segunda-feira, 29 de março de 2010

Figueirense é o único time do campeonato que depende só de si para jogar todas as decisões em casa

Com duas vitórias nos dois últimos jogos do segundo turno, o Figueirense assegurará não só disputar em casa a semifinal e a final desta fase, jogando em ambos os casos pelo empate, mas também uma eventual final do campeonato catarinense, já que o Joinville teria também que vencer suas duas partidas e ainda tirar uma diferença de 11 gols de saldo, o que é impossível (veja a tabela oficial).

Portanto, esses dois próximos jogos são os mais importantes do ano para o Figueirense, até agora. Duas vitórias e o título vai ficar bem próximo.

E o Figueirense é o único time entre os dez participantes do campeonato que depende só de si para jogar todas as decisões em casa.


domingo, 28 de março de 2010

Vídeo com os gols da goleada de 5 a 0 do Figueirense sobre o Juventus de Jaraguá

Estava ontem a passeio em Brusque e não vi o jogo em que o Figueirense, pelo placar de 5 a 0, deu um passeio no Juventus.

Como apenas ouvi parte do jogo, pela Band FM, que por incrível que pareça foi a única que pegou lá, não posso comentar a partida.

Comento apenas que o Figueirense continua com um poder ofensivo excelente, goleando todos os adversários em casa. A diferença é que agora o ataque está fazendo e a defesa não está tomando, tanto que é a terceira goleada seguida com mando de campo sem levar gols.

O melhor de tudo é que, com a derrota de Avaí e Imbituba, o Figueirense assumiu a liderança isolada do segundo turno.

Agora pega uma pedreira, a ressuscitada Chapecoense, que vai disputar um jogo de vida ou morte no próximo final de semana. Se o Figueira passar por essa, ninguém mais lhe tira a liderança do returno.

Vídeo abaixo com os gols de ontem (da Globo, com boa qualidade de imagem):


quinta-feira, 25 de março de 2010

Imprensa azul quer aposentar Luiz Orlando de Souza

A imprensa da Capital, que é formada quase que integralmente por torcedores avaianos, perdeu a compustura depois do clássico, como sempre ocorre, e passou a atacar o árbitro da partida, Luiz Orlando de Souza, inclusive exigindo a sua aposentadoria, como se o mesmo tivesse cometido um crime na partida, e não houve nada disso.

Luiz Orlando, na minha visão, até cometeu alguns erros, mas nada demais, nada que levasse a essa histeria coletiva da imprensa avaiana.

No lance mais reclamado, Jeovânio tenta se desvencilhar de Caio, que tentava o agarrar por trás, e acerta um tapinha na cara do rival. Luiz Orlando não vê o lance e é alertado pelo bandeirinha. Pelo teatro de caio, que rola desesperadamente e seguidamente no gramado, parecia que tinha sofrido o afundamento do crânio ou no mínimo um corte profundo no supercílio. Mas o árbitro chega perto e não vê nada. Nem sangue, nem hematoma, nem uma mancha, nem um arranhão. Poderia ter dado até um cartão amarelo pelo teatro do Caio, mas preferiu dizer "levanta maricão". Poderia ter dado o segundo amarelo ao Jeovânio, mas ficou confuso diante da cena do maricão avaiano e da pressão dos jogadores alvinegros. E daí?

A outra grande reclamação foi quanto ao minuto extra de acréscimo, o fatídico 49º. Erro seria se não tivesse acrescentado pelo menos um minuto depois que, já nos acréscimos, um torcedor miolo mole do Avaí atirou um rojão no gramado e a partida foi interrompida por um tempão.

Luiz Orlando pode até ter cometido alguns erros, mas todos em lances de interpretação, tanto para um lado como para o outro, como no puxão na camisa do Firmino na área, que eu também não marcaria o pênalti, ou no lance do gol do Sávio, que eu também marcaria impedimento, pois o fato de a bola ter tocado no atleta do Figueira não anula a posição irregular do adversário.

Portanto, nada demais, nenhum erro grave. Aliás o único erro grave é a imparcialidade da nossa imprensa, que nos clássicos cai a máscara e não consegue nem disfarçar seu fanatismo pelo clube do sul da ilha.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Empate com gosto de vitória no clássico

O Figueirense empatou em 1 a 1 com o Avaí na noite chuvosa desta quarta-feira, na ressacada, pela sexta rodada do campeonato catarinense de 2010.

O Avaí largou na frente no primeiro minuto do segundo tempo e o Figueirense buscou o empate no apagar das luzes, no último minuto, aos 49 do segundo tempo, para delírio da galera alvinegra e choro generalizado dos avaianos.

O Figueirense, na minha opinião, não fez uma boa partida. A garotada não repetiu boas atuações anteriores. Jogadores como Lucas, Firmino e William não repetiram o brilho de outras jornadas, enquanto J. Negão repetiu as péssimas atuações. Os jogadores que entraram no segundo tempo também não estiveram bem, inclusive Jean Carioca, que teve a melhor chance da segunda etapa, na cara do gol, e se atrapalhou.

No primeiro tempo o jogo foi equilibrado, com poucas chances de gol para ambos os lados, porém no segundo o Avaí foi bem melhor, mas amarelou, como sempre, perdendo chances de matar na frente e levando o gol de empate lá atrás.

O finalzinho foi emocionante, com o Figueirense no ataque, no sufoco, com um escanteio atrás do outro, com todo mundo na área, inclusive o Wilson, sendo que no último escanteio, no último minuto, a bola é lançada na área, a zaga corta, sobra para William fora da área que chuta, nem muito forte, nem muito fraco, no meio do gol, mas a bola vai passando, passando, no meio de um, de outro, do goleiro... só para no fundo das redes.

