sexta-feira, 29 de julho de 2011

O desequilíbrio alvinegro

O Figueirense do ano passado foi um exemplo de time equilibrado, constando sempre entre os melhores ataques e defesas do campeonato. E equilíbrio é tudo num time de futebol.

Neste ano, após a saída de Márcio Goiano, o sistema defensivo, que já era muito bom, até melhorou, mas o poderio ofensivo foi diminuindo gradativamente, até alcançar essa marca terrível, de 1 gol nos últimos 5 jogos, além do terceiro pior ataque do campeonato.

Os números dizem tudo e representam o que ocorre nos jogos, onde nossos atacantes, agora crucificados, têm a menor parcela de culpa, pois o principal problema é que são construídas muito poucas jogadas ofensivas e criadas raríssimas chances reais de gol, que ao serem desperdiçadas causam a revolta dos torcedores e geram mais pressão ainda em Aloísio, Héber e cia.

Certamente Jorginho tem grande parcela de culpa nesses números, por priorizar excessivamente o sistema defensivo, principalmente nos jogos fora de casa, quando tem abdicado de atacar, exceto no primeiro tempo diante do América-MG.

Penso que Jorginho também contribuiu para o desequilíbrio da equipe ao minar a confiança do time apostando insistentemente em jogadores que não deram certo, como Coutinho e Rhayner.

Héber, na minha opinião, é a maior vítima do treinador. Vinha bem, artilheiro do Estadual, cheio de confiança, mas Jorginho fez questão de mostrar que não confia nele, colocando-o no banco ou substituindo-o com frequência incompatível com seu desempenho até então. Resultado: o garoto está intranquilo, inseguro, não tem coragem nem de tentar um drible e chuta a bola  o mais rápido que pode.

A culpa, porém, não é só de Jorginho. Márcio Goiano já dizia, antes de ser degolado, que o Figueirense só estava bem servido até o 8 (Maicon). Dali para frente estava complicado. E está pior ainda.

Do ano passado para este perdemos William, nosso principal atacante, e Firmino, de altos e baixos, mas um craque, que saiu várias vezes do banco para resolver os jogos. E agora, inexplicavelmente, Reinaldo, que não vinha em boa fase, mas é goleador e experiente. Também vai fazer falta.

E quem a Diretoria trouxe para o setor ofensivo? Aloísio, que tem correspondido parcialmente, mas está longe de ser um William;  Elias, ótima contratação, mas tardia, pois chega fora de ritmo e tendo que entrar para resolver, já;  Rhayner, que não sabe chutar, nem driblar, nem passar, só correr; Júlio Cézar, uma aposta, pelo retrospecto e circunstâncias, arriscadíssima.

Portanto, a situação está difícil e não sei se Jorginho, mais uma aposta arriscada da  Diretoria, vai conseguir fazer com que o sistema ofensivo volte a funcionar e o time reencontre o equilíbrio perdido, com um elenco limitado.

Só sei que essa situação não poderá persistir por muito tempo sem que intervenções cirúrgicas sejam feitas.

Um comentário:

  1. O Figueirense não vence a seis rodadas, e quem é o culpado disso? Jorginho tem sua parcela de culpa sim, mas se analisarmos cada jogador do Figueirense, do goleiro ao ataque vamos constatar que jogadores que salvavam, davam tudo de si pelo time, já não fazem mais isso. Seria corpo mole? Qual a explicação de Edson Silva, João Paulo Goiano, Helder, Júlio César, Juninho e Túlio terem jogado bem esta partida e as outras que passaram e os outros muito abaixo das expectativas?
    Os jogadores dão o sangue pelo resultado, porem com erros sucessivos do tecnico e resultado não vem eles perdem a vontade, acho nossa campanha igual a de 2008, em tudo tcnico, Ruim, Um lateral que tem vaga no time de volant e laterais Coutinho(em 2008 Anderson Luiz) Um centravante perna de pau Welighton ( em 2008 Tadeu)estamos na 13 rodada e 12 em 2008 estavamos por ai buscando Sul americana, a Diretoria percebendo tudo e preocupada com o Estadio para a Copa, Hoje mesma coisa estão ai planejando o Estadio..

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