Antes do clássico passado eu escrevi sobre o primeiro clássico da história, com o título "no primeiro clássico eles já amarelaram" e hoje resolvi redigir um texto sobre o último clássico, cujo desfecho não foi muito diferente, pelo menos no quesito "amarelation".
Vou tentar contar a história do último jogo um pouco diferente, com base em tudo que vi, ouvi, li sobre essa partida, e também usar um pouco da imaginação, dando um novo enfoque sobre o acontecimento.
E nada melhor que contar essa história a partir do lotado camarote da Diretoria avaiana, a toca do Leão, onde se encontravam os mais ilustres torcedores do time do Sul da Ilha, inclusive Conselheiros, ex-Diretores, ex-Presidentes, muitos dos quais pediam a cabeça de Zunino há pouco tempo, mas hoje só babam seus ovos.
Eu infelizmente não estava lá para ver o xororô no final do jogo, mas a minha imaginação é fértil. Aliás, pelo que sei, só um alvinegro estava presente no local: o Vice-Prefeito, João Batista, que havia comparecido ao jogo para efetuar a entrega da taça comemorativa ao aniversário de Florianópolis. Que sortudo. João Batista até teria passado por maus bocados, principalmente após o gol avaiano no início do segundo tempo, quando teve que aguentar quieto todo tipo de gozação. Mas o final seria recompensador, como todos sabemos.
O jogo já se encaminhava para o final e a torcida avaiana já comemorava a magra vitória. No camarote, Zunino e outros figurões já contemplavam e computavam a taça em disputa. Pra falar a verdade, a taça não era lá essas coisas, mas não é sempre que o Avaí ganha uma. Qualquer uma. Aliás, ultimamente tem sido bem raro. Por isso eles olhavam a taça e babavam enquanto seus olhos brilhavam.
Chega aos 48 minutos da segunda etapa, o árbitro da partida, Luiz Orlando de Souza, havia dado três minutos de acréscimo. No camarote só se houve acabou, acabou, acabou... Mas Luiz Orlando não acaba, pois uma bomba havia estourado na grande área e interrompido a partida. E o Figueirense pressiona, com um escanteio atrás do outro, com todo mundo na área, inclusive o Wilson, sendo que no último escanteio, no último minuto, a bola é lançada na área, a zaga corta, sobra para William na entrada da área, que chuta, nem muito forte, nem muito fraco, no meio do gol, mas a bola vai passando, passando, no meio de um, de outro, do goleiro... só para no fundo das redes. É o gol de empate alvinegro.
No campo todos os jogadores alvinegros saem correndo para o lado oposto do gramado, com os braços abertos e erguidos para cima, passos longos, sorriso escancarado, em direção à sua torcida, que não para de pular, de gritar, de cantar, de comemorar, o empate com gosto de vitória.
No camarote, os figurões avaianos ficam indignados, pois segundo eles o jogo já havia acabado. Aliás, até o narrador da CBN disse na narração que o gol alvinegro saiu depois que o jogo acabou. Para o Figueirense e a maioria dos times, realmente depois dos 48, ou melhor, dos 45, não há mais jogo, já acabou. Mas time amarelão é assim e leva gol até depois que o jogo acaba.
Os figurões ficam furiosos com os acontecimentos. Se antes babavam pela taça, agora espumavam de raiva, tendo como fundo musical "O rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation..." , que vinha das arquibancadas alvinegras. Dos cantos da boca do despachante Nilton Dionísio, ex-Presidente avaiano, por exemplo, jorra uma abundante espuma branca enquanto xinga o Vice-Prefeito (segundo Cacau Menezes).
O Vice-Prefeito ainda teria que cumprir uma difícil missão. Recolher a taça e entregá-la ao Figueirense, vencedor nos critérios de desempate. Mas convenhamos, foi uma tarefa dura, difícil, até para um alvinegro. Foi como tirar um brinquedo de uma pobre criança. E só poderia ser entregue ao seu legítimo vencedor 15 dias depois, no jogo contra o Criciúma, quando as lágrimas avaianas já teriam finalmente secado.
Muito bom...prepara o texto de domingo..sugiro o título "a volta de Fernandes, o iluminado"
ResponderExcluirGuardem este dia, pois é a unica vez este ano que jogarão com um TIME SERIE A.
ResponderExcluiresses avaianos ligam tanto pra esse negocio de Serie A, serie B.... deve ser o trauma de tanto tempo sendo literalmente HUMILHADOS...
ResponderExcluirnos amamos o Figueirense FC, seja qual a divisao.. nao me importa contra quem jogamos, e sim que o FIGUEIRENSE vai estar em campo.. talvez seja por isso a vasta vantagem de publico para o alvinegro campeonato apos campeonato
Parabéns pelo texto, meu caro. Muito bom e muito bem escrito. E define muito bem qual é o sentimento reinante. Quanto aos "série A"... bem, deixa pra lá. Eles que se lambuzem enquanto podem.
ResponderExcluirParabens pelo texto, mais cuitados dos eterno sofredores Havaenus, eles merecem isto.
ResponderExcluirOooooooohhh todo havaenu é cuzãããããããããããããão