Valeu pelo empate e principalmente pelo choro no manguezal ao final do jogo.

Vídeo com os gols:



terça-feira, 23 de março de 2010

No primeiro clássico eles já amarelaram

O primeiro clássico entre Avaí e Figueirense ocorreu em 13 de abril de 1924, no estádio Adolpho Konder, em Florianópolis, conhecido na época como "Campo da Liga".

Sabe-se que o jogo era um amistoso e terminou com vitória do Figueirense por 4 a 3, depois de estar perdendo por 3 a 0.

O Figueirense entrou em campo com Boos; Amorim e Asteróide; Delgídio, Enéas e Jaime; Campos, Juza, Maneca, Raimundo e Victor. A maioria dos atletas aparece na foto ao lado, tirada oito meses antes. O time azurra não teve a escalação divulgada, justificadamente. Apenas os heróis figueirenses mereceram ter seus nomes estampados nos jornais da época.

O jogo foi assistido por cerca de 1.950 torcedores, uma enormidade para o tamanho da população da cidade na época (pouco mais de 41 mil moradores), dando a dimensão do acontecimento.

Não se sabe quem marcou os gols da partida, apenas o quarto do Figueirense, anotado por Maneca, talvez o primeiro herói alvinegro.

São essas as informações públicas que tenho, mas fico imaginando como tudo aconteceu, qual o clima do primeiro clássico, em que circunstâncias ocorreu.

As torcidas na época eram regionalizadas e a do Figueirense se concentrava no Bairro da Figueira, na parte oeste do Centro, onde hoje ficam a Rua Padre Roma, Mercado Público, etc. (foto ao lado), enquanto os avaianos ocupavam a parte leste, onde hoje fica o Bairro Agronômica e adjacências.

Fico imaginando a primeira inticada, talvez no sábado da véspera do clássico: Dona Maria do Bileca (Bileca era o apelido do marido), que residia no bairro da Figueira e obviamente torcia pelo Figueira, vai até o Mercado Público pela manhã fazer umas comprinhas, como uma réstia de cebola, 400g de banha de porco, uma dúzia de banana, 01 quilo de cocoroca...Não havia muito mais o que comprar. Não havia a enorme variedade de um supermercado atual.

Lá pelas tantas, Dona Maria encontra um conhecido avaiano, um tal de Zé das Pombas, que vinha lá das bandas da atual Agronômica todos os sábados ao Mercado faturar uns trocados com a venda de pombas do mato (pomba da pivida, como eram conhecidas), as quais eram expostas degoladas, num balaio. "Já comprou a sacola para encher de gols Dona Maria? Cuidado, a seleção azurra tá jogando muito, vai ser de goleada, é melhor se previnir", provoca o Zé. "Tás é tolo o estepô. Teu time não é de nada", retruca Dona Maria. E quanto sai a pomba, perguntou; "um milhão", informa o pombeiro (como eram conhecidos os vendedores de pombas); "Mofas com as pombas na balaia", retruca D. Maria.

E chega o esperado dia do jogo, um domingo lindo, com sol brilhando. Homens e mulheres colocam os melhores ternos e vestidos e se deslocam em peso ao Campo da Liga para assistir a partida, a maioria a pé.

Era também um ótimo local para uma azaração, pois as gatinhas da época estavam lá. As mais cobiçadas pesavam acima de 80 quilos e possuíam pernas mais grossas do que a cintura da Gisele Büdchen, as quais mostravam orgulhosamente até um palmo acima do tornozelo.

Não havia essa de separação de torcidas, pois na época até os avaianos eram civilizados. Apenas cada torcida se concentrava mais num determinado lado campo por opção, mas circulavam normalmente em qualquer lugar e podiam tirar uma onda no meio da torcida adversária, sem qualquer problema.

A torcida figueirense era notadamente mais popular, mais povão e também mais numerosa. Não possuía entre seus quadros altas autoridades, ricos comerciantes, como a torcida rival.

O jogo começa e o Avahy (era assim que se escrevia, como nome de filho de pobre na atualidade, cheio de h, y...) vai logo fazendo 2 a 0 no primeiro tempo. Depois do intervalo marca mais um: 3 a 0. Os avahyanos já davam como certa a vitória, só não sabiam de quanto seria a goleada. A gozação tomou conta do estádio. Um gritava "olha o sacolão", o outro "tô que tô rindo à toa". Zé das Pombas aparece para "intizicar" D. Maria: "Eu não falei? Não quis trazer a sacola? KKKK... Vai ser de 'seix'", provocou. "Mofas com a pomba na balaia", responde D. Maria, usando pela primeira vez a famosa frase em sentido figurado. "Ainda vamos virar", profetizou.

Parecia realmente perdido, mas os figueirenses não pensaram assim e passaram a empurrar o time com todas as forças de seus pulmões, fazendo um barulho ensurdecedor, jamais visto antes por aquelas bandas. E o time começou a reagir fazendo o primeiro: 1 a 3.

Aí os guerreiros avahyanos sentiram o golpe. Era muita responsabilidade, afinal consistia no primeiro jogo da história daquele que seria o maior clássico do estado de Santa Catarina pela eternidade. Bateu uma fraqueza nas pernas, o suor frio, a palidez da pele, a bola, malvada, passou a dar nas suas canelas. Ou seja, tudo aquilo que mais tarde passaria a ser conhecido como amarelar.

