quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Erros, acertos e futuro

Outros blogs alvinegros já fizeram análises mais profundas sobre a situação do Figueirense, passado e futuro, e sugiro a leitura dos ótimos blogs do Ney (http://ney.meufigueira.com.br/), do Eduardo (http://gigantealvinegro.blogspot.com/) e do Tainha (http://colunas.globoesporte.com/diegosimao), que considero as mais sensatas e interessantes, mas não posso deixar de dar também os meus pitacos, da forma o mais sintética possível.
Penso que os principais erros do Figueirense estão relacionados ao abandono de princípios instituídos no clube por esta própria administração, a saber:
1) Preparador físico é homem de confiança do clube e não do treinador. O Figueirense seguia essa regra, que também é adotada pelo São Paulo e outros clubes, mas acabou abandonando nos últimos tempos. Isso explica a enorme quantidade de lesões e mau condicionamento físico dos jogadores durante quase todo o ano;
2) Ao contratar um jogador não olhar apenas o aspecto técnico, mas seu histórico disciplinar, seu comportamento fora de campo. Parece que isso também não foi seguido e os baladeiros, pessoal do sereno, os comprometidos apenas com as noitadas e pagodes estão aí para provar isso. Contratar um jogador é uma tarefa tão difícil que mesmo jogadores com passagens anteriores muito boas podem ser uma decepção quando voltam ao clube, como Sérgio Manoel e Tiago Gentil, só para ficar em dois exemplos. O erros existiram e sempre existirão em qualquer clube, mas se observar as questões que citei, os riscos serão reduzidos drasticamente.
3) O time deve ser montado pela diretoria de futebol. O treinador até pode indicar jogadores, mas a contratação somente será feita se o atleta se encaixar no perfil (salário, comportamento, histórico, características técnicas, etc.) estabelecidos pela diretoria. Desde o ano passado que cada treinador tem montado quase um time. E o pior: com atletas que na maioria dos casos não se encaixam no perfil definido pelo clube ou pelo menos no perfil que vinha sendo exigido nos últimos anos;
4) Cada macaco no seu galho, cada um com a sua função. Nada desse negócio de o treinador punir jogadores, por exemplo. Isso é tarefa da diretoria. Roberto Fernandes queria mudar até nome de jogador, evidentemente porque a diretoria deu abertura para que isso acontecesse. Esse tipo de coisa demonstra falta de profissionalismo, de organização, e pode levar a consequências mais graves;
5) Manter uma boa base do ano anterior. Do time titular do ano passado, apenas Wilson e Rafael Coelho permaneceram, ou seja, começou quase do zero, foi preciso encaixar um novo time, o que é muito, muito mais difícil. Penso que é preciso manter no mínimo 70% do time de um ano para o seguinte, pelo menos até encontrar um atleta melhor para a posição e, aí sim, mandar o antigo titular embora.Do time do ano passado penso que poderiam ter ficado alguns jogadores, alguns desses inclusive demonstraram em outros clubes que são bons jogadores, embora nesse caso havia a justificativa, que não serve para todas as dispensas, de mudança de situação finaceira com a queda. No time deste ano há jogadores que não são unanimidade, como Toninho, mas eu manteria ele e outros com certeza. Quem garante que contrataremos um melhor? Depois, se encontrar um melhor, tudo bem. Manda ele para o banco ou embora.
Um fato positivo é que foi mantida, pelo que sei, uma administração equilibrada, profissional, das finanças do clube, sem contrair grandes dívidas, sem contratações fora da realidade do clube, erro cometido por muitos clubes rebaixados, que os leva para o fundo do poço.
Para o futuro, a minha sugestão é só não repetir esses erros. Já é meio caminho.

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