terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Fora PPP: uma quase unanimidade que assusta

Há uma quase unanimidade na torcida do Figueirense de que o melhor para o clube é a saída imdediata da FP e de PPP da gestão do clube e de que os novos gestores diretos, provavelmente os atuais integrantes da Comissão formada pelo Conselho, levarão o Figueira a glórias jamais alcançadas. Muitos pensam assim por convicção e possuem argumentos plausíveis, mas boa parte não possui opinião própria, apenas embarcou na onda.

Sinceramente, gostaria muito de acreditar nisso. Gostaria de acreditar que esses Conselheiros, que ao que tudo indica pretendem assumiu o poder, terão experiência, conhecimento, sabedoria, enfim, competência, para administrar profissionalmente o clube, mas não dá.

E não dá para acreditar nessas pessoas, por mais bem intencionadas que estejam, em primeiro lugar porque falta currículo e em segundo lugar porque não estão, na minha visão, preparados para a missão, apesar do discurso aparentemente moderno recheado de termos como "o Figueirense precisa reestruturar sua conexão com o mercado empresarial", "gestão direta de seus ativos" e "O clube passa a ser gestor direto dos seus ativos, passa a se comunicar com o mercado", claramente macaqueado e nem precisa falar de quem.

Ultimamente em férias, passei a acompanhar todas as entrevistas do pessoal do Conselho que está à frente do processo de discussão da gestão do Figueirense e, ao contrário de muitos blogueiros e torcedores, tive uma péssima impressão dessas pessoas, não quanto a questões éticas, mas sim em relação a capacidade de gerir o clube. É apenas intuição, mas não costumo falhar, embora vá torcer muito para isso, caso esse grupo chegue ao poder.

Pelo que escutei, conclui que, diante da possibilidade de saída da FP, esses Conselheiros "foram ao mercado" e ficaram deslumbrados com a descoberta da "mina de ouro" que seria o Figueirense e a quantidade de empresas e pessoas interessadas em investir no Figueirense, inclusive parceirias "mais vantajosas" que a FP e, diante disso, chegaram a conclusão que o melhor para o futuro do Figueirense é voltar a ter administração própria. Desculpem-me, mas não acredito nessas super parceirias ou nos mega investidores. Porque não investiram num Paraná, Juventude, Ponte Preta, etc.? Estavam aguardando o Figueirense?

Eu, desde o começo, sempre fui contra a aprovação da proposta apresentada pela Figueirense Participações em relação ao contrato de gestão, mas sempre defendi, como outros blogueiros na época, que se buscasse um acordo para a permanência da FP na gestão do clube e não vejo motivo para mudar a minha opinião.

Quanto à possível falta de confiança no PPP, levantada por alguns, que seria um impedimento para a permanência na gestão, eu pergunto: quando ele chegou ao clube em 1998, com uma pilha de acusações nas costas, havia mais confiança que agora? Tirar o time do buraco, fazendo com que cenas como as de oficiais de justiça penhorando renda de jogos virassem coisas do passado, hoje só vistas lá pelas bandas do sul da ilha, tirou-lhe confiança? Ou seria o desempenho em campo, com conquistas que nem o mais otimista torcedor do Figueira imaginaria em 1999, o responsável pela perda de confiança?

Para a mencionada falta de confiança, que aliás, sempre existiu e é até salutar até determinado ponto, basta um Conselho forte e atuante e cumprindo com o seu papael, onde talvez o mais importante seja fiscalizar, porque em nenhuma grande organização se contrata um executivo por confiar nele, mas sim pela sua capacidade de trazer resultados, obviamente criando mecanismos de controle que impeçam qualquer desvio. Quem ainda contrata pelo critério de confiança, e com razão dadas as suas condições estruturais, é a birosca da esquina.

Por tudo isso, mesmo contra a quase unanimidade, digo: fica Prisco! Não por gratidão pelo que fez, mas pelo que já mostrou que pode continuar fazendo. Estou convicto que continuará sendo o melhor para o Figueira, pelo menos até o dia em que aparecer alguém mais qualificado, preparado que ele e não um grupo de deslumbrados com discurso macaqueado.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fim da Era Figueirense e início da Era Avaí?

O futebol catarinense, pelo menos no últimos 50 anos, tem apresentando uma característica bem peculiar, que é o domínio de determinado clube que, durante períodos de 8 a 12 anos, se destaca em nível nacional e pela supremacia absoluta no nosso estado, ou seja, um time que manda no pedaço em determinado espaço de tempo.
Chamaria esse período dominante de ciclo ou era, que começou com o Metropol de Criciúma, na década de 60 (não é da minha época), seguido pela Era Joinville, iniciada nos anos finais da década de 70 e terminada na década de 80, a Era Criciúma, que ocorreu nos anos 90 e, finalmente, a Era Figueirense, verificada nos últimos 10, 11 anos.
A Era Figueirense dá sinais claros de que pode estar terminando e a pá de cal, na minha opinião, será a provável ruptura com PPP e a Figueirense Participações e, consequentemente, com o modelo de gestão que deu certo.
Dos quatro grandes de Santa Catarina, apenas o nosso rival Avaí ainda não experimentou essa era de prosperidade e felicidade geral da nação. Teria começado em 2008 a sua "Era"? Espero e acredito que não, mas é preciso tempo, pelo menos mais uns seis ou sete anos, para uma resposta definitiva.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A cada dia mais pessimista com o futuro sem a Figueirense Participações