Diante desse quadro, a virada era inevitável e ela veio, com um gol atrás do outro. O último já no apagar das luzes, anotado por Maneca, o herói do jogo, que foi carregado pela torcida no gramado após o apito final.

O jogo termina e a torcida figueirense sai do campo feliz, a maioria dos torcedores exaustos e quase sem voz, e marcha festejando rumo ao seu reduto, o Bairro da Figueira, enquanto os avahyanos ainda ficam mais um pouco para reclamar de pênaltis não marcados, impedimentos marcados, do Presidente da Liga, dos buracos no gramado...

Bom, não sei se foi exatamente assim, mas posso afirmar que não foi muito diferente. Alguém duvida?

Créditos: Fotos extraídas do site do Édson Luiz da Silva (Velho Bruxo), um espaço muito interessante, com fotos antigas e histórias da Ilha, que vale a pena conhecer ( http://www.velhobruxo.tns.ufsc.br/)

segunda-feira, 22 de março de 2010

O início, a ascensão, o apogeu, o declínio e a queda do Império de PPP


Hoje chega ao fim a Era PPP, a fase mais vitoriosa da história do Figueirense, iniciada em 1999 e concluída hoje, 22 de março de 2010.

Paulo Prisco Paraíso revolucionou o Figueirense, implantando uma administração profissional, que saneou as dívidas do clube, tornando-o viável, e os resultados não tardaram a aparecer em campo.

Sob seu comando, o Figueirense conquistou 6 títulos do campeonato estadual, ultrapassando o Joinville e o rival Avaí em número de conquistas, este com 4 conquistas a mais quando sua administração se iniciou.

Como conquistas relevantes, podemos destacar ainda sete anos seguidos de série A, a final da Copa do Brasil em 2007, a conquista da Copa SP de júniores em 2008 e a superação do rival em número de vitórias no clássico. Não é pouca coisa.

Pode-se questionar um monte de coisas da Era PPP, inclusive as negociações nebulosas de jogadores no apagar das luzes. Mas os resultados são incontestáveis.


O INÍCIO

PPP chegou no Figueirense debaixo de muitas acusações, denúncias, ações judiciais, decorrentes de sua atuação no Governo do Estado. Na minha visão, pelo menos num primeiro momento, entrou no Figueirense para tentar limpar seu nome, como muitos políticos em situação semelhante, e obter reconhecimento pela sua competência. Conseguiu êxito pleno apenas no segundo objetivo.

Estaria eu mentido se dissesse que no início sonhava com tantas conquistas, mas as perspectivas eram animadoras desde o começo, mesmo com orçamento limitado, com os oficiais de justiça ainda batendo à porta com frequência.


A ASCENSÃO

Nos dois primeiros anos o time patinou, mesmo com a conquista do estadual de 1999. Mas em 2001 o Figueirense deu seu grande passo, com a conquista do acesso à Série A, e continuou crescendo, com o tricampeonato 2002/2004 e a manutenção na primeira divisão nos anos seguintes.


O APOGEU

O auge, a fase áurea do Figueirense sobe o comando de PPP se iniciou em agosto de 2001, com a disputa da Série B e conquista do acesso, e terminou em abriu de 2008, com a conquista do último campeonato catarinense. Foram quase oito anos no topo, com resultados espetaculares, sendo 5 títulos estaduais, permanência no período na Série A, final da Copa do Brasil, além de conquistas importantes nas divisões de base.


O DECLÍNIO

Ao contrário do que muita gente afirma, penso que o declínio do Figueirense não ocorreu apenas pela criação, por si só, da Figueirense Participações, pois mesmo após 2004 o Figueirense continuou tendo ótimos resultados, como a sua melhor campanha na Série A, em 2006; a final da Copa do Brasil em 2007; e os estaduais de 2006 e 2008. O agigantamento da FPSA nos últimos anos, pelo que me falaram, inclusive com o acesso em seu quadro de pessoal de pessoas sem nenhuma ligação com o futebol, assemelhando-a a um órgão público, é que foi o grande problema, na minha visão. Certamente muito dinheiro da área fim (futebol) foi deslocado para a área meio (FP). Além disso, o afastamento de PPP do dia a dia do clube foi decisivo, na minha opinião, para a derrocada.

Embora o declínio seja visível e simbolizado concretamente pelo rebaixamento no final de 2008, não sei se o Figueirense teria fôlego, mesmo sem essas falhas na administração, para permanecer por muito mais tempo na Série A, pois com esse modelo de campeonato, por pontos corridos, com 20 clubes e 04 caindo todo ano, é inevitável a queda daqueles com menor poder econômico, tanto que o Figueirense foi o último não pertencente ao Clube dos 13 que resistiu à queda nesse sistema. Mesmo entre os clubes do C13, são poucos os que ainda não caíram (Flamengo, São Paulo, Santos, Inter, Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR) e alguns escaparam por muito pouco (Fla, San e Atl.).

Mesmo nessa fase do declínio, o Figueirense ainda brigou até a última rodada pela permanência na Série A, em 2008, caindo pelo saldo de gols, e em 2009 brigou até a penúltima pelo acesso. Mas quem esteve no topo por tanto tempo não vai aceitar de uma hora para outra um time mediano. É natural isso. Mas tem também aqueles um tanto fora da realidade, que pensam ser o Figueirense o "Real Madrid do Estreito", como dizem os avaianos.


