O Figueirense, com o empate de ontem diante do Ipatinga em 2 a 2, chegou aos 14 pontos fora de casa, ótima campanha longe de seus domínios, superado apenas por Vasco e Guarani, com 18 e 15 pontos respectivamente. O problema é que, para subir, também são computados os jogos em casa e é aí que complica a nossa situação, pois temos um desempenho apenas mediano quando jogamos no Scarpelli.
O interessante é que no campeonato brasileiro do ano passado já aconteceu situação semelhante, quando o Figueira ficou entre os dez melhores jogando fora de casa, mas foi um dos últimos com o mando de campo, o que foi decisivo para o rebaixamento.
Como explicar isso? É quase uma questão sem explicação, mas eu vou tentar. Em 06 de junho próximo passado eu postei sobre o assunto com o título E o que está acontecendo com o nosso caldeirão?, e apresentei alguns palpites sobre os motivos, que não descarto, mas agora penso que o principal motivo, na verdade, pelo menos neste ano, é a qualidade do plantel.
Jogando fora de casa é possível jogar no erro do adversário e para isso não precisa grande qualidade, basta que tenha alguém que saiba aproveitar os contra-ataques, alguém que saiba fazer gols, e isso o Figueirense tem. Quando joga em casa, pela pressão natural da torcida, é obrigado a se impor, a construir o resultado, e é aí que aparecem as limitações do plantel.
Digo limitações do plantel porque o Figueirense chegou a formar, em alguns poucos jogos em casa, como contra o Brasiliense, times de excelente nível, que venceram seus adversários com facilidade. Mas bastaram algumas lesões para virar um time limitado, que não consegue se impor dentro de casa, principalmente contra adversários mais qualificados, como o São Caetano.
O Figueirense poderia ter resolvido isso reforçando o grupo, pois suspensões e lesões são normais, embora estas últimas estejam um pouco acima do razoável nos últimos tempos. Em postagem no final do mês passado escrevi que para fechar o elenco precisaria de mais um lateral, um meia, um atacante e um goleiro reserva, pois não achava e não acho o Dalton um goleiro confiável, independentemente da falha de ontem, que considero normal. Se a Diretoria tivesse contratado reforços para essas posições à altura dos titulares, não tenho dúvida de que, apesar das invenções de nosso treinador em alguns jogos, estaríamos no G4. E com folga. Não estamos, principalmente, porque na hora que precisamos do elenco não existiam as peças necessárias para a reposição.
Concordo com você.
ResponderExcluirUm abraço