domingo, 30 de agosto de 2009

Contratem outro goleiro, por favor, e com urgência

Eu jamais vaiaria o Dálton como a torcida vaiou. Achei uma ofensa gratuita ao atleta e que não ajudou nada. Pelo contrário, atrapalhou e muito. Também tenho o maior respeito pelo jogador, por sua dedicação, pela sua seriedade. E além de tudo parece um cara gente boa . Torço por ele, sinceramente. Mas, também, sinceramente, não têm, desde 2007, a mínima condição de jogar no Figueirense, não digo técnica, mas psicológica.
Não vaiaria o Dálton, mas vaiaria com todas as forças quem decidiu que não precisaria contratar um goleiro reserva. A torcida pode se enganar, mas os profissionais dá área jamais poderiam cometer uma falhas dessas. Um meia rejeitado pela torcida pode-se insistir com ele, pode-se dar inúmeras outras oportunidades. Um atacante, um volante e até um zagueiro, também. Mas um goleiro, jamais, principalmente porque era visível, mesmo nas partidas em que o Figueira venceu com facilidade, para quem entende um pouquinho da posição, que Dálton ainda não havia superado o trauma de 2007, que estava totalmente inseguro.
Escrevi em meados de julho, em avaliação do elenco, que "Goleiro: é onde está o maior problema. Temos um excelente goleiro e só. Dálton é um bom goleiro tecnicamente, além de possuir ótima altura para a posição. Mas é totalmente inseguro, intranquilo, e não há nada pior que um goleiro apavorado. No treinamento, sem a pressão, deve arrasar, mas no jogo se mostra atrapalhado, estabanado. Um perigo. Gustavo me pareceu um excelente goleiro, mas ainda muito novo para assumir uma posição de alto risco. Como não dá para improvisar na posição, se não contratarem ninguém o jeito vai ser rezar todos os dias para que nada aconteça com o Wilson." Gostaria de ter queimado a língua.
A única ressalva que faço ao meu comentário anterior é quanto ao Gustavo. Talvez dê conta do recado. Mas é melhor lhe dar uma oportunidade na Copa SC ou no Estadual. Neste momento, com toda essa pressão, é muito arriscado. Basta cometer uma falha, e todo goleiro falha, para a torcida queimar mais uma grande promessa.
Então, o negócio é contratar, e urgentemente, um reserva para o Wilson e não precisa gastar nenhuma fortuna para isso. Basta um goleiro mediano, mas com experiência e pernsonalidade suficientes para não tremer debaixo dos três paus.

sábado, 29 de agosto de 2009

Sai Roberto Fernandes e entra Márcio Araújo: gostei!


O site oficial do Figueirense traz a notícia da saída do treinador Roberto Fernandes e da contratação de Márcio Araújo. Gostei da troca. Araújo é um bom treinador. Agora, se vai dar certo só o tempo dirá, pois depende de uma série de fatores, tanto internos, como cair nas graças do grupo de jogadores, quanto externos, como cair nas graças da torcida. Mas renova a esperança.

Eu já havia sugerido o nome dele em 02 março, quando caiu o Pintado. Olha o que eu disse na época: "Será que vão tirar da cartola outro Pintado? Eu prefiro treinadores do tipo mais inteligente, como o Giba ou Márcio Araújo, mas deve estar vindo por aí mais um daqueles que não aprovou em lugar nenhum ou daqueles que só dão certo no Nordeste, como Givanildo Oliveira".

A Diretoria está fazendo a sua parte ou pelo menos está tentando. Agora é a vez da nossa torcida usar toda a sua inteligência e apoiar incondicionalmente o time durante os 90 minutos, como apoiam os torcedores do Boca. Depois do apito final, aí é outra história. Só assim teremos chances de subir.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Scarpelli: o anti caldeirão