A QUEDA

Até hoje eu não entendo o que aconteceu realmente nos bastidores, atrás das cortinas, que culminou com a queda involuntária de Prisco. O que se sabe é que ele blefou ao mandar a tal carta dizendo que sairia se não aprovassem suas propostas. Mas o que o levou a blefar, a oferecer o pescoço à guilhotina com a denúncia do contrato? É obvio que tinha certeza de que não aconteceria o que aconteceu. Os cabeças do CD teriam sinalizado pela aprovação, dando-lhe segurança para fazer o que fez, e depois recuado, ou PPP foi tão estúpido ou arrogante, se achando insubstituível? Não sei responder.

É evidente que a queda de PPP só foi possível diante dos resultados dos dois últimos anos, pois se estivesse na Série A, conquistando títulos, os Conselheiros não teriam coragem de derrubá-lo, mas talvez o grande diferencial nessa queda foi a participação decisiva dos internautas, em blogs, sites, redes sociais, cujas posições pelo rompimento acabaram se espalhando por praticamente toda a torcida, mesmo aqueles que nunca acessaram à Internet, certamente com o apoio de opositores, inclusive com o fornecimento de informações privilegiadas. Foi isso que criou o clima para a degola. Talvez tenha sido o primeiro mandatário de um clube que tenha sido derrubado por uma revolução dos internautas.


E AGORA?

Agora só nos resta torcer para que a nova gestão tenha pelo menos o mesmo sucesso da que está saindo. Se vai conseguir, só o tempo dirá. Mas acho que atualmente o importante é todos, inclusive uma minoria que se posicionou contra a mudança, ficarem do mesmo lado, ou seja, do lado do Figueirense. De minha parte pretendo manter a mesma postura, de criticar e elogiar quando achar que devo. Ser oposição, ser do contra, não é comigo. Também acho que os opositores da gestão que está saindo devem esquecer o passado e parar de chutar cachorro morto.

sábado, 20 de março de 2010

Figueirense vence Metropolitano por 3 a 0 no jogo de despedida de PPP - veja vídeo com os gols da partida

O Figueirense fez mais uma ótima partida em casa e venceu o Metropolitano por 3 a 0, no último jogo sob o comando da atual administração, que muda na segunda-feira.

O Figueirense mais uma vez conseguiu produzir uma enormidade de chances reais de gols e poderia ter feito os 3 a 0 já no primeiro tempo, período no qual teve pelo menos 09 oportunidades. Acredito que não fez por ansiedade de jogadores como Firmino e William e falta de qualidade na conclusão de outros, como Júnior Negão, e o jogo acabou ficando dramático.

Aliás, é incrível como esse time produz ofensivamente, mas também é incrível como perde gols, consagrando os goleiros adversários, em boa parte porque fecham os olhos e chutam no meio do gol. O Lucas é o campeão em acertar o goleiro.

Mas quando a coisa estava ficando complicada, já aos 21 da segunda etapa, apareceu o rejeitado, o xingado, o vaiado, Maicon e fez o que deveria ser feito: olhou para o gol, para o goleiro, e tocou por cobertura, no ângulo. Aí começou a ficar fácil, William fez o segundo e Maicon fez outro golaço, quase uma repetição do primeiro.

Uma coisa que não entendo é porque o Maicon continua sendo vaiado pela torcida a cada passe que erra. Isso porque ele é o jogador que menos erra passes no Figueira. E não é passinho pro lado. Tem feito inclusive ótimos lançamentos. Acho que ele está sendo vaiado pelo ano passado. Só pode. Pois neste ano está participativo, correndo, fazendo gols e até roubando bolas. Às vezes eu não entendo a nossa torcida, sinceramente.

O Figueirense está jogando o melhor futebol do campeonato, disparado, principalmente na parte ofensiva. Os únicos problemas que vejo, e que podem ser um obstáculo à conquista do título, são a zaga, que ainda continua falhando, a pouca experiência do grupo e a carência de algumas peças de reposição.

Agora é ir prá cima dos amarelos na quarta-feira. Nessa altura eles já estão com "fraqueza nas pernas", como dizem os manezinhos.

Os gols da partida estão no vídeo abaixo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma pergunta que não quer calar e Nicácio

Uma questão que já está chata, mas que na minha opinião ficou muito mal explicada, é a venda dos jogadores da base para a Tombense/Uram.

Procurei ler e ouvir todas as explicações sobre o assunto, mas, até agora, nenhuma me convenceu.

A nova administração disse que ninguém sabia de nada mas que a negociação é legal e a nossa fraca imprensa esportiva engoliu assim mesmo, sem perguntar qual o fundamento, qual o dispositivo contratual ou estatutário que ampara o negócio realizado.

Digo isso porque os jogadores da base, pelo que sei, dependem de aprovação do CD para a alienação pela atual gestora, tanto que uma das cláusulas da proposta de mudanças encaminhada pela FPSA consistiria justamente em eliminar essa concordância prévia do Conselho.

Se é assim, concluo que se o negócio foi realmente legal é porque, em algum momento, ainda que genericamente, o CD autorizou. Se não é isso, que dêem uma explicação decente, embasada.

NICÁCIO

A questão da não contratação do Nicácio pode ser vista por dois ângulos. O positivo é que a nova Diretoria parece disposta a administrar o clube responsavelmente, com os pés no chão, sem gastar mais do que arrecada, e isso na minha visão é um bom sinal. O negativo é que, se não tem condições de pagar 48 mil mensais por um artilheiro, o torcedor não poderá sonhar muito, pois não vejo como contratar outro matador desse porte por menos que isso. Pode-se contratar uma aposta por valor inferior, mas não um artilheiro já testado. Não há como negar que é uma ducha de água fria em quem estava sonhando alto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

TRT-SC condena o Figueirense a pagar direito de arena a ex-jogador Soares

O TRT de Santa Catarina confirmou sentença de primeiro grau, que considerou ser do clube a responsabilidade pelo repasse do direito de arena ao jogador Soares, que atuou profissionalmente no Figueira entre 2005 e 2006, conforme nota publicada no site daquele órgão, citada na íntegra abaixo.