No momento que fiquei sabendo da possível saída da Figueirense Participações da gestão do Figueirense, sentei na frente do computador e sem pensar muito, sem ouvir ninguém, nenhuma opinião, perguntei "Como seremos no futuro?" e respondi "Não sei, mas estou bem pessimista".

Pois passados três meses, consegui ficar ainda mais pessimista, não no curto prazo onde tudo pode acontecer no futebol, até um endividado e bagunçado Guarani subir para a Série A, mas acredito firmemente que a longo prazo, com administração própria e passional, teremos um futuro tenebroso.

Sei que essa opinião não está na moda e que o politicamente correto é dizer que tudo está errado na atual administração e que uma solução milagrosa será encontrada pelos Conselheiros. Há hoje quase uma unanimidade quanto a isso na torcida e quem pensa diferente é taxado de boca alugada ou coisa do gênero. Mas eu tenho que dizer aquilo que eu penso e não aquilo que os outros querem que eu pense. Se agisse diferente nem haveria motivo para manter este blog.

E o motivo do meu pessimismo é, no geral, que não vejo nos últimos tempos nenhum clube do porte do Figueirense que tenha tido sucesso duradouro com administração própria, andando com as próprias pernas, ou seja, sem uma administração profissional, empresarial, como a do Figueirense nos últimos 11 anos, apesar de todos os erros e tropeços cometidos e das merecidas críticas recebidas.

No caso particular, as ideias e intenções dos Conselheiros também não me agradam. Não acredito num plano b. O único plano concreto é a retomada do poder de gestão. Parecem mais perdidos que cego em tiroteio na busca de um novo modelo de gestão e prometendo novas parcerias "mais vantajosas que a atual". Não entendo porque essas potenciais parcerias não investem num Bahia, Joinville, Paraná Clube, Paysandu, Remo, Juventude, Ponte Preta, etc. Estavam todos aguardando o novo Figueirense a ser liberto das garras da FPSA? Na teoria tudo é possível, tudo é perfeito, tudo vai ficar melhor, mas a realidade é bem diferente.

Também me preocupa a guinada que o Conselho pretende dar na Administração do Figueirense. Ficaria menos pessimista se a ideia fosse manter a forma de administrar atual, a atual cultura organizacional implantada por PPP, com as devidas e necessárias correções, que até pouco tempo era o modelo mais elogiado no Brasil, mas pelo que tenho ouvido haverá um rompimento total com o atual modelo de gestão. Segundo declaração do advogado Fabrycio Raupp, que representa o Conselho Deliberativo, transcrita no site Futebolsc "o modelo que está aí, ele está ultrapassado e não interessa mais ao Figueirense. Interessa é uma gestão profissional, empresarial. Ele [o clube] que vai gerir seus próprios ativos”. Então o modelo atual não é profissional e empresarial? A administração própria que vai ser? Então tá, acredite quem quiser. O que acredito é que esses caras, com essas ideias, vão levar o Figueirense para um buraco em que o fundo ainda não pode ser visto. E serão futuramente responsabilizados por isso.

Para piorar, tudo indica que haverá uma transição turbulenta, que já começou com brigas através da imprensa e por meio de notas oficiais e terminará provavelmente nos tribunais.

Confesso que diante de tanto e crescente otimismo da maior parte da nossa torcida com o futuro do Figueirense com administração própria, cheguei a desconfiar do meu pessimismo e então resolvi conversar com pessoas da minha confiança que não estivessem ligadas emotivamente a esse processo, ou seja, torcedores de outros clubes, como Grêmio, Inter, Flamengo, Fluminense e até do nosso rival, mas que conhecessem o histórico do Figueirense pelo menos nos últimos 15 anos. E o que ouvi não foi nada alentador. Todos com os quais conversei acham que a coisa vai piorar, que temos que nos preparar para o pior.

Uma dessas pessoas é meu colega de trabalho, torce para o Grêmio, e costumo conversar com ele bastante sobre futebol e dei um peso maior na sua resposta sobre o futuro do Figueirense em primeiro lugar porque é um cara bem racional (exceto quanto o assunto é Grêmio) e também porque havia conversado com ele em 1999 quando iniciou a nova gestão e havia me falado que teria tudo para dar certo, dando como motivos principais serem os então novos administradores/investidores empresários bem sucedidos e da cidade e com ideias de administrar o clube profissionalmente, como uma empresa. Agora, com o rompimento, falou o contrário, que tem tudo para dar errado.