Roberto Fernandes falou, em entrevista a uma rádio após o jogo em que o Figueirense venceu o ABC por 1 a 0, que jamais treinou um time com tamanha pressão contrária em seu próprio estádio como atualmente no Figueirense e realmente deve estar falando a verdade. Esse clima negativo presente no nosso estádio atualmente deve ser imbatível. Virou o caldeirão do inferno. O terror de nossos próprios jogadores.
Esse clima negativo obviamente reflete em campo e afeta até craques consagrados, de seleção. Lembro-me da Copa América de 1989, com craques como Romário e Bebeto, em que a torcida vaiava o tempo todo a Seleção nos jogos em Salvador - BA. Parecia um bando de pernas de pau. Não acertavam um passe. A CBF mudou às pressas os jogos da Seleção para outras cidades e o time voltou a jogar um grande futebol e foi campeão com sobra.
Se esse abalo emocional acontece até com os maiores craques, imaginem com um elenco de série B, com diversos e importantes desfalques? E o resultado é a pontuação de time que vai subir jogando fora de casa e de time que vai permanecer na B jogando em casa.
O problema é que não se pode nem ao menos atribuir ao RF esse pífio desempenho em casa, pois também no ano passado, com outro elenco e com outros treinadores, tivemos um ótimo desempenho fora de casa, entre os 10 melhores, mas péssimo jogando no Scarpelli, se não me engano o pior entre todos os clubes.
Continuo achando que com mais quatro boas contratações (lateral, meia atacante, atacante e goleiro reserva) teremos plantel para subir, desde que o fator casa volte a fazer a diferença, coisa que não acontece nos últimos dois anos. Com esse anti caldeirão, mesmo suprindo as carências do elenco, teremos que fazer como a torcida do rival em 2007, que comemorou a permanência na B.
Não quero que entendam como uma crítica à torcida. Cada um paga o seu ingresso e faz o que quiser. Quis apenas fazer uma constatação e propor uma reflexão: se for para vaiar, xingar, reclamar, chiar, enfim, qualquer gesto durante a partida que contribua para esse clima desfavorável, não é melhor ficar em casa? Se comparecer no estádio, não é melhor guardar todas as energias para uma sonora vaia após o apito final?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Rafael Coelho e o amadorismo de seu procurador

Não conheço o trabalho do procurador do Rafael Coelho, mas penso que foi muito infeliz nessa questão da possível venda do nosso artilheiro para o futebol holandês.
Entendo que a tarefa de um procurador não é só negociar bons contratos para seus atletas e obviamente levar boas comissões. É sua missão proteger o jogador, evitando que seja exposto a situações que prejudiquem sua imagem, seu desempenho, enfim, sua carreira.
Com suas declarações à imprensa, divulgando precipitadamente informações que deveriam ser preservadas, acabou causando uma situação que certamente atrapalhou o desempenho do Rafael e, com a revelação de que não agradou os holandeses, arranhando a imagem do jogador.
Deveria ter ficado calado e só falado alguma coisa depois que chegasse alguma proposta concreta. Jamais no momento em que o jogador seria avaliado.
O lado bom da história é que o procurador, pelo menos por enquanto, mofou com a pomba na balaia. Sorte nossa.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Figueirense é o 3º melhor fora de casa