A decisão não é definitiva, segundo a nota, e o Figueirense já teria recorrido para o Tribunal Superior do Trabalho.
Embora não cite o nome de soares, no final da nota há um link para acompanhar a tramitação do processo, onde podem ser vistas as partes, entre outras informações.

Veja a nota:

"Direito de Arena é responsabilidade do clube se terceiro não pagar


A 3ª Turma do TRT/SC confirmou a decisão da juíza Nelzeli Moreira da Silva Lopes, da 4ª VT de Florianópolis, que considerou ser do empregador a obrigação pelo repasse do valor referente ao direito de arena. Movida contra o Figueirense Futebol Clube, a ação é de um jogador de futebol que atuou no clube em 2005 e 2006. Ele pediu o pagamento da proporção legal que lhe cabia em função dos contratos firmados para a transmissão dos jogos dos quais participou.

O chamado direito de arena está previsto no art. 42 da Lei nº 9.615/98, a “Lei Pelé”, e refere-se ao direito das entidades de prática desportiva de autorizar ou não a transmissão ou retransmissão pela televisão, ou qualquer outro meio, de um evento desportivo mediante contrato. Do valor pago aos clubes, 20% são destinados aos atletas participantes, divididos em partes iguais. Segundo o dispositivo, essa porcentagem pode ser maior, mas nunca inferior, salvo em caso de convenção firmada entre as partes.

A defesa relatou a existência de um acordo judicial, firmado em 2000 na 23ª Vara Cível do Rio de Janeiro, entre o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol e o Clube dos Treze, do qual o Figueirense fez parte em 2005 e 2006. Por esse acordo, a instituição que reúne os principais clubes do futebol brasileiro repassaria ao sindicato 5% - e não 20% - da renda das transmissões.

O Figueirense alegou, porém, que o Clube dos 13 não lhe repassou a totalidade dos valores e, por isso, não poderia ser responsabilizado pelo pagamento do direito de arena ao atleta.

A decisão da 3ª Turma entendeu que o acordo, não comprovado nos autos, não se aplica ao caso. Primeiro, porque o sindicato ao qual os jogadores do Figueirense eram filiados não participou da transação. Além disso, o clube também não integrava o Clube dos Treze quando foi firmado o acordo.

Prevaleceu, assim, o dispositivo que define o percentual mínimo de repasse de 20%. De acordo com a juíza de 1º grau, “se terceiros, que se comprometeram em pagar parte do percentual devido, deixaram de cumprir o compromisso assumido, deve o réu assumir totalmente a responsabilidade perante o atleta". A magistrada lembrou também que o Figueirense pode buscar ressarcimento perante o Clube dos Treze, "utilizando-se dos meios adequados para tanto.”

Direito de Arena integra salário?

Outro aspecto da decisão considerou a natureza salarial da verba - e não indenizatória -, reforçando posicionamento semelhante do TRT em outras decisões. Na prática, isso significa que os valores pagos como direito de arena têm reflexos em outros verbas, como FGTS, contribuição previdenciária, férias, 13º salário etc.

Assim, embora arrecadado por conta de contratos comerciais firmados com terceiros, o direito de arena é uma contraprestação pelo trabalho prestado em favor do clube. Não se presta para indenizar o atleta, mas para remunerá-lo por sua participação no evento.

“O direito de arena possui natureza jurídica salarial, cabendo integração remuneratória para todos os fins. Esse é o entendimento doutrinário”, disse o relator, juiz Amarildo Carlos de Lima.

A decisão não é definitiva, pois o Figueirense recorreu para o Tribunal Superior do Trabalho.

Acompanhe a tramitação: 8674/08

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRT/SC "

domingo, 14 de março de 2010

Figueirense perde de 2 a 0 para o Atlético: sem traumas

O Figueirense foi derrotado por 2 a 0 pelo Atlético na tarde deste domingo, em Ibirama, pela quarta rodada do returno do campeonato catarinense de 2010, mas penso que sem traumas, sem terra arrasada, afinal, perder para o Atlético em Ibirama sempre foi normal para o Figueirense, mesmo com times muito melhores e mais experientes que o atual.

As partidas em Ibirama nunca foram fáceis, e não só para o Figueirense. O próprio Avaí levou de três no primeiro turno.

Hoje, além do time chato de sempre, do campo pequeno, do gramado ruim, da torcida em cima, ainda havia a estreia de um novo treinador pelo time da casa, o que sempre dá uma motivação a mais.

E o Figueirense até que começou bem, jogando melhor que o Atlético na primeira metade do primeiro tempo, mesmo sem ter uma atuação exemplar, mas aí levou o gol, numa falha de Júnior Negrão, que tentou cortar uma bola que iria tranquila para a linha de fundo, dando um belo passe para o atacante adversário mandar para as redes.

O Figueirense ainda teve pelo menos duas boas oportunidades para pelo menos empatar, uma com Negrão e outra, a melhor da partida, com William, que chegou na cara do goleiro, mas este conseguiu fazer boa defesa.