Diante desse quadro, só me resta torcer para que eu e todos os demais pessimistas estejamos enganados e as brilhantes cabeças do Conselho, apesar dos indícios em contrário, encontrem um modelo de gestão ainda mais profissional e vencedor que o atual. Caso contrário, se fracassar, o que acho bem provável, acontecerá o que escreveu Ney Pacheco no texto Cria Corvos: "Se a FP sair e o clube passar por dificuldades, muitos dos que hoje protestam furibundos, vão protestar furibundos contra os que entrarem em seu lugar e vão se tornar viúvas carpideiras de PPP".

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Imbróglio entre o Conselho e a Figueirense Participações

De acordo com matéria publicada no Clicrbs, Prisco Paraíso declarou ontem à imprensa que "A posição dos acionistas da Figueirense Participações é de que temos um contrato com o Figueirense Futebol Clube que vai até 2024, e nós vamos dar andamento à administração disso. Nesse meio tempo, já que se abriram negociações, nós vamos ver quais são as pretensões do Conselho Deliberativo e reajustes no atual contrato".

Já o Conselho Deliberativo, deixa claro que considera o contrato entre o Figueirense e a FPSA encerrado em 21 de março de 2010, tendo o seu Presidente, Nestor Lodetti, declarado na mesma matéria que "o que nós temos formalmente na mesa hoje é: ela (a FPSA) fica na gestão do clube até 21 de março de 2010, ponto final".

Diante desse iminente impasse, embora não seja especialista nessa área, aproveitei meus conhecimentos de bacharel em Direito (não sou advogado) para pesquisar sobre o assunto, procurando me inteirar sobre a legislação, a doutrina e a jurisprudência a fim de meter o bedelho e dar os meus pitacos nessa história da rescisão do contrato, que sempre achei muito estranha e que ainda vai render muito.

De acordo com o artigo 473 do Código Civil, "a resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte". Portanto, a FPSA poderia notificar o Figueirense da sua vontade de rescindir o contrato em vigor com pelo menos seis meses (segundo se sabe do prazo estipulado no contrato) de antecedência e dar por encerrado o mesmo na data futura fixada na notificação.

Pelas poucas informações que tenho, a "denúncia do contrato" (termo tecnicamente utilizado para essa notificação) por parte da FPSA não teria sido expressa, mas uma presunção do Conselho diante da comunicação da Figueirense Participações de que rescindiria o contrato caso não fossem aceitas as novas cláusulas propostas (alguém me corrija se eu tiver errado), sem, no entanto, dizer quando isso iria ocorrer (6 meses, 1 ano, 10 anos). Até no próprio Conselho houve a discussão de a partir de quando valeria essa presumida notificação, se a partir da entrega das propostas ou da data em que o Conselho recusou as alterações.

Isso não existe. Essa notificação para ser válida obviamente tem que ser clara, expressa, não pode deixar qualquer dúvida da intenção da parte que deseja rescindir o contrato e a partir de quando isso irá ocorrer.

Minha última impressão é que o CD deseja a rescisão do contrato enquanto a FPSA quer ficar, mas aquele quer que o contrato seja rescindido unilateralmente por vontade desta. É confusão na certa. Acho difícil que essa pretensão do Conselho possa prosperar.

Estava achando muito estranho que PPP e os demais investidores iriam abandonar um contrato com mais 15 anos de vigência pela frente e sair assim, de mãos abanando, o que, aliás, vários torcedores alertaram em comentários no blog do Tainha e em outros.

A saída, caso não tenha havido essa denúncia expressa do contrato, seria o próprio clube denunciar o contrato e arcar com a multa de um milhão de reais e as demais consequências desse ato, mas até assim haveria um empecilho: de acordo com o parágrafo único do mesmo artigo 473 acima citado "Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos". Ou seja, o tempo transcorrido do contrato, 5 de um total de 20 anos, foi suficiente para recuperar o capital investido? Se a resposta for negativa o contrato não poderia ser rescindido unilateralmente pelo clube.

No final, se o Conselho Deliberativo quer realmente rescindir o contrato sem consequências danosas para o clube, só resta uma saída: a negociação.

A única certeza que fica dessa situação é que, quando a FPSA disse "ou aprova as mudanças ou estamos fora", estava blefando.

Atualizando às 23:30h: de acordo com o advogado Fabrycio Raupp, em reportagem no DConline publicada há pouco, teria havido a denúncia-contrato por parte da Figueirense Participações. Expressa? Só acredito vendo. Seria muita burrice do PPP e isso ele nunca foi.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pacotaço de reforços e novo treinador para 2010 no Figueirense

