não consegui por muito tempo.

Ernane, Coutinho e Marquinho: a torcida do Figueirense e a imprensa esportiva já escolheram os cristos para esse início de temporada. Penso que ainda é cedo, apenas duas partidas, para fazer um julgamento. Depois, o Marquinho me pareceu um bom jogador, apenas fora de rítimo e o Coutinho não comprometeu. Além do mais, se não fosse o passado, certamente Jeovânio estaria nesta lista. André Santos, quando retornou do Flamengo, também teria sido mandado embora se não fosse o seu passado. Por isso acho esse julgamento precipitado.

O Brusque, pelas duas primeiras partidas, é o pior time disparado do campeonato catarinense e sério candidato ao rebaixamento.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Derrota injusta para o Brusque

O Figueirense foi muito superior ao Brusque na noite desta quinta-feira, mas acabou perdendo por por 2 a 1, num placar totalmente injusto, fruto de uma série de fatores, como a falta de uma melhor pontaria dos atacantes, falhas do sistema defensivo e, principalmente, erros absurdos da arbitragem, que anulou um gol legítimo e deixou de marcar um pênalti claríssimo.
O Figueirense não jogou um primor de futebol, até pelas condições do campo, que sempre prejudica o time mais leve e técnico. Mas fez um bom primeiro tempo, com muita disposição e boas jogadas. Voltou a dominar o jogo a partir da metade do segundo tempo e acabou levando o segundo gol numa bobeada incrível da defesa, com uma falha do Jeovâneo, que cabeceou para o meio da área uma bola em que nem precisou pular e mais uma sequência de trapalhadas, do zagueiro que cabeceou para a frente da área, de outro jogador que furou na bola após a bicicleta e do Wilson que foi mal na bola.
O Brusque não jogou nada e acabou vencendo com gols em duas muvucas na área depois de dois escanteios, única forma que poderia marcar, e com a ajuda da bandeirinha e do subárbitro (o árbitro foi o zagueiro Marcelo do Brusque). É sério candidato ao rebaixamento.
De qualquer forma, mais uma vez gostei do time, principalmente porque sempre é difícil jogar em Brusque, com destaque para João Filipe, Lucas e João Paulo. Mostrou mais uma vez que tem futuro.

Rapidinhas

Não há mais dúvidas de que o Jec passou a chave do inferno ao Criciúma. É a bola da vez. Vai brigar para não cair no Catarinense e é forte candidato à Série D em 2011. Brigas, intrigas, dívidas e um amadorismo inimáginável nos dias de hoje estão levando o tigre ao fundo do poço, que ainda está distante.


Gostei de ver o atacante Ramon, revelado pelo Figueirense, que foi liberado depois de constatado grave problema no coração. Parece que fez tratamento e voltou muito bem. No jogo de ontem do seu time, o Juventus de Jaraguá do Sul, contra o Avaí, foi o melhor em campo, sofrendo pênalti, marcando um gol e chutando bola na trave. Aliás, contra o nosso rival ele sempre arrasou. Lembro de um jogo em que ele marcou 3 gols. Sucesso Ramon. Torço por você.


Pelo que tenho ouvido, o Conselho do Figueirense deseja, para substituir a FPSA, um parceiro com muito dinheiro, mas com pouco poder de mando no clube, que iniciaria lá por 22 de setembro. Com essas características, acho melhor esperar em 25 de dezembro.


Ouvi na CBN hoje que haveria investidores estrangeiros dispostos a firmar parcerias com o Figueirense. Só não me digam que são russos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