Não marcou e ainda levou o segundo, numa falha do volante Coutinho, que tocou na Fogueira, dentro da área, para João Felipe, tendo o atacante do Atlético se antecipado e marcado o segundo gol.

Se jogar em Ibirama já é complicado, imagina voltar para o segundo tempo perdendo por 2 a 0. O Figueirense até que tentou, teve umas três oportunidades não muito claras, mas quem teve duas chances reais na segunda etapa, em contra-ataques, foi o time do Atlético.

Agora é voltar a jogar o grande futebol que apresentou contra o Joinville e patrolar o Metropolitano na próxima rodada. É em casa, campo grande, gramado bom, apoio da torcida, tudo que a garotada do Figueira adora. Não se pode exigir menos do que uma boa vitória. Não haverá desculpas para que isso não ocorra.

sábado, 13 de março de 2010

Eu já sabia: STJD reduz a pena do Coritiba para 10 mandos de campo

O Pleno do STJD reduziu a pena do Coritiba para perda de apenas 10 mandos de campo.
Era óbvio que isso iria acontecer e inclusive eu já havia previsto em post na época do incidente, onde escrevi: "O único jeito de punir esses criminosos que se dizem torcedores seria rebaixar o Coxa para a terceira divisão. Assim se sentiriam os responsáveis diretos pela desgraça do próprio clube. Mas isso não vai acontecer. O Procurador pediu a perda do mando de campo por 30 jogos, no primeiro julgamento provavelmente serão dados os 30 jogos ou no mínimo 20, mas o Coritiba recorrerá ao Pleno do STJD, que reduzirá para 10 jogos. Quem viver verá."

sexta-feira, 12 de março de 2010

Saída negociada da FP: melhor assim

No começo de todo esse processo de mudança de gestão eu fiquei preocupado com a saída da Figueirense Participações e um possível retorno a administrações amadoras ou semi-profissionais.

Depois passei a me preocupar com uma possível disputa judicial entre a FPSA e o Figueirense e as consequências negativas inevitáveis ao futuro do clube.

Com a assinatura hoje do contrato que põe fim à parceria, de forma negociada, o caminho fica aberto, livre, para que a nova gestão possa ser encaminhada sem maiores obstáculos, ou pelo menos sem o grande obstáculo que seria uma eventual briga na justiça.

Ainda que para chegar a esse acordo o clube possa ter feito muitas concessões, foi muito melhor do que seria deixar o caso se arrastar e transformar numa penosa pendenga judicial.

Agora, só resta a nós alvinegros torcer para que a nova gestão seja ainda mais vitoriosa que a que está saindo. Ainda tenho as minhas dúvidas, mas pelo menos já estou bastante esperançoso.

Nome de Talhetti ainda não apareceu no BID

O registro na CBF dos jogadores Lucas, Firmino e Alexandre, que retornaram por empréstimo através da Tombense, ocorreram hoje, 12/03/2010, com a publicação de seus nomes no BID, conforme cópia abaixo. O nome de Talhetti, que também estava na polêmica negociação, porém, ainda não apareceu no mencionado boletim. Pesquisei um pouco e não encontrei nada. Se alguém souber a razão, por favor coloque nos comentários.

476466918ALEXANDRE MORAES BERNARDINOSCFIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE 10/03/2010 a 25/05/2011
477178827LUCAS RIOS MARQUESSCFIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE 10/03/2010 a 31/12/2010
478298416ROBERTO FIRMINO BARBOSA DE OLIVIERASCFIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE10/03/2010 a 25/06/2011

Lucas, Firmino, Talheti e Alexandre já estão registrados na Tombense









traz o registro de Lucas, Firmino, Talheti e Alexandre junto à Tombense, time do Uram,
conforme abaixo:

P.INSC.ATLETAUFCLUBECONTRATO

73466918ALEXANDRE MORAES BERNARDINOMGTOMBENSE FUTEBOL CLUBE702079 09/03/2010 a 02/03/2015
174178827LUCAS RIOS MARQUESMGTOMBENSE FUTEBOL CLUBE701517 09/03/2010 a 03/03/2015
175185429MAICON TALHETTIMGTOMBENSE FUTEBOL CLUBE696155 09/03/2010 a 03/03/2015
176298416ROBERTO FIRMINO BARBOSA DE OLIVIERAMGTOMBENSE FUTEBOL CLUBE696159 09/03/2010 a 09/03/2013--

quinta-feira, 11 de março de 2010

A torcida do Figueira está completamente desinformada

A grande maioria dos torcedores alvinegros está completamente perdida, desinformada, com toda essa questão da mudança de gestão, um fato da maior relevância para o futuro do clube.

E a culpa maior é da nossa imprensa esportiva, que não dá a devida importância ao assunto e quando trata dessa questão mais confunde do que esclarece.

A blogosfera alvinegra, na minha opinião, ainda se encontra em desenvolvimento e com algumas carências, como a falta muitas vezes de análises diferentes, sob outros ângulos, ainda que os blogueiros tenham posições semelhantes, até para não passar a impressão de "comportamento de manada". Mesmo assim, em regra, são apenas os torcedores que acompanham os blogs, ou seja, uma minoria, que estão entendendo o que está ocorrendo no Figueira, que estão por dentro do assunto, o que pode ser constatado lendo comentários dos seguidores nos blogs do Ney ou do Tainha, por exemplo, independentemente da posição desses leitores.