O Figueirense anunciou hoje a contratação de seis jogadores para a próxima temporada (João Paulo, Júnior Negrão, Marcelo Nicácio, Ernani, Coutinho e Jean Carioca) e viriam também mais nove jogadores (Moreno (goleiro), Kadu (zagueiro), Agustín Cattaneo (zagueiro), Marcinho (volante), Felipe Canavam (meia), Gastón Ada (meia), Marquinho (meia), Juninho (meia) e o atacante William), conforme informação postada no blog Máquina Alvinegra, estes ainda não confirmados oficialmente.
De todos conheço bem apenas o Marcelo Nicácio, que considero uma boa contratação. É o típico atacante matador.
Quanto ao treinador Renê Weber, é uma aposta do Figueirense e certamente não foi contratado pelo seu histórico, que praticamente inexiste no futebol profissional. Parece ser um sujeito teoricamente qualificado para a função, mas que ainda não conseguiu encaixar um bom trabalho nas poucas oportunidades que teve.
Quanto ao fato de ter sido dispensado pelo Criciúma após 3 jogos e pelo Caxias RS depois de 5 jogos, não quer dizer nada. Dorival Júnior no começo da carreira, após grande trabalho no Figueirense, também foi dispensado do Juventude depois de 4 jogos (3 derrotas) e por outros clubes, como Fortaleza e Avaí, também teve breves passagens.
Não era o nome que eu esperava, mas vou torcer para que dê certo. Se não der, já tem um substituto: Márcio Goiano.

Curiosidade: o Figueirense é o clube mais vezes sorteado na Timemania


O Figueirense é o clube mais vezes sorteado como "clube do coração" na Timemania entre todos os 80 clubes participantes dessa loteria, tendo sido sorteado quatro vezes até o momento.

Se toda essa sorte pendesse para o lado do futebol, o Mundial da Fifa seria só uma questão de tempo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Querem assumir as rédeas ou meter o bedelho onde não devem?


Nas últimas semanas tenho ouvido e lido muitos comentários de torcedores do Figueirense enaltecendo o que dizem ser a retomada do poder, das rédeas do clube das mãos da Figueirense Participações, através do Conselho Deliberativo. Parece que entre parcela dos Conselheiros também há um sentimento parecido, que pode ser comparado aos povos de nações que, a custa de muitas vidas e sangue, conseguem expulsar invasores de seus territórios e recuperar a soberania.

Sinceramente, não compartilho desse sentimento, pois a instituição Figueirense, através do seu Conselho Deliberativo, sempre esteve com as rédeas em suas mãos, jamais perdeu a sua soberania, pois sempre deteve o poder de rescindir o contrato com a FPSA a qualquer tempo, bastando para isso arcar com a irrisória (para os padrões atuais) multa de um milhão de reais.

O que o Conselho não possui desde a chegada da FPSA é poder de gestão, de ingerência na administração do dia a dia do futebol do clube e me parece que tem conselheiro que ainda não absorveu bem isso, e quer recuperar esse poder e todo o prestígio a ele inerente. A declaração recente de Nestor Lodetti de que estava sendo discutido a participação futura do Conselho na "gestão administrativa, financeira e no futebol do clube", não deixa dúvida dessa intenção.

Como já falei em outro post, essa é a porta para a bagunça, o amadorismo, o fracasso. O Conselho fixa regras, fiscaliza e tem e sempre teve o poder de inclusive mandar a FPSA, PPP ou quem quer que seja para a PQP, mas jamais pode participar da gestão.

Para dar um exemplo de como era antes da era PPP, cito um caso que presenciei. Na década de 80 participei de alguns treinamentos nos juniores do Figueirense, já que meu sonho era ser jogador do Figueira, e me chamou a atenção um jogador horrível, um tremendo perna de pau, o pior entre todos da base, mas que sempre era escalado no time titular e então perguntei a outros jogadores porque isso ocorria e todos responderam a mesma coisa, todos deram o mesmo motivo: o cara era filho de um poderoso conselheiro e um dos que mais botavam dinheiro no clube. Os tempos são outros e acho difícil que uma situação dessas volte a ocorrer no clube, mas com a ingerência do CD na gestão do futebol do clube certamente práticas nada profissionais voltariam a ocorrer, até porque houve pouca ou quase nenhuma renovação entre os conselheiros.

Dito isso, no meu entendimento, o que os Conselheiros querem não é recuperar as rédeas do clube, que nunca perderam e sabem ou deveriam saber disso. O que eles querem realmente é meter o bedelho onde não devem.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O diálogo fictício abaixo tem algum fundo de verdade?

PPP: _ Ou aprova a proposta ou tô fora.
Velhinhos: _ Já vai tarde.
PPP: _ Mas não vai pedir que eu fique?
Velhinhos: _ Nem pensar.
PPP: _ E não tem contraproposta?
Velhinhos: _ Não, nem chupadinha.
PPP: _ Então eu retiro a proposta.
Velhinhos: _ É tarde.
PPP: _ E como fica?
Velhinhos: _ Não fica. Bay bay.
PPP: _ Bay bay? Nem morto! <(atualizado em 23.12.2009)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nestor Lodetti e a receita do fracasso