O Figueirense, com o empate de ontem diante do Ipatinga em 2 a 2, chegou aos 14 pontos fora de casa, ótima campanha longe de seus domínios, superado apenas por Vasco e Guarani, com 18 e 15 pontos respectivamente. O problema é que, para subir, também são computados os jogos em casa e é aí que complica a nossa situação, pois temos um desempenho apenas mediano quando jogamos no Scarpelli.
O interessante é que no campeonato brasileiro do ano passado já aconteceu situação semelhante, quando o Figueira ficou entre os dez melhores jogando fora de casa, mas foi um dos últimos com o mando de campo, o que foi decisivo para o rebaixamento.
Como explicar isso? É quase uma questão sem explicação, mas eu vou tentar. Em 06 de junho próximo passado eu postei sobre o assunto com o título E o que está acontecendo com o nosso caldeirão?, e apresentei alguns palpites sobre os motivos, que não descarto, mas agora penso que o principal motivo, na verdade, pelo menos neste ano, é a qualidade do plantel.
Jogando fora de casa é possível jogar no erro do adversário e para isso não precisa grande qualidade, basta que tenha alguém que saiba aproveitar os contra-ataques, alguém que saiba fazer gols, e isso o Figueirense tem. Quando joga em casa, pela pressão natural da torcida, é obrigado a se impor, a construir o resultado, e é aí que aparecem as limitações do plantel.
Digo limitações do plantel porque o Figueirense chegou a formar, em alguns poucos jogos em casa, como contra o Brasiliense, times de excelente nível, que venceram seus adversários com facilidade. Mas bastaram algumas lesões para virar um time limitado, que não consegue se impor dentro de casa, principalmente contra adversários mais qualificados, como o São Caetano.
O Figueirense poderia ter resolvido isso reforçando o grupo, pois suspensões e lesões são normais, embora estas últimas estejam um pouco acima do razoável nos últimos tempos. Em postagem no final do mês passado escrevi que para fechar o elenco precisaria de mais um lateral, um meia, um atacante e um goleiro reserva, pois não achava e não acho o Dalton um goleiro confiável, independentemente da falha de ontem, que considero normal. Se a Diretoria tivesse contratado reforços para essas posições à altura dos titulares, não tenho dúvida de que, apesar das invenções de nosso treinador em alguns jogos, estaríamos no G4. E com folga. Não estamos, principalmente, porque na hora que precisamos do elenco não existiam as peças necessárias para a reposição.

sábado, 22 de agosto de 2009

Roberto Fernandes é daqueles treinadores que só dão certo no Nordeste?

A derrota de ontem, em casa, para o São Caetano, por 2 a 0, confirmou a situação do Figueirense sob o comando de Roberto Fernandes como um time de altos e baixos, ultimamente mais baixos que altos. Um time irregular, não só de um jogo para outro, mas também de um momento para outro durante uma partida. Um time desorganizado em muitos momentos.
Roberto Fernandes ainda não emplacou no Figueirense. Isso é fato. E vai emplacar? Está cada vez mais difícil, mas não impossível. O pior de tudo, o que torna sua tarefa mais difícil, é que suas indicações, seus homens de confiança, como Cássio e Totó, também não emplacaram.
Quando da sua contratação, eu comentei que havia gostado da escolha e que iria "torcer para que não seja mais um daqueles que só se dão bem no Nordeste". Não que eu considere o povo do Nordeste inferior, longe disso, mas apenas diferente culturalmente. O que dá certo lá, não necessariamente vai dar certo no Sul e vice-versa, por conta, penso, das grandes diferenças culturais existentes. Temos vários exemplos do que estou falando e o maior deles é Givanildo de Oliveira. São essas mesmas diferenças culturais, acredito, que levam os treinadores brasileiros a não conseguirem sucesso na Europa ou os treinadores argentinos a não emplacarem no Brasil, por exemplo.
No Figueirense, não me lembro de nenhum treinador que tenha sido contratado após grandes trabalhos em clubes nordestinos e tenha repetido o sucesso no Figueirense. E foram várias tentativas. Mas pode ser apenas coincidência.
Quanto à eventual substituição do treinador, embora desejável por quase toda a torcida, não tenho certeza se neste momento é a solução. Mantê-lo é um risco, mas substituí-lo pode ser um risco maior ainda, principalmente porque mudariam vários outros profissionais. Teria que recomeçar um trabalho praticamente do zero. A única certeza é que dará mais esperança à torcida.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Como fabricar uma notícia e uma manchete

