A FUCAS, em conjunto com o Figueirense Futebol Clube, representado pelo Instituto Figueirense de Assistência Social, Avai Futebol Clube, representado pelo Instituto Avaí e os blogueiros dos clubes, estão organizando uma campanha de arrecadação de brinquedos para serem distribuídos às crianças carentes da região, cujo lançamento ocorreu ontem, 04.11.2009 (foto ao lado).
Considero essa iniciativa elogiável sobre diversos aspectos, não só pelo seu próprio fim, que é a distribuição dos brinquedos para as crianças carentes, trazendo um pouco de alegria a elas numa data especial que, por si só, já justificaria o evento.
Mas não é só isso, há outras questões envolvendo essa ação, como o envolvimento conjunto de Avaí e Figueirense e consequentemente de torcedores, jogadores, diretores de ambos os clubes em uma campanha solidária, o que pode significar uma nova fase nas relações entre as agremiações, que podem mostrar que são rivais sim, mas não inimigos, sinalizar para alguns torcedores que a rivalidade é desejável e necessária para que os clubes tenham vida eterna, mas a violência, a intolerância, não.
Aliás, eu defendo que a rivalidade deve ser deixada para as torcidas. As diretorias devem dar exemplo de civilidade, como estão dando nesse ato, até para desestimular atitudes hostis dos torcedores, situação que nem sempre ocorre. Defendo, por exemplo, que um clube parabenize o outro no dia de seu aniversário, por mais que isso possa ser polêmico. Por incrível que pareça, acredito que na época em que os clubes eram administrados "por amor à camisa", antes da era profissional, como na década de 70, havia mais cordialidade entre as diretorias, que constantemente efetuavam trocas e empréstimos de jogadores, cedência do estádio ao outro, etc.
Quanto à campanha em si, já participei diretamente de mais de uma dezena de eventos dessa natureza, como arrecadação de brinquedos, refrigerantes e alimentos para o Natal ou Dia das Crianças, e posso afirmar que é bastante gratificante e enriquecedora, onde se aprende muito e o que sempre mais me chamou a atenção é que as pessoas mais solidárias, as que mais colaboram, são as que tem menos posses. De repente você vê aquela vendinha no bairro, mal abastecida e toda empoeirada e fica até com pena de pedir uma doação, mas se não pedir o proprietário se sentirá ofendido com a "discriminação" e é de lá que vem uma boa contribuição. Já todos os grandes supermercados, alguns com grandes redes, de onde se espera muito, vem pouco ou nada. Exigem um monte de burocracia, prazos para efetuar o pedido, entre outros obstáculos e, se o cara for muito persistente, leva um pacotinho de bala no final.
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(Foto de Carlos Amorim)
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