Em matéria do Clicrbs de ontem, 15/12/2009, Nestor Lodetti, Presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, disse que entre os pontos em discussão está a "participação do Conselho Deliberativo ou do Conselho Adminstrativo na gestão administrativa, financeira e no futebol do clube".
Na minha opinião o Conselho participar da gestão do clube seria um grande retrocesso, um passo para trás, seria mudar do profissionalismo atual para o amadorismo completo. Imaginem ter que ouvir o Conselho, por exemplo, para decidir sobre a contratação ou dispensa de jogadores ou treinadores, com todo o passionalismo que cerca o Conselho. É a receita perfeita para o fracasso, para o fundo do poço. Nem no Nordeste isso existe mais.
A função do Conselho, como em qualquer empresa ou entidade com um mínimo de profissionalismo, seria tratar das questões institucionais, como reformas de estatuto e outras normas, e também a aprovação de contratos longos ou com a contração de dívidas vultosas, a eleição dos dirigentes e outras atribuições previstas no próprio estatuto, mas jamais questões relacionadas à gestão do futebol do dia a dia e nem mesmo administrativas. O Conselho elege, fixa regras e metas e uma Diretoria executa.
Confesso que fiquei até surpreso em saber que para vender um jogador oriundo da base é necessária a aprovação do Conselho Deliberativo do Figueirense. Esse é um ato típico de gestão e caberia única e exclusivamente à Diretoria analisar a conveniência e oportunidade do negócio. O que o Conselho poderia fazer seria estabelecer um número limite de jogadores negociados anualmente ou qualquer outra restrição abstrata, mas jamais analisar a venda no caso concreto, proposta por proposta. Sinceramente, pensei que o Figueirense fosse mais profissional, que fosse um modelo a ser seguido, mas ainda há resquícios da administração amadora.
Sei que vão falar que tem de ser assim mesmo, pois a base do Figueirense é uma mina de ouro. Realmente, É (conjugado no presente) uma mina de ouro, mas fruto do trabalho profissional e dos investimentos da atual gestão, porque no passado era uma mina quase que totalmente improdutiva, e produzia um craque a cada 30 anos e mesmo assim era entregue de graça para os grandes Clubes, como Valdo, o maior craque já surgido no Figueirense, que foi trocado com o Grêmio por um tal de Nestor (será que com a aprovação do Conselho?). Quem produz tem que ter o direito de negociar seu produto no momento e nas condições mais adequadas e vantajosas segundo suas próprias análises, dentro de regras previamente estabelecidas. Só assim será estimulado a produzir mais e melhor. É assim que funciona.
Já comentei que não via como aprovar a proposta da FPSA na forma em que foi apresentada, mas me parece que tem gente no Conselho que está aproveitando a oportunidade para externar descontentamentos, ressentimentos pessoais, oriundos da perda de poder, de prestígio, na era PPP e tentar recuperar pelo menos uma parcela disso.
Diante disso, o sentimento que tenho é que o propagado profissionalismo do Figueirense é apenas uma casca. Uma casca rígida, espessa, mas apenas uma casca. E essa casca chama-se Figueirense Participações. No dia que essa casca cair o profissionalismo também cai e os abnegados dinossauros estarão de prontidão para administrar o clube com muito amor e principalmente muita paixão, apenas. A proposta de "participação do Conselho Deliberativo ou do Conselho Adminstrativo na gestão administrativa, financeira e no futebol do clube", não deixa nenhuma dúvida disso.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Figueirense vence o Santo André por 3 a 1 pelo Campeonato Brasileiro Sub 20 e assume a liderança

O Figueirense venceu a equipe do Santo André por 3 a 1, em jogo iniciado às 16 horas, pelo Campeonato Brasileiro Sub 20, e assumiu a liderança provisória da sua chave na competição, com 7 pontos em 03 jogos, dois a mais que o Internacional.
O Inter poderá recuperar a liderança se vencer o Vitória-BA, em jogo iniciado às 18 horas, quarta e última partida do colorado gaúcho pela chave. Qualquer outro placar e o Figueira se manterá na liderança.
O Figueirense ainda terá mais um jogo pela primeira fase, contra o Botafogo, na próxima terça-feira, às 18 horas.
Clique aqui para acessar a tabela completa de classificação e jogos, no Portal Clicrbs.
Atualizando: O Inter venceu o Vitória por 2 a 1 e assumiu a liderança da chave. O Figueira ficou em segundo e agora precisa de um empate diante do Botafogo, na última rodada, para se classificar. Uma derrota por qualquer placar classifica o Botafogo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A vergonha causada pela torcida do Coritiba

Foto da tentativa de invasão da Gaviões pela Império Alviverde, no ano passado. Fonte: DC

Ganhou mais um capítulo a vergonhosa história da invasão do Estádio Couto Pereira, em Curitiba, PR , ocorrida no último final de semana, com a prisão nesta manhã de 17 pessoas, quase todas integrantes da torcida organizada Império Alviverde e com o fechamento da sede desta.
A Império Alviverde é a mesma torcida organizada que em 18 de maio do ano passado, antes de um jogo contra o Figueirense, se dirigiu em quatro ônibus até a sede da Gaviões, torcida organizada do Figueira, com o objetivo de invadi-la, o que acabou não conseguindo pois não conseguiram arrombar o portão principal, mas os vândalos deixaram um rastro de destruição no local, inclusive com vários automóveis depredados. Clique aqui para ler matéria do DC na época, sobre os atos de vandalismo.