As semelhanças entre Paulo Prisco Paraíso e Jânio Quadros

Em 1961 o então Presidente da República, Jânio Quadros, apresentou sua carta de renúncia do seu mandato, levando o País a uma enorme crise, que culminou com o golpe militar de 1964. A tese mais aceita sobre o real objetivo de seu ato, é a de que imaginava a rejeição da renúncia pelo Congresso e a volta ao cargo mais forte, nos braços do povo. Outra tese é de que foi um ato passional, decorrente das pressões que sofria à época aliada a sua condição de maluco completo. Em favor desta última tese, surgiram fatos novos: apresentou cartas de renúncia semelhantes quando Prefeito de São Paulo, que foram descartadas por seus assessores.
Em 2009 Prisco Paraíso apresentou sua carta de denúncia do contrato de gestão, levando o Figueirense a uma grave crise política, com consequências ainda imprevistas. O seu real objetivo, no entanto, não seria sair, mas sim se tornar mais forte, com o apoio do Conselho Deliberativo. Deu tudo errado. Como no caso de Jânio, o tiro saiu pela culatra e Prisco está sendo escurraçado do Scarpelli.
No caso PPP, também há outra tese, defendida pelo próprio, de que mandou a tal carta num ato passional, decorrente das pressões que sofria. Seriam as tais "forças terríveis" citadas por Jânio em sua carta?
Convenhamos, é muito difícil, para não dizer impossível, engolir essa tese da passionalidade de Prisco, mas também é difícil acreditar que um sujeito com a sua experiência tenha tido um erro tão grande de avaliação, a ponto de ter enviado, e achar que seria aprovada, uma proposta de mudança rejeitada por unanimidade. Haveria uma terceira tese? Enfim, talvez somente com fatos novos seja possível entender o que realmente aconteceu.
O certo é que o futuro do Figueirense é imprevisível, isso na melhor das hipóteses. Na minha visão, porém, como já escrevi diversas vezes, é previsível e bem sombrio. Com Prisco fora do páreo, já que dificilmente vai ganhar a parada na Justiça, o Conselho Deliberativo vai retomar o poder, as rédeas e não vai repassar aos novos gestores. Com toda a passionalidade do Conselho (como de todos os Conselhos de clubes de futebol), o sucesso dependerá mais do que nunca da sorte, do resultado no curto prazo. Diante de um semestre de resultados negativos, a nova gestora, se houver, já correrá o risco de levar um chute na bunda, citando como exemplo a parceria Jec e Luxemburgo, que durou uns dois meses. Temo também que a administração com a emoção e não com a razão também possa afetar o saneamento das contas do clube, uma grande conquista da Era PPP.
Não há como negar, porém, que foi PPP quem cavou sua própria cova. Ao Conselho coube a responsabilidade de desferir o tiro de misericórdia, pregar o caixão e colocar a pá de cal. O Conselho agiu acertadamente? Já expressei minha opinião, mas só o tempo dará a resposta definitiva.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Figueirense 3 a 1 Imbituba: melhor que o esperado

Foto: Carlos Amorim (Clique para ampliar)

O Figueirense venceu o Imbituba ontem (18.01.2010) por 3 a 1, gols de Júnior Negrão (2) e João Paulo, pela primeira rodada do Campeonato Catarinense de 2010, além de ter sido a primeira partida da história entre os dois clubes.
Para um primeiro jogo, com o time ainda desentrosado e fora da melhor forma física, gostei bastante. Mostrou ser um time rápido e aguerrido.
Tão aguerrido que até o Maicom correu, e bastante. Aliás, na minha opinião foi o melhor em campo e tem tudo para ser um dos destaques do time, pois futebol ele tem. Possui um bom passe, consegue fazer bons lançamentos e chuta forte, com direção. Faltou no ano passado comprometimento e vontade. Se criar juízo, tem tudo para estourar.
Destaque também para a dupla de laterais, que estiveram muito bem no segundo tempo e para Júnior Negrão, que cumpriu com seu papel de atacante.
Ainda é cedo para um julgamento definitivo, mas gostei do que vi e fiquei mais otimista do que estava. Acho que esse time vai dar liga.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Rapidinhas

Figueirense e Imbituba: por incrível que pareça, é um jogo perigoso. De um lado um time pequeno, mas entrosado e disposto a comer grama se for preciso. Do outro um time certamente muito superior, mas em formação, que está sendo remontado e sem estar em boa forma física, com uma torcida desconfiada e provavelmente sem paciência. Acredito na vitória, mas não acho que vai ser de barbada.

A crise: terça-feira teremos mais uma reunião do Conselho Deliberativo, mais um capítulo no imbróglio envolvendo a rescisão do contrato com a FPSA. Seria uma resposta à nova declaração de PPP no encontro com os blogs de que vai até 2024? Depois da primeira declaração já houve uma reunião quase que imediatamente. Se continuar nesse ritmo, quantas ocorrerão até 21 de março? Aliás, com esse passionalismo do Conselho e a frieza (no mau sentido) da FPSA vai acabar sobrando para o clube. Seria melhor uma solução negociada.