Hoje, por volta das 11:40 h, estava ouvindo o programa esportivo da Rádio CBN e, em certo momento, o setonista do Figueirense perguntou ao Rafael Coelho se o Jejum de gols, de 3 partidas e 4 rodadas (não atuou na última), não o preocupava.
Rafael poderia ter matado a questão respondendo: são 2 partidas e não 3 e perguntando: mas que jejum? 2 partidas sem fazer gol é jejum? Até a partida em que não jogo tenho que fazer gol? Você não tem mais nada para perguntar? Mas, em vez de contestar, preferiu dizer que "isso (jejum) é apenas mais um obstáculo que eu devo passar por cima, mais um obstáculo na minha vida". Estava criada a notícia. Estava criada a manchete.
E a manchete em menos de uma hora já estava na Internet, no DConline e em pelo menos outros oito portais que copiaram a notícia: Rafael Coelho volta ao Figueirense para acabar com jejum de gols.
Não acho que o repórter tenha agido com má itenção. O considero de boa índole. Foi apenas inoportuno, e lhe faltou bom senso (jejum de 2 jogos? francamente!) e a informação correta (são apenas dois jogos sem gols - América e Bragantino - e não três como falou e muito menos quatro). Poderia ter evitado esse tipo de pergunta.
Quanto ao Clicrbs (ou ao avaiano que edita no portal), que fabricou a notícia e a espalhou, sem ao menos corrigir a quantidade de jogos sem gols, já não sinto essa mesma boa fé, principalmente pelos antecedentes. E ainda largaram embaixo do título: "Artilheiro da Série B está há quatro jogos sem balançar as redes".
Pode ser uma coisa sem maior relevância, mas também pode criar uma pressão desnecessária, indevida e injusta sobre o jovem Rafael Coelho. Afinal, dois jogos sem fazer gol (ou até se fosse três) nunca foi manchete nem para o Pelé. Também não pode ser para o nosso artilheiro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Bóvio é a contratação que precisávamos?

Sinceramente, acho que de volante já estávamos muito bem servidos. Bóvio também atua como meia, mas, pelo que conheço dele, não é um meia ofensivo, como Fernandes e Netinho (este sim seria uma grande e necessária contratação).
Penso que o Figueirense possui algumas carências no grupo (lateral, meia ofensivo, atacante e um goleiro reserva). E acredito que foi queimada uma ficha desnecessária, salvo engano, como por exemplo se o Bóvio puder ser aproveitado na lateral ou realmente possuir características de meia ofensivo, ou qualquer outra qualidade que desconheço. Vou torcer para isso.
Agora, acho estranho como publicam matérias totalmente inverídicas. Vejam o que saiu nos portais Terra, Ig, Gazeta e outros: "...O time perdeu recentemente o volante Roger para o Energie Cottbus, da Alemanha, e ainda busca um novo líder. Jeovânio, contratado para a posição, não agradou ao técnico Roberto Fernandes". Já não basta a nossa imprensa local fabricando notícias.

domingo, 16 de agosto de 2009

Um muro pixado e uma tempestade de um copo d´água

Foto Clicrbs
O Figueirense teve muitos problemas nas últimas semanas, não há como negar. Muitas lesões, suspensões, invenções do treinador, derrotas seguidas, etc. Se não bastasse tudo isso, ainda inventaram mais um problema: a pixação do muro.
Não que tenham inventado a pixação em si. Ela ocorreu, foi inclusive filmada e fotografada. Mas inventaram o problema.
Deram uma dimensão absurda a um ato insignificante. Poderia ter alguma repercussão se fosse descoberto quem praticou o ato e o praticante fosse alguém relevante no contexto, como um jogador ou empregado do clube insatisfeito. Até se fosse alguém da oposição não mereceria atenção, pois um opositor que age dessa forma merece apenas ser totalmente ignorado.
Como não identificaram o infrator, pode ser, e tudo leva a crer que sim, um torcedor qualquer pedindo a cabeça do treinador e da diretoria. Não é a forma mais adequada, mas e daí? Qual a diferença, do ponto de vista da repercussão no clube, de o torcedor pedir a cabeça do treinador num blog, no final do jogo, numa carta ao jornal ou numa pixação, exceto que o pixador pode ser punido até criminalmente? E pode ser que o ato tenha sido praticado até por um torcedor do rival querendo tirar uma onda e ainda criar tumulto. Porque não? Aquela frase "o paraíso acabou" parece coisa de avaiano.
O interessante é que toda essa repercussão começa na imprensa, inclusive com teorias conspiratórias sem nenhuma prova ou evidência, mas só ganha essa dimensão porque encontra eco na nossa própria torcida. Precisamos ser mais críticos e parar de engolir e dar crédito a certas coisas.