Dá a impressão que houve a queda de um império (o Império do Vandalismo), que a casa caiu, mas nada disso vai ocorrer. Apenas prenderam alguns dos vândalos, que em breve estarão soltos para, junto com os bandidos que nem foram identificados, continuarem com esses atos criminosos e repugnantes, como sempre fizeram. Basta uma rápida pesquisa na Internet para constatar que essa torcida organizada já vem barbarizando há bastante tempo e a única punição que recebeu foi em SC, com a proibição de entrar caracterizada nos estádios daqui. Punição do Coritiba? Da Justiça ou MP do Paraná? Nada! Só a mão na cabeça. Deu no que deu.

No caso dessa invasão há vários agravantes contra o Coritiba: 1. Não foram dois ou três invasores, mas dezenas; 2. Houve a participação de pelo menos um funcionário do clube nas agressões (assessor de imprensa - pode?); 3. Boa parte dos que não invadiram ficaram aplaudindo a invasão e as agressões; 4. O clube já tinha conhecimento de diversos precedentes dessa torcida organizada e nunca tomou providências; 5. Providenciou um sistema de segurança de jogo amistoso para uma partida que poderia definir o seu rebaixamento.

O único jeito de punir esses criminosos que se dizem torcedores seria rebaixar o Coxa para a terceira divisão. Assim se sentiriam os responsáveis diretos pela desgraça do próprio clube. Mas isso não vai acontecer. O Procurador pediu a perda do mando de campo por 30 jogos, no primeiro julgamento provavelmente serão dados os 30 jogos ou no mínimo 20, mas o Coritiba recorrerá ao Pleno do STJD, que reduzirá para 10 jogos. Quem viver verá.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Figueirense empata com o Inter pelo Campeonato Brasileiro Sub-20


Terminou há pouco o segundo jogo do Figueirense no Campeonato Brasileiro Sub-20 2009, válido pela terceira rodada da competição (o Figueira folgou na primeira), que está sendo realizada no Estado do Rio Grande do Sul.

Com o resultado o Figueirense chegou aos quatro pontos, já que iniciou a competição derrotando o Vitória-BA por 2 a 1, mas perdeu a segunda posição para o Boafogo, com mesma pontuação em três jogos, mas maior número de gols a favor. Já o Internacional chega aos cinco pontos em três jogos e lidera a chave. Os dois primeiros colocados passam para a próxima fase.

Veja a notícia sobre o jogo, veiculada do site do Inter:

"Brasileirão Sub-20: Inter empata com o Figueirense
A forte chuva nesta sexta-feira prejudicou a partida entre Internacional e Figueirense, pela terceira rodada da 1ª Fase do Brasileirão Sub-20. O empate sem gols no Estádio do Vale deixou a equipe colorada com cinco pontos na tabela de classificação. O técnico Marcelo Estigarribia analisou o confronto em Novo Hamburgo. “Partida difícil. O tempo não ajudou e as condições do gramado foram prejudiciais para impormos nosso jogo de toque de bola. Estamos invictos ainda e vamos em busca da vitória na última rodada para garantirmos classificação”, projetou. O último jogo dos juniores colorados será contra o Vitória, neste domingo, às 18h."

O próximo jogo do Figueira é contra o Santo André, no domingo, às 16 horas, e conclui a primeira fase contra o Botafogo, na terça-feira, às 18 horas. Veja a tabela completa de jogos e a classificação, clicando aqui.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tá na hora de se mexer, Diretoria do Figueirense


Obs. Para quem gostou do relógio, acesse o site http://relogios-para-sites-e-blogs.blogspot.com/ e copie o código html (criado a pedido deste blogueiro).

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Diogo dá a volta por cima


O volante Diogo sempre foi muito contestado pela torcida do Figueirense e acabou sendo emprestado ao Grêmio neste ano. Em Porto Alegre também não se deu bem, também não agradou à torcida gremista e acabou sendo repassado ao Fluminense.

Pois foi no Tricolor das Laranjeiras que Diogo deu a volta por cima em sua carreira, virando titular absoluto como primeiro volante, sua real posição, e sendo um dos responsáveis pela recuperação espetacular do seu atual time no Brasileirão deste ano, que já estava praticamente rebaixado e se salvou com 6 vitórias e 1 empate nos últimos sete jogos.

Diogo é tão respeitado e tão importante para o Fluminense que Cuca declarou recentemente que mudou o esquema num desses últimos jogos porque "não poderia deixar um volante como Diogo fora da partida".