Quem acompanha apenas a mídia tradicional está completamente desinformado e uma amostra disso pode ser vista lendo os comentários à mátéria do DConline de hoje sobre o projeto de construção do novo estádio. Os torcedores, em geral, não sabem nem o básico, como, por exemplo, que quem vendeu as jovens promessas foi a Diretoria que está saindo e quem pretende construir o estádio é a nova gestão. Aliás, alguns nem sabem que haverá a troca de gestão. E isso porque esse é público que tem acesso a um computador, à Internet e, teoricamente, mais esclarecido. Vejam alguns comentários na citada matéria e tirem suas próprias conclusões:

- Mais uma forma de desviar o foco da torcida com promessas que NÃO SERÃO CUMPRIDAS. Mal tem dinheiro para pagar salarios e agora vem com mentiras de grupo de investidores. Assim como prometeram não cair e cairam, assim como prometeram subir e não subiram agora vem com esta historinha.

- To escutando esse papo de construção de arena a mais de 10 anos, toda vez que tem uma cirise eles vem com esta história...

- Agora sim tá explicado porque valeu a pena vender os guris pro tombense. Prisco e o Estrella calaram a boa de todos. Um projeto grandioso desse porte precisa ter aporte de verbas. Um investimento que vai valer cada centavo...
- Estão querendo tampar o sol com a peneira, para disviar o foco da venda dos atletas...

- Isso tudo é para desviar a atenção, por causa da "enrolação" dos jogadores que foram retirados como peça de guarda roupa...

- Incrível a capacidade do Figueirense e de seus parceiros de maquiar os problemas do clube. É só aparecer uma bomba, que volta a história da tal arena...

- Sou Figueirense daqueles fanáticos pelo clube , más esta noticia é apenas mais uma jogada desta diretoria de M... para desviar as atenções da verdadeira realidade em que o clube se encontra , ou seja , uma M... em todos os sentidos . Chega de utopias , caiam fora seus chupins para não diser outra coisa .

- Papo furado.. é só marketing para esquecermos as falcatruas atuais. Desvio de foco, só isso.. .

- Balela...quando se está perdido faz-se propagandas grandiosas para desviar o foco das lambanças com jogadores, e o pobre torcedor que acredita nestas mentiras vai ser novamente ludibriado.

- Que maravilha! Todos os problemas agora estão resolvidos! Isso parece o Zunino a anos atrás.. a cada mal resultado era um "avião russo" novo...

quarta-feira, 10 de março de 2010

A base do Figueirense vai virar o negócio da China para a FPSA

A informação que tenho é que atualmente, enquanto vigora o contrato de gestão, 80% da receita da venda de jogadores da base do Figueira vai para os cofres da FPSA e apenas 20% para o Figueirense, mas acho até razoável, pois a atual gestora tem a obrigação de arcar com as despesas administrativas do clube integralmente, inclusive com a folha de pagamento dos atletas e demais profissionais.
Pelo que tenho ouvido, porém, a FPSA continuaria com esse mesmo direito (80%) após o término da gestão, o que considero um absurdo, pois a partir daí não mais arcaria com tais despesas, talvez no máximo com o salário desses atuais atletas da base, o que é bem diferente.
Ou seja, não teria de arcar com despesas com treinadores, preparadores físicos, manutenção, etc. e na pior das hipóteses arcaria apenas com o salário de tais atletas, mas manteria seu bônus, a enorme participação de 80% dos direitos dos jogadores, intacto.
É ou não o negócio da China?

Mãe Dinah

Não é que a Mãe Dinah acertou a primeira das previsões para o segundo turno e o Ramires foi demitido do Jec antes do término da fase classificatória, como previu?

terça-feira, 9 de março de 2010

A polêmica venda dos craques alvinegros Lucas e Firmino

Ontem fui dormir preocupado, chateado, depois de ler no blog do Ney Pacheco que Lucas e Firmino, os dois atuais craques do Figueirense, rescindiram o contrato com o clube.
Hoje a informação que circula é que teria havido uma negociação com o Eduardo Uram, dono da Brazil Soccer, parceira do Figueirense, o qual teria adquirido a totalidade dos direitos econômicos dos jogadores, que seriam vinculados à poderosa Tombense - MG e emprestados na sequência ao Figueira.
Pelo que pude observar no site da CBF, o contrato rescindido do Firmino iria até junho do próximo ano e o de Lucas até março de 2012.
Ainda estou bastante decepcionado, triste, com toda essa situação, mas não vou jogar para a plateia, não vou passar atestado de ingenuidade. É óbvio que o pessoal do Conselho está ciente da negociação. Ou melhor, é óbvio que o CD, sob o comando de Nestor Lodetti, autorizou o negócio.
E não autorizou agora, mas há quase um ano, em maio de 2009, quando, segundo Aragão (não desmentido por ninguém do CD), foram negociados parte dos direitos sobre os referidos atletas com Uram, o qual teria contratualmente a opção de compra do restante dos direitos econômicos, exercida agora. Se não tivessem autorizado, o negócio seria totalmente nulo, pois a venda de jogadores oriundos da base depende do aval do CD, e já ouvi da outra parte que não há nenhuma irregularidade na transação.
Portanto, pelo que entendi, o negócio também foi realizado lá, em 2009, e o que ocorreu agora, a opção de compra, foi um evento futuro que dependia apenas de uma coisa: a vontade do Uram de adquirir o restante dos direitos. Se não é isso, se a venda não foi autorizada, que apareçam os Conselheiros, que apareça o Nestor Lodetti, para desmentir e exija do departamento jurídico que atue judicialmente para buscar a anulação imediata do negócio. A torcida não poderia exigir menos que isso.
O resto, principalmente o fato de autorizar o negócio e depois dizer que "pediu" para que nenhum jogador fosse vendido no momento, é jogar para a torcida. Francamente!