RF não inventa, Fernandes arrebenta e Figueira vence mais uma

Foto do Clicrbs
Mesmo com vários e importantes desfalques, o Figueirense foi ao Rio de Janeiro e venceu o Duque de Caxias por 3 a 2 e acabou com a série de derrotas seguidas.
Para que isso fosse possível, penso que foi fundamental a decisão de nosso treinador de escalar o time no esquema 3-5-2, o único que o time se sente seguro, segundo as palavras do próprio treinador, e escolher os jogadores adequados para cada função. Não teve zagueiro ou volante fazendo a função de ala e nem ala ou meia atacante atuando na defesa. Assim, simples, as coisas ficam mais fáceis.
Também foi decisiva para vitória a grande atuação do nosso Fernandes, que fez uma de suas melhores apresentações com a camisa do Figueirense. Arrebentou.
Como ponto negativo o caminhão de gols perdidos pelo Lucas, que se treinar esse fundamento e aprender a finalizar vira jogador de seleção, e também pelo Paulo Sérgio, mas este não dá para saber se também tem problema de finalização ou se estava num mau dia.
Outro ponto negativo foi a defesa, que voltou a apresentar falhas incríveis e por pouco não deixamos escapar três pontos fáceis (nas circunstâncias da partida).
Agora é torcer para que Roberto Fernandes tenha aprendido definitivamente a lição e não faça mudanças na equipe que volte a desorganizar o time. Assim, teremos grandes chances de vencer o São Caetano, que deverá ser uma partida dificílima, já que o clube do ABC subiu muito de produção, saiu da vice-lanterna para a sexta posição e está jogando um futebol que o credencia a ser um dos favoritos ao acesso, mais do que Guarani e Ceará, por exemplo, que estão atualmente no G4.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Quando o Rio Avahy vai voltar ao leito normal?

Há certos rios que, para quem não os conhece e os vê pela primeira vez, logo após uma enchente, parecem grandes e volumosos. Mas, passam as tempestades e voltam ao seu leito normal, com seus tamanhos naturais e reais e não impressionam mais ninguém. Voltam a ser o que realmente são. Assim também é o Rio Avahy, localizado no Paraguai, que cedeu seu nome (embora indiretamente) ao nosso rival. Nada mais que um pequeno afluente.
Com o Avaí a situação não é muito diferente. Quem chegar na Terra agora vindo de um planeta qualquer, vai pensar que é um time grande, que vai brigar por Libertadores, por título, e etc. Mas ninguém cresce de um dia para o outro. Uma hora as águas vão baixar.
O Avaí não é um cavalo paraguaio, aquele que dá uma grande arrancada e dispara na frente e é ultrapassado por todo mundo antes da reta final. A arrancada foi muito mau. Mas com certeza não passa de um rio paraguaio e logo, logo, volta ao seu leito normal.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um time medroso e um árbitro bem caseiro: mais uma derrota

O Figueirense não merecia vencer, mas a mãozinha que o senhor André Luiz Martins Dias Lopes, esse árbitro caseiro, para não dizer mal intencionado, deu para o time da Família Chedid, foi fundamental para a derrota. A expulsão do Édson foi absurda. Coisa de árbitro que sabia o que estava fazendo. A do Rafael Coelho não fez muita diferença, a não ser no próximo jogo, mas também foi inventada por esse juiz, que me lembrou o Rodrigo Martins Cintra, aquele que sempre decide quem vai ganhar. O comportamento dele foi muito estranho. Vou ficar de olho nesse nome.
Mas a derrota não foi só culpa do árbitro. Um time que joga num 3-5-2 com com um volante e um zagueiro de alas só pode perder e normalmente com um gol no final. Dá a falsa impressão que está tudo bem, sem maiores perigos na sua trave, mas sem nenhum poder para surpreender, quase sem chances de contra-atacar. Nesse contexto, há dois resultados possíveis: o 0 a 0 e o 0 a 1. Deu o segundo possível. Infelizmente, com a ajuda decisiva do homem de preto, a Família Chedid vai dormir feliz.
Quanto ao futuro, não dá para esperar muito de um treinador que escala um volante e um zagueiro de alas (ou que já escalou alas ofensivos no 4-4-2). Por enquanto não dá para sonhar nem com um novo treinador. Isso só será possível com 5 derrotas seguidas, após o jogo contra o São Caetano.
Por enquanto dá apenas para sonhar com uma vitória diante do modesto Duque de Caxias. Pelo que o Figueirense vem jogando vai ser difícil, mas sonhar não custa nada.