Não foi só o Fluminense que ressurgiu das cinzas. Diogo também.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Grêmio perdeu uma chance de ouro de entrar para a história

O Grêmio - RS perdeu uma ótima oportunidade de entrar para a história do futebol brasileiro, e pela porta da frente, ao entregar o jogo para o Flamengo, pela última rodada do Brasileirão 2009, fazendo aquilo que todo mundo esperava, aquilo que a maior parte de sua torcida pedia, mas que não dignifica em nada um clube da grandeza do Grêmio, muito pelo contrário, virou uma mancha na sua história.
E não estou falando isso em relação ao combalido time B que entrou em campo, que pelo menos correu o máximo que pode, dentro do possível. E o possível seria correr muito, se empenhar o máximo para não deixar dúvida na grande mídia e no STJD da honestidade do Grêmio, mas não jogar o suficiente para empatar ou derrotar o Flamengo. Não havia estímulo para isso, muito pelo contrário. Ao mandar a campo um time quase todo reserva, a Diretoria Gremista deu um claro recado nesse sentido ao seu time B: queria perder, e os jogadores não ousaram contrariar, especialmente após o segundo gol do Flamengo, quando passaram a tocar, a rodar a bola, sem qualquer objetividade, como se tivessem 11 Zinhos em campo. Bom, pelo menos foi isso que vi.
A Diretoria do Grêmio, e consequentemente o próprio clube, poderiam ter enfrentado parte da torcida e entrado para a história com um ato nobre, mandando a campo o que tivesse de melhor, mas serão lembrados como um time que queria perder um jogo para prejudicar seu maior rival (ou um time que poupa quase todo o time num jogo da única competição que estava disputando queria outra coisa?), e conseguiu, jogando um título no colo de um time do eixo do mal, como se referem os gaúchos aos times do eixo RioXSP. Que atitude medíocre. Que diretoria medíocre.
E o mais medíocre, o mais ridículo ainda, ficou por conta de parte da torcida gremista, que recebeu com vaias e xingamentos em Porto Alegre os atletas que ousaram jogar bem.
Se fosse uma situação idêntica envolvendo Avaí e Figueirense, Remo e Paysandu, Ceará e Fortaleza, daria para entender. Mas envolvendo um time que já possui títulos de campeão brasileiro, da Libertadores e Mundial, significou uma atitude muito pequena.
Se tivessem empatado ou ganhado o jogo, ainda poderiam dar de dedo nos colorados, apontar para o trofeu e dizer: "esse aí fomos nós que ganhamos para vocês". Mandando um time reserva a campo, um gremista pode dizer algo parecido, mas a algum Flamenguista: "esse aí nós ajudamos vocês a ganhar", pois sem essa ajuda o amarelado time do Flamengo, que tremia como vara verde mesmo diante de um fraco time reserva do Grêmio, não seria campeão.
Não resta dúvida que a Diretoria Gremista recebeu um limão em suas mãos. Mas poderia ter feito uma limonada.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Agnaldo Liz como treinador do Figueirense em 2010?


Segundo o blog do Fábio Machado (clique aqui para ler), Agnaldo Liz está cotado para ser o novo treinador do Figueirense, sendo que "o Dr. Lodetti já entrou em contato com ele, fazendo uma proposta que ele assuma o comando do Figueirense" e que segunda feira "Agnaldo Liz será colocado frente a frente com o empresário Eduardo Uran".
Se essa notícia procede, preocupam-me duas coisas: a primeira é que não considero uma boa a contratação do Agnaldo Liz, um treinador que já teve várias oportunidades, já está há vários anos no mercado, e nunca decolou, nunca fez um trabalho de destaque. Na minha opinião é mais uma aposta mal feita, caso se concretize. Aposta por aposta, prefiro o Ovelha. A segunda preocupação é quanto a quem teria feito a proposta, ou seja, Nestor Lodetti, Presidente do Conselho Deliberativo. Se isso ocorreu é mais um exemplo que a coisa continua bagunçada no Figueirense, que o processo de "avaianização" continua em pleno vapor.
Quanto à contratação em si, para ser sincero, já havia lido sobre o assunto em matéria do site Futebol Interior de 28.11.2009 (clique aqui para ler).

Mosquito sai da UTI


Imagem extraída do Blog Cangablog

Amilton Alexandre, o popular Mosquito, que havia passado mal em razão de um problema cardíaco no último final de semana, está se recuperando bem e já deixou a UTI do Hospital em que está internado, agora acomodado em um quarto, conforme informação postada no Cangablog. Mosquito passou mal na Ressacada, durante a partida entre Avaí e Santos. Deve ter sido atacado por uma nuvem de borrachudos (risos).
Mosquito é proprietário de um blog muito combativo, o Tijoladas do Mosquito, e por isso virou o inimigo público número 1 dos corruptos, dos quais atraiu a ira e muitos processos judiciais.
Não o conheço pessoalmente, mas sempre visito seu blog, até para saber do que acontece e não passa na RBS ou passa apenas a versão oficial (versão chapa branca). Foi lá no blog, por exemplo, que fiquei sabendo da árvore de natal da Beira Mar deste ano, em que a Prefeitura contratou uma empresa para montá-la pela bagatela de R$ 3.700.000,00 (três milhões e setecentos mil reais). E sem licitação. É o cara que diz tudo aquilo que queremos dizer mas não temos coragem ou falamos bem baixinho, para ninguém ouvir.
Mosquito é polêmico também no futebol. Embora se declare ainda torcedor do Figueira, já afirmou que não bota os pés no Scarpelli enquanto PPP não deixar o comando do Figueirense. Enquanto isso não ocorre, como milhões de outros insetos (borrachudos, pernilongos, maruins, etc.), prefere assistir os jogos do time do Sul da Ilha.
Força mosquito! E volte logo ao combate.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Figueira não aceitou entregar a alma ao Diabo