Joinville 3 a 0 no Criciúma: o JEC mais uma vez começa bem no campeonato, mas tudo indica que acabará mal, como tem ocorrido nos últimos anos. É um clube com grande torcida, com história, um belo estádio, uma cidade economicamente forte, mas uma diretoria incompetente, que estraga tudo.

Favoritos ao título: 1º Avaí, 2º Figueirense, 3º Joinville e 4º Chapecoense. Um dos quatro seguramente vai levar, mas é praticamente certo que fica na Capital.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crise: a proposta indecente da FPSA é, por si só, motivo para o rompimento?

Quando soube do conteúdo da proposta apresentada pela FPSA para mudança do contrato, dei a minha opinião num texto com o título "Proposta indecente".
Apesar de ter me posicionado totalmente contra a proposta, defendi que o Conselho deveria buscar um acordo para a permanência da FPSA na gestão do clube. A maioria dos outros blogueiros na época também opinou nesse sentido. Também a maior parte da nossa torcida pensava assim e até as manifestações públicas do Conselho Deliberativo indicavam a busca por uma permanência negociada da FPSA.
A proposta continua a mesma de quando aquelas opiniões foram emitidas, mas de repente, tudo mudou e, ao que tudo parece, a proposta indecente apresentada pela FPSA passou a ser considerada, por si só, o maior motivo da repúdia à permanência daquela empresa no comando do Figueirense. Ou seja, segundo essa visão, quem apresenta uma proposta daquelas não tem mais condições morais de continuar no comando do clube. Isso eu tenho ouvido de muitos torcedores.
Penso que é um grande erro, pois apesar de indecente foi apenas uma proposta. O rompimento só pode se dar, na minha opinião, se houver uma alternativa real, concreta, seguramente mais vantajosa.
Dá para comparar toda essa situação com o seguinte contrato hipotético de locação: uma pessoa alugou um imóvel com fins residenciais e o inquilino durante 10 anos cumpriu com suas obrigações, pagando os aluguéis em dia, efetuando a devida manutenção, não incomodando os vizinhos, mas um belo dia o sujeito vem com uma proposta indecente: queria montar uma zona no local e o locador ainda teria que ser o porteiro. Se o locador não aceitasse, o inquilino deixaria o imóvel em 30 dias. O locador deu umas boas risadas e disse que obviamente não aceitaria. Lá pelo vigésimo quinto dia, o sujeito diz ao locador que havia desistido da zona e queria continuar residindo com a família no imóvel. Qual seria a resposta de um locador sensato? Se tivesse recebido uma proposta mais vantajosa, diria "agora é tarde", caso contrário, como não rasga dinheiro, aceitaria a permanência do inquilino.
No imbróglio envolvendo o CD e PPP (ou FPSA), penso que é uma situação parecida. PPP é reconhecidamente, até para seus adversários, um bom gestor e comprovou isso nesses mais de 10 anos em que o Figueirense esteve sob seu comando. Se quer ficar, não pode ser mandado embora única e exclusivamente pela proposta indecente, afinal foi apenas uma proposta. Agora, se há outra proposta de gestão, real, concreta, consistente, de longo prazo e seguramente mais vantajosa que a atual, não vejo motivo para o não rompimento. O Conselho diz que essa proposta existe. Eu, como diria minha avó, não aposto um tostão furado nisso.
Mas, se o rompimento realmente ocorrer, uma resposta definitiva quanto a existir realmente a tal "proposta mais vantajosa" a que se refere o CD teremos somente nos próximos anos. O rumo à Série A ou à Série C indicará seguramente se o Conselho está falando a verdade ou se também resolveu blefar.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Qual a seleção de jogadores de futebol catarinenses de todos os tempos?

Falcão: o maior craque catarinense, na minha opinião

Santa Catarina é reconhecido como um celeiro de craques de futebol e, outro dia, fiquei pensando quais seriam os melhores jogadores em cada posição nascidos em nosso Estado e cheguei a seguinte seleção: Gainete (Florianópolis), Maicom (Criciúma), Uberdan (Florianópolis), Nelson (Timbó) e Filipe (Jaraguá do Sul); Mengálvio (Laguna), Falcão (Abelardo Luz), Valdo (Siderópolis) e Zenon (Tubarão); Valdomiro (Criciúma) e Toninho Quintino (Florianópolis).
Que tal? Alguns eu não vi jogar (Gainete, Uberdan e Mengálvio), mas escalei pelo histórico. Quem tiver alguma sugestão, fique à vontade.