domingo, 9 de agosto de 2009

Roberto Fernandes está cavando a própria cova

Às vezes um treinador cai em desgraça por trairagem dos jogadores, outras por falta de material humano, de estrutura, de sorte ou até tudo isso junto.
Com Roberto Fernandes vem sendo diferente. Não vejo nenhum dos motivos, citados anteriormente, presentes no Figueirense no momento. A cova do nosso treinador vem sendo cavada por ele mesmo, embora volta e meia ele precise de uma ajudinha para essa missão e, então, convoca alguém para auxiliá-lo. No começo foi Peroni, depois Totó e agora Jairo. Sinceramente, não sei qual dos três ajuda mais nessa tarefa.
É inacreditável que, depois de muito penar para encontrar um esquema e um time titular, nosso treinador insista com esquemas já testados e reprovados várias vezes e com jogadores, como Jairo, idem. Isso depois de ele próprio ter afirmado que o único esquema em que o grupo se sente seguro é o 3-5-2.
Sinceramente, de maneira geral, não acho que esquema seja fundamental. 3-5-2, 4-4-2, 3-6-1 são apenas detalhes. O que importa é que o time encaixe, que cada um consiga dar o seu melhor, que o time seja produtivo e objetivo, que alcance os resultados.
Tanto o esquema é apenas um detalhe que Adilson Batista, por exemplo, conseguiu montar times equilibrados e consistentes até sem zagueiros. Mas, infelizmente, Roberto Fernandes não é nenhum Adilson Batista. Para treinadores limitados como ele (ao que tudo indica) têm que optar pelo feijão-com-arroz, pelo esquema básico que o grupo melhor se encaixe. E no Figueirense parece óbvio que o único esquema que funcionou foi o 3-5-2, principalmente por possuir dois alas ofensivos que não sabem marcar.
Além do mais, esse negócio de mudar o time de acordo com o adversário só é possível em times consolidados, cujos jogadores jogam juntos há muito tempo, nos quais todos se conhecem, que sabem a posição de cada um em campo até de olhos fechados. Não é o caso do Figueirense.
O fato de não ter essas noções e não reconhecer suas próprias limitações como técnico, tem levado nosso treinador a experiências com resultados catastróficos para o time.
Roberto Fernandes já perdeu a confiança da grande maioria da torcida. Para sua desgraça total só falta perder a confiança do grupo de jogadores (se já não perdeu). Seria a pá de cal.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Filipe Luis Kasmirski: mais um da base do Figueirense na Seleção Brasileira

Depois do André Santos, agora chegou a vez da convocação do Filipe, atualmente no La Corunha, da Espanha.
Com a sua convocação agora a lateral esquerda da amarelinha é toda nossa, titular e reserva, pois ambos são oriundos da base alvinegra, comprovando a qualidade das divisões inferiores do Figueira.
Enquanto isso, no Sul da Ilha, a cada dez anos eles conseguem emplacar um jogador. Mas não é na seleção, não. É no time titular deles. E quando conseguem.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Rafael Coelho é fominha?

