domingo, 26 de junho de 2011

Inter 4 a 1 no Figueirense: faltou a determinação do humildes

O Figueirense entrou em campo nitidamente sem a mesma determinação demonstrada nas outras partidas. 

Se nas outras jornadas os jogadores se multiplicavam em campo, aparecendo quase sempre um na marcação e outro na sobra, neste em alguns lances faltou até o primeiro marcador.

Entrou em campo muito seguro de si. Não foi o time humilde, tido como candidato  a rebaixamento, que precisaria se superar  na pegada, na raça, jogando sempre como se fosse uma decisão. Veio a campo como a revelação do campeonato, na quarta posição, com a defesa menos vazada, esperando que a melhor campanha prevalecesse na partida de hoje.

Não deu. O Inter é muito superior tecnicamente. Seria preciso se superar na garra, na determinação, na vontade. Mas o time colorado foi melhor até na raça, ganhando nas divididas, roubando mais bolas.

Faltou também o dedo do técnico. Coutinho, o escolhido para a vaga de Pitoni, foi improdutivo, tanto defensiva quanto ofensivamente. A bola, em altíssima temperatura, o perseguiu impiedosamente. Coutinho como opção para o meio significa o mesmo que Wellington significava para o ataque: é preciso contratar.

No segundo tempo, deu lugar a Jônatas. Jônatas sabe tocar a bola, mas me pareceu muito lento (estaria fora de forma?). Ele, nesse rítimo, e Maicon no mesmo time não dá.

Enfim, foi um jogo em que faltou tudo: técnica, tática, raça, inteligência, inspiração. E sobroram erros, do técnico e dos jogadores. Tomara que tenha acabado o estoque.

A goleada de 4 a 1 foi merecida. Espero que sirva de lição. Que tirem os saltos altos e voltem a calçar a chuteira da humildade.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Figueirense vence o Atlético por 2 a 0 na sua melhor partida


Confesso que, embora não tenha feito nenhum comentário, fiquei temeroso com o meio campo escalado pelo Jorginho, com Ygor, Maicom, Pitoni e Fernandes. Achei que faltaria pegada, que poderia deixar o sistema defensivo vulnerável. Mas isso não aconteceu.

Com esse meio campo, o Figueirense fez a sua melhor atuação no campeonato, vencendo o clube paranaense até com certa facilidade. Ou seja, foi um meio campo que deu liga, pelo menos nesse jogo, em casa e diante de um adversário que mostrou pouca força ofensiva.

É preciso dar os méritos ao Jorginho, que teve a coragem de apostar nessa formação. Foi ousado. Tem me surpreendido positivamente.

É preciso também reconhecer a qualidade, determinação e aplicação tática do jogadores, que atuaram muito bem.

Agora, já tem gente sonhando com Libertadores e até título. Calma pessoal. Vamos devagar. Pés no chão. Esse campeonato é muito longo. O Figueirense, tudo indica, não tem plantel para manter esse nível de pontuação por 38 rodadas.

Mas, da principal meta, já estamos mais próximos. Faltam só 35 pontos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Figueirense arranca empate com o Vasco no Rio: valeu pelo ponto


O Figueirense não fez uma boa partida no último sábado, diante do Vasco da Gama, no Rio, mas acabou arrancando um empate, no apagar das luzes.

Um time que tocava bastante a bola na intermediária, mas sem criatividade, sem criar  jogadas ofensivas, sem inspiração.

Definitivamente, as opções iniciais de Joginho não foram as melhores. Héber, nosso melhor atacante, no banco, e Coutinho de titular, não dá para aceitar.

Foi a pior partida do Figueira na competição.

Parece que o principal problema está no camisa dez. Nem, Rhayner, Coutinho, Pitoni, Fernandes, Maicon... Ninguém convence o torcedor ou o treinador.

Fernandes é um caso especial. Muita gente não entende porque não é o titular de Jorginho. É um ídolo, não se discute isso, mas a verdade é que nunca se deu bem na Série A. Foi barrado por praticamente todos os treinadores em algum momento na elite, de Murici Ramalho a Jorginho, não por falta de talento, mas de sequência, de rítimo de jogo, fruto das inúmeras lesões ou do medo delas.

Na minha opinião, sem muita convicção,  no momento, dos testados a melhor opção é Pitoni, até que se contrate um jogador do nível de um Elias, ex-Atlético-GO. Ou se encontre alguém na base. Talhetti? Deretti? Sinceramente, não sei.

Mas o Jorginho e a Diretoria estão aí para isso: encontrar a solução.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Figueirense 2 a 0 no Atlético-GO: vitória difícil



Perdi o primeiro tempo. Estava em outra cidade e pude assistir apenas a segunda etapa.

Cheguei no intervalo. Havia no local uns 30 torcedores do Figueirense, quase todos desanimados com a atuação na primeira etapa. Grande parte dos torcedores não acreditava como um time do nível do Figueirense, quase um Barcelona, não conseguia vencer um time fraquíssimo como o Atlético-GO, quase um Guarani da Palhoça.

Um colega comentou que o Figueirense estava intranquilo, errando muitos passes e que o melhor em campo era Wellington Nem. Pensei comigo: se o melhor é o Nem, a coisa tá feia mesmo.

Começou a segunda etapa e fiquei impressionado com o nervosismo do time, errando um passe atrás do outro, sem conseguir dar três toques na bola, ao embalo dos apupos da torcida. Parecia que uma tragédia se aproximava. Mas aí o defensor do Atlético falhou bisonhamente e Héber, nosso melhor atacante, não perdoou.

A partir do gol de Héber,  a situação mudou e o Figueirense conseguiu se impor em campo, deixando de lado a ansiedade que reinava até aquele momento. Fez o segundo e criou outras oportunidades.

Ficou claro que o principal problema do Figueirense era psicológico, mas não dá para entender porque. Talvez, presssionado pela obrigação de vencer, e diante das dificuldades, o time tenha entrado em parafuso. Talvez os atletas não tenham sido suficientemente alertados de que, apesar de parte da torcida pensar diferente,  não há moleza nesta Série A.

Fora a questão emocional, o principal problema do Figueirense é, repito pela enésima vez, a falta de um camisa 10 confiável, nível Série A. W. Nem é limitado e Fernandes tem as suas conhecidas limitações físicas.

Mas, o que mais importa, por enquanto, é que começamos muito bem a Série A. Nem o mais otimista dos torcedores acreditava que estaríamos com seis pontos após a terceira rodada, principalmente diante das pedreiras nas duas primeiras.


Estamos muito bem, rumo à Série A 2012, o que não é pouca coisa.

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