domingo, 10 de janeiro de 2010

Figueirense vence o Desportivo Brasil por 1 a 0 e se classifica para a segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2010

O Figueirense venceu o Deportivo Brasil na tarde deste domingo por 1 a 0, gol de Héber no primeiro tempo e se classificou para a segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Na próxima fase, enfrenta o terceiro melhor classificado pelo índice técnico, o Pão de Açúcar, de São Paulo.
Para mais detalhes da Copa SP, sugiro página especial Wikipédia.
Para quem quiser relembrar a conquista do Figueirense, clique aqui para acessar página especial sobre o campeonato de 2008.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Um começo de campeonato catarinense melhor do que em 2009

Fora de campo a coisa está bem complicada, com todo esse imbróglio envolvendo o Conselho Deliberativo e a Figueirense Participações, já amplamente discutido, inclusive aqui no blog, mas dentro de campo penso que as coisas começaram bem melhores do que 2010 e também outros anos.
E as coisas começaram bem melhores, na minha visão, por ter mantido a base, a espinha dorsal, do time do ano passado, o que acredito seja fundamental em qualquer clube profissional. E não é uma base com a sobra, com os reservas dos reservas ou com os titulares que ninguém quer. É uma base com jogadores importantes, como Wilson, João Felipe, Lucas, Jeovânio, Diego Paulista, Fernandes e talvez Róger Carvalho.
Quanto às contratações, na grande maioria são jogadores jovens e desconhecidos e será preciso separar o joio do trigo. Certamente no meio destes haverão outros "jairos" e "perones" da vida, mas provavelmente haverão também outros "wilsons" ou "j. felipes". Não era o que sonhávamos, mas será que o Figueira tem bala na agulha para contratar jogadores já consolidados, reconhecidamente bons? Se for para contratar jogador experiente mediano, prefiro continuar arriscando em jovens desconhecidos, pois foi assim que garimpamos grandes talentos, como Cícero, Rodrigo Souto, João Felipe, Michel Bastos, e tantos outros.
Quanto a um maior aproveitamento da base, acredito que é preciso lançar aos poucos, como sempre deu certo. No ano passado lançaram um balaio e foi um fracasso. Embora a maior parte dos contratados também seja jovem, há uma grande diferença em relação aos jogadores da base, já que aqueles foram contratados depois de terem atuado como titulares e se destacado em seus clubes, ou seja, têm experiência, ainda que pouca.
Por tudo isso, estou otimista para o Campeonato Catarinense, até porque vencemos nos últimos quatro anos pares. Só espero que toda essa questão fora do campo não atrapalhe.

Dazaranha cantando a música Figueirense

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O medo do velho

Algumas pessoas já comentaram e o Tainha inclusive já escreveu sobre o assunto no seu blog, do medo das mudanças, do medo do novo, em relação à saída da Figueirense Participações e a entrada de novos gestores, que assola parte da torcida do Figueirense, inclusive este blogueiro.
Não discordo, realmente estou com medo e boa parte dos torcedores com os quais converso também estão temerosos, mas não em relação ao novo, ao moderno. O medo é do velho, de voltar às velhas práticas administrativas ultrapassadas.
Porém, pelo que tenho acompanhado pelo próprio Tainha e o Ney Pacheco, que estão por dentro dos novos projetos, não haveria motivo para nós pessimistas nos preocuparmos e que as mudanças planejadas serão para melhor, serão um passo a frente, para profissionalizar ainda mais o clube, e não um retrocesso como tememos.
Confesso que fico pelo menos mais esperançoso diante das opiniões favoráveis às mudanças vindas de dois blogueiros com credibilidade, que merecem o maior respeito, mas obviamente vou continuar com um pé atraz, pois por melhores que sejam as intenções do Conselho há um longo e difícil caminho entre a teoria e a prática. Depois, de boas intenções o inferno está cheio.
Enquanto não conheço a fundo esses projetos, só me resta torcer e muito para que toda essa história, inclusive com grandes parceirias e mega investidores, seja real, seja viável, se concretize. Que não seja apenas um sonho, tipo aqueles com parcerias e parceiros mirabolantes. Se for tudo isso que estão falando serei o primeiro a mudar de opinião e apoiar o chute na bunda do PPP. Mas, por enquanto, com as vagas informações que tenho, não posso considerar mais que um conto de fadas.

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