Tenho ouvido com certa frequência na nossa imprensa esportiva que o nosso artilheiro, Rafael Coelho, precisa passar mais a bola, precisa ser menos individualista, tem que deixar de ser "fominha", e por aí vai.
Parte da torcida acaba embarcando nessa onda, o que é natural, e passa a fazer críticas do gênero.
Eu já penso o contrário. Acho que só está faltando a ele ser mais "fominha", mas não no sentido de prender a bola até perder, mas sim no de partir para cima dos adversários, com objetividade e velocidade, o que sabe muito bem fazer.
E principalmente "fominha" no sentido de fome de gol, de assumir que é o matador do Figueirense, pois tem todas as qualidades para isso: tem um chute forte e certeiro; cabeceia bem, apesar da baixa estatura e tem a sorte dos grandes artilheiros.
Portanto, Rafael, nada de ficar procurando o companheiro melhor posicionado, que acaba geralmente dando um totozinho em vez de seu chute poderoso, a não ser que ele esteja na cara do gol e você não. Afinal, você é o goleador, você é o artilheiro do Figueira. Você é o cara. Só falta assumir definifivamente isso.
E os críticos? Vão lamber sabão!

domingo, 2 de agosto de 2009

Quatro anos depois, caso Edilson Pereira de Carvalho ainda não foi julgado

Passados quatro anos de uma das páginas mais tristes do futebol brasileiro, o caso da fraude nas partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho, que ficou conhecido como "A Máfia do Apito, seus reponsáveis ainda não foram julgados. E o que é pior: tudo indica que nada acontecerá com eles.
Na verdade, a Justiça ainda está decidindo, quatro anos depois, repito, se os reús serão julgados. Pode? É só mais uma prova de que a justiça não funciona, pelo menos quando os réus podem contratar bons advogados.
Segundo o voto do Des. Miranda, relator do processo que pede o trancamento da ação judicial, "não há nada na denúncia que justifique enquadrar os acusados pelo crime de estelionato".
O crime de estelionato, no qual os réus foram enquadrados, está previsto no art. 171 do Código Penal: "Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento."
Não vou entrar na discussão jurídica, até porque não sou especialista em direito penal, mas quatro anos apenas para decidir se serão ou não julgados é inaceitável. Principalmente porque é um caso de repercussão nacional, que a sociedade cobra uma solução rápida e uma pena exemplar.
Para saber mais sobre o assunto, acesse o site Olhar Direto.

sábado, 1 de agosto de 2009

A pontuação está dentro do programado e é isso que importa

A torcida do Figueirense ficou chateada com a derrota sofrida diante do Campinense e é natural que isso aconteça, mas não há motivo para pânico.
A saída eventual do G4 também não me preocupa. Quero estar no G4 no final do campeonato. Agora o que importa é atingir os pontos programados, que são 8 a cada 5 jogos, portanto 24 nos primeiros 15 jogos, alcançados com dois pontos de sobra, de gordura.
O que importa num campeonato longo como esse é a regularidade na pontuação, pois assim ultrapassaremos a qualquer momento ou na reta final os cavalos paraguaios do campeonato. O Brasiliense, por exemplo, foi o primeiro cavalo paraguaio a ser ultrapassado. O próximo será o Guarani, podem anotar. E estão pintando outros: Ceará, com certeza, e Atlético-GO, bem provável. Nenhum desses terá força para suportar a cavalgada firme, serena e contínua do Figueira.
Acho que acima do Figueirense, em termos de favoritismo ao acesso, só vejo o Vasco. No mesmo nível vejo a Ponte e a Portuguesa. E só.
Quanto ao jogo, foi a partida de um time que disputava uma final de Copa do Mundo, contra outro que jogava apenas mais uma partida (Figueirense) e sem a gana das últimas apresentações. Isso foi o principal, a meu ver.
Nosso treinador também colaborou, primeiro colocando em campo um time que não se encontrou, depois não conseguindo corrigir os erros de marcação, com substituições ou mudanças de postura, e depois com a retirada do Édson e abandono do esquema com 3 zagueiros, voltando ao velho esquema defesa-peneira, quando saíram os três últimos gols do Campinense, mesmo com o time da casa já visivelmente cansado.
Mas tenho que falar que foi o dia que nada deu certo para o Figueirense e tudo deu certo para o Campinense. Já assisti outras partidas do Campinense em casa e sempre joga assim, pressionando, mas acabava perdendo inúmeros gols por incompetência dos atacantes ou azar da má fase. Ontem foi o dia deles. Infelizmente.

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