domingo, 7 de março de 2010

Figueira 3 a 0 no Jec: calando os críticos

Foto de Carlos Amorim

O Figueirense fez talvez a melhor partida do ano, na vitória de 3 a 0 sobre o Joinville na tarde de ontem, no Scarpelli, pela terceira rodada do returno do Campeonato Catarinense de 2010.
No primeiro tempo o Jec praticamente não levou perigo à meta alvinegra, mas pelo menos equilibrou as ações. No segundo tempo, porém, o Figueira foi avassalador, a garotada deitou e rolou em cima do campeão do primeiro turno, com um futebol envolvente de toques rápidos, que já havia mostrado em outras oportunidades sob o comando de Márcio Goiano, desta vez sem as falhas defensivas que ofuscaram outras boas atuações.
Destaque para Lucas, que está jogando um futebol de empolgar, muito mais objetivo, ofensivo, preciso, enfim, produtivo. Sem contar outro fator importante, que ninguém ainda comentou: o cara aprendeu a marcar e a roubar a bola e está levando vantagem em quase todas as disputas com os atacantes adversários. Não está mais fácil passar pelo Lucas.
Destaque especial para Roberto Firmino, o craque do campeonato, o único jogador fora de série do Figueirense e do Estadual. Os outros são todos japoneses. Uns melhores, outros piores, mas japoneses. Firmino é diferente. Nasceu para jogar futebol. A lógica é que se torne um jogador consagrado.
Olhando para trás, porém, não me lembro de outro time do Figueirense que tenha sido tão depreciado, criticado e até achincalhado pela imprensa e pela torcida. Teve até um blogueiro da RBS que escreveu que o Figueirense era o maior candidato ao rebaixamento, juntamente com o Juventus. Mas desde que Márcio Goiano assumiu, o time vem a cada jogo calando a boca de todo mundo.
Aliás, para ser coerente, não concordo que Márcio Goiano esteja tirando leite de pedra, pois falei no começo do campeonato que o Figueirense tinha um bom time, com uma boa base, faltando apenas algumas peças de reposição para o elenco. Márcio Goiano nem está precisando dessas peças para fazer o time jogar, mesmo quando o time joga cheio de desfalques.
Márcio Goiano deve ser elogiado não só pelos resultados, que são excelentes, mas pelo conjunto da obra: a) está conseguindo garimpar na base as peças de reposição que não lhe foram dadas. E que peças (Firmino, Juninho...); b) está fazendo com que jogadores contestados, como Maicom e Coutinho, joguem um bom futebol; c) arma o time de modo que cada jogador mostre o que tem de melhor, como é o caso de Lucas, que tem liberdade de atacar mesmo num 4-4-2; d) percebe logo quando um jogador é fraco e o tira do time, como ocorreu com Diego Paulista (a exceção é o Douglas, mas acredito que por falta momentânea de outro jogador com suas características); e) tem personalidade, pois se dependesse da torcida o Coutinho já teria sido dispensado e Diego Paulista seria titular absoluto; f) tem estrela, ou seja, é o cara.
No começo do campeonato eu disse que, em termos de favoritismo ao título, só via o Avaí na nossa frente. Não vejo mais ninguém.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Vídeo com os gols de Figueirense 5 x 3 Brusque

Figueirense perde um caminhão de gols e vence o Brusque só por 5 a 3

No post anterior eu escrevi que o jogo desta quarta-feira era para golear e com no mínimo 3 gols de diferença, mas o Figueira acabou vencendo apenas por 5 a 3, e ainda correndo riscos no final, quando o jogo ficou em 4 a 3.
E o pior é que, pelo volume de jogo do Figueira, pela quantidade enorme de gols perdidos, pela fragilidade do adversário, era para ter sido uma sonora goleada, como um 8 a 1, sem nenhum exagero.
E a sonora goleada não veio pela falta de qualidade na finalização em algumas jogadas e azar em outras, combinada com a sorte do Brusque, que fez 3 gols em 3 oportunidades, além de falta de seriedade do sistema defensivo nos lances que geraram os dois últimos gols do adversário.
Márcio Goiano mandou bem, escalando um time muito ofensivo e partindo para cima, criando uma enormidade de chances de gol, mas, infelizmente, "apenas" cinco foram convertidas.
O Figueirense teve uma grande chance de aplicar uma espetacular goleada para dar confiança ao jovem time e à torcida, mas acabou saindo de campo com mais dúvidas do que certezas, infelizmente.
Para finalizar, gostaria de registrar a péssima, a horrorosa, atuação do pipoqueiro árbitro da partida.

terça-feira, 2 de março de 2010

Figueirense e Brusque: um jogo para golear

O Brusque tem um péssimo time, na minha opinião até pior que o do Juventus de Jaraguá do Sul e inclusive já falei isso depois do jogo do primeiro turno, quando venceu o Figueira em casa, por 2 a 1, com a ajuda decisiva da arbitragem. "É sério candidato ao rebaixamento", escrevi na época.
Portanto, jogando em casa, com o apoio da torcida, com o time em evolução e diante desse adversário fraquíssimo, é obrigação do Figueirense vencer e de goleada, com no mínimo 3 gols de diferença, até para dar um pouco mais de confiança à torcida e ao próprio time.
Diante desse cenário, espero que Márcio Goiano arme um time que jogue ofensivamente, partindo para cima desde o começo até o final da partida, sem dar sopa para o azar.

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