Tem aquela história do sujeito que, para se dar bem na vida, teve que entregar a alma para o Diabo. Pela reação de parte da torcida e dos Conselheiros à proposta apresentada pela Figueirense Participações, dá a impressão que, no fundo, a aceitação das novas cláusulas contratuais significaria algo parecido.

Pelo que conheço da proposta, realmente não havia como aprovar as alterações contratuais na forma em que foram apresentadas. Há praticamente uma unanimidade na torcida quanto a isso. Torço, no entanto, que se chegue a um acordo, a um denominador comum, para a permanência da FPSA na administração do Figueirense.

Sinto, porém, que ficou bem difícil de ser apresentada uma contraproposta que possa ser aceita pela FPSA, em razão da forte rejeição pelo Conselho, pelo que se tem notícia, às principais mudanças reivindicadas. A não ser que a FPSA tenha blefado quando disse que, ou o Conselho aprovaria as mudanças ou ela cairia fora.

Aliás, se estava falando sério, penso que a FPSA teve um erro de avaliação, pois era evidente que tais propostas não seriam aprovadas e seria pura perda de tempo apresentá-las. A única possibilidade de aprová-las seria se, daqui uns três ou quatro anos, o Figueirense, sob administração própria, virasse um Joinville da vida (deixa eu bater na madeira).

Quanto ao futuro do Figueirense no curto prazo, o vejo com pessimismo, pois tudo indica que vai ficar toda essa incerteza quanto à questão administrativa pelo menos até os primeiros meses de 2010. Como montar um time competitivo para o Campeonato Estadual nessa situação? Para piorar, pelo que me lembro (se alguém puder confirmar), termina no final do ano o patrocínio da Taschibra, o que significa diminuição de receitas, já que esse contrato havia sido firmado com valores de Série A. E, no caso de rompimento com a FPSA, como fica a situação de jogadores importantes que pertencem às empresas parceiras (Brazil Soccer e Bis), como Wilson, João Filipe, R. Carvalho, etc.? Ao contrário do Ney Pacheco, acho que ainda estamos com a faca no pescoço.

Já no longo prazo, o meu otimismo dependerá de um acerto ou não com a FPSA. Se não houver um acordo, o que repito, considero provável, e o clube voltar a ter administração própria, acho que o Figueirense muda de patamar e dificilmente vai manter o porte de time de Série A.

Penso isso porque o Figueirense, embora seja um dos grandes de Santa Catarina - aliás, o maior, com certeza - no cenário nacional, despido de parcerias, é um time médio (ou pequeno como disse Nestor Lodetti), assim considerado pelo que conseguiria arrecadar, pelo tamanho do seu orçamento. E é isso, em geral, que conta no futebol atual.

Em síntese, acho mesmo que não havia como aprovar as mudanças, na forma como apresentadas, pois representaria um risco para o clube, para a instituição. Agora, quanto ao desempenho dentro de campo, o risco bem maior é com administração própria. Disso eu não tenho dúvida.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O complexo de inferioridade dos avaianos


O Avaí está passando pela melhor fase de sua história, com o acesso do ano passado, o título do campeonato estadual depois de 13 anos (?) e a boa campanha na Série A deste ano, enquanto o Figueira passa por um momento difícil, certamente o pior dos últimos 10 anos, com o rebaixamento no ano passado, a má campanha no estadual deste ano e o fracasso na campanha do acesso deste ano.

Tudo isso, toda essa conjunção de fatores, no entanto, não foi suficiente para elevar um pouco a autoestima dos avaianos e avaianas, que continuam se achando inferiores aos alvinegros, que continuam nos temendo (não sem certa razão). É o chamado "complexo inferioridade".

Só isso explica a festa, o foguetório por parte dos avaianos quando fomos rebaixados no ano passado e, principalmente, após a derrota para o Duque de Caxias neste ano. Depois deste jogo, por exemplo, uma tia minha, meio desligada do futebol, que reside no Bairro Santa Mônica, perguntou: "Quem é que foi campeão?".

Esse complexo de inferioridade desproporcional dos avaianos nem Freud explica, mas como alvinegro fico feliz. Nada melhor que ser reconhecido como superior, como melhor, pelos próprios rivais. Isso não tem preço.

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