Foto Carlos Amorim
Dorival Júnior, nosso ex-técnico, deu uma entrevista interessante à Fifa (clique aqui para acessar), na qual disse uma frase que me chamou a atenção: "existe (no Santos) essa cultura de privilegiar jogadores técnicos que, de repente, em outro clube seriam, entre aspas, discriminados".
Concordo com o nobre treinador, pois realmente essa questão cultural no Santos é bem evidente e com certeza é fundamental para que surjam talentos do quilate de Neymar e Robinho. Lá preferir driblar a passar não é visto como um defeito e o cara não é vaiado ou xingado quando perde a bola ao tentar um drible. Isso é cultural e certamente está impregnado em todos os setores, desde as categorias de base à equipe profissional, passando pela torcida.
No Figueirense, infelizmente não temos essa mesma cultura e não há nenhuma tolerância com o drible mal sucedido. O jogador que dribla com frequência, que parte para cima do adversário, como Lucas e Firmino, são mal vistos por grande parte da torcida e taxados de individualistas. Como diria Dorival Júnior, são "discriminados".
Por mais personalidade que o atleta tenha, como é caso de Firmino e Lucas, com as vaias, os apupos, os questionamentos, as críticas, a tendência é de perderem com o tempo a confiança, diminuindo o êxito nos dribles e aumentando ainda mais as vaias.
É como uma bola de neve e se o cara insistir pode ser perseguido pela torcida até virar um jogador comum e fazer sempre o óbvio. Terá o seu talento totalmente castrado.
Não que a torcida faça isso conscientemente, deliberadamente, com a intenção de prejudicar o atleta e a equipe, mas na minha opinião é isso que acontece, é esse o desfecho final.
Eu penso totalmente diferente em relação aos dribles. Prefiro o jogador que faz o diferente, que ousa, que parte para cima. Mesmo que erre metade das tentativas, pois nas que obtiver êxito vai levar perigo e sempre vai precisar de mais de um marcador, sempre vai deixar a defesa adversária intranquila, apavorada.
Por isso eu apelo: deixem os meninos do Scarpelli jogar.
* Túlio é uma boa? Particularmente, não gosto de volantes com essa faixa de idade. Acho que é uma posição em que a capacidade física é fundamental, pois tem que pegar no meio, dar cobertura nas laterais, etc. Mas há exceções, jogadores que cumpriram bem essa função até depois do 40 anos, como Capitão, ex-portuguesa, e Fernando. A impressão que tenho, porém, é que Túlio não tem apresentado esse pique todo nos últimos clubes que passou. Mas vamos torcer.
* O assédio do Grêmio ao Ygor já passou dos limites. A Diretoria já disse que não quer negociar, o atleta já declarou que quer ficar, o empresário já afirmou que o atleta fica, mas a direção gremista insiste, inclusive assediado o jogador com propostas tentadoras. Tudo por insistência do Renato Gaúcho, o bundão. Por falar nisso, saiu ainda agora no Twitter do Figueira: "A diretoria do Figueirense, parceiros e empresários reafirmam que o volante Ygor permanece no Figueirense."
* Bons resultados nesta sexta-feira pela Série B. O Náutico pedeu em casa para o Duque de Caxias, por 2 a 0, enquanto a Ponte conseguiu apenas um empate diante do Paraná, em Curitiba. A Ponte está com uma equipe muito boa, jogou muito bem. Saiu perdendo por 2 a 0 e por pouco não virou.
Pessoal, vamos chutar pelo Figueira no e-futebol.com.br!
ResponderExcluirperfeito o topico!!
ResponderExcluirso acho que nao gostar de magricelos dribladores nao seja um defeito, e sim uma qualidade! futebol é coisa seria, nao é pra ficar de dancinha, rebolando igual meninas, como os caras do Santos
entretanto, que a nossa torcida é um inferno pra qualquer jogador em inicio de carreira, é. se a qualidade do cara é o drible, logo dao um jeito de fazer ele nao driblar mais, o que o torna um jogador comum, ou até pior que os outros
concordo com voce;tenho uma cadeira no setor b onde senta uma turma de "velhinhos" que nao suportam o lucas e o firmino;pois eu sou a favor deles gosto do futebol bonito com dribles; sabem quem eles adoram? jean carioca,maicon e reinaldo o ultimo perdeu um gol hoje que meu deus;estamos no caminho e se deus quiser se o olho grande deixar vamos chegar la
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