Já imaginaram os reflexos causados na economia, tanto de nossa cidade como do estado de Santa Catarina, com a participação de nossos times nos campeonatos nacionais mais importantes, como Copa do Brasil, Campeonatos da Séries A e B? Além das torcidas dos clubes adversários que para cá se deslocam, algumas bastante numerosas, há os profissionais envolvidos com os certames, como atletas, técnicos, dirigentes, árbitros, jornalistas de rádios, TV e jornais e seus auxiliares, entre outros. Isso aumenta as vendas no comércio e o movimento nos restaurantes, eleva o número de hóspedes em hotéis e pousadas, além da procura por serviços variados, como táxis, diversões, e até as "meninas" da Conselheiro Mafra e de outros locais mais sofisticados faturam mais.
Para os governos significa um aumento substancial da arrecadação de impostos e taxas, além da divulgação gratuita, na mídia nacional, do nosso estado e da nossa cidade, com valor incalculável. E de que maneira nossos governantes retribuem? Com nada. Com nenhuma recompensa financeira pelos relevantes serviços prestados. Muito pelo contrário. A única preocupação é aumentar ainda mais a arrecadação, cobrando implacavelmente todos os impostos e taxas, como IPTU, ISS... Até para a PM efetuar a segurança em dias de jogos é cobrada uma taxa.
Eu, pessoalmente, sou contra a caridade com clubes de futebol. Hoje não há mais espaço para prefeitos e governadores que fazem doação para ajudar clubes endividados a saudarem suas folhas de pagamento. Isso só leva à eterna dependência, ao comodismo e à ineficiência. Mas sou favorável a que os clubes sejam recompensados pelos serviços prestados e não com uma merreca qualquer. Tem que ser com um valor substancial, proporcional aos benefícios gerados a Santa Catarina e Florianópolis. Até para que nossos clubes sejam fortalecidos, possam continuar disputando grandes eventos e gerando todos esses reflexos positivos.
Talvez seja complicado recompensar financeiramente os clubes com a isenção de tributos. Teria de mexer na legislação, o que sempre é complicado. Mas há outras formas, e a mais fácil provavelmente seria com patrocínio nas camisas dos times ou em placas de publicidade. Pelo jeito, porém, ninguém pensa assim, tanto que nem as dívidas com o IPTU de Figueirense e Avaí puderam ser quitadas dessa forma e estão sendo cobradas judicialmente (leia aqui sobre o assunto no blog Gigante Alvinegro).
Outras cidades e estados, mais inteligentes, já perceberam a importância de fortalecerem seus clubes. O Rio Grande do Sul é um deles, que há vários anos patrocina a dupla gre-nal, através do banco oficial, além de outras formas de retribuição.
Nossos governantes preferem gastar milhões com eventos esportivos ocasionais, como a corrida de kart nos Igleses, com retornos duvidosos, muitos dos quais causando enormes transtornos aos moradores. À galinha dos ovos de ouro de todos os dias só resta as pesadas mãos do fisco.
Execelente texto.
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