O Ney Pacheco escreveu um post em seu blog (clique aqui para ler), muito bom por sinal, como sempre, apontando que houve uma "avaianização" do Figueirense, no sentido óbvio da palavra, que significa (ou significava) bagunça, desorganização, má administração, amadorismo, entre outros.
Concordo em parte com o nobre blogueiro. Realmente neste ano ocorreram falhas no Figueirense que lembraram a muvuca avaiana em um passado recente, mas há diferenças enormes. O Figueirense continua sendo administrado profissionalmente, cada um com a sua função. O que houve, na minha opinião, foi um erro na escolha dos profissionais para determinadas funções fundamentais, que não cumpriram com suas missões adequadamente, não sei se por desleixo ou incapacidade, e ficou a impressão de desorganização, reforçada pelo não atingimento das metas traçadas. Se tivesse subido estaria tudo bem.
No Avaí a situação era diferente, pelo menos até uns três anos atrás. Havia até treinador negociando contrato com jogador e assessor de imprensa desempenhando atividades administrativas. A bagunça era a regra.
Para definir bem a diferença entre os dois clubes, vou exemplificar com uma situação real que ocorreu há uns 3 ou 4 anos. Fui pedir uma camisa de ambos os clubes para um bingo de uma entidade comunitária. No figueirense, havia uma pessoa definida para essa tarefa, se não me engano era a diretora de relação com a comunidade e bastou encaminhar o pedido formal, que foi atendido sem maiores problemas. No Avaí houve até disposição de efetuar a doação, porém mandaram ligar para o Assessor de Imprensa, e nas várias ligações que efetuei ele estava desempenhando alguma atividade não relacionada à assessoria de imprensa, como reservar hotel para concentração, escolher campo para treinamento em outra cidade, entre outras que não me lembro, e com isso acabei até desistindo. Até em clubes de outros estados foi mais fácil conseguir a camisa, como Vasco, Corinthians, Coritiba, Goiás e outros.
Pelo que tenho acompanhado, isso não acontece mais no time do Sul da Ilha, que copiou algumas boas práticas de administração do Figueirense. Ou seja, houve uma figueirização no Avaí.
Com a adoção dessas boas práticas administrativas pelo Avaí (figueirização) e com o surgimento de falhas administrativas no Figueirense, houve, é verdade, uma redução na diferença entre o profissionalismo dos dois clubes, reforçado pela melhor fase da história do nosso rival e a pior fase do Figueira nos últimos dez anos, mas em termos de administração profissional estamos ainda anos-luz na frente. Não fomos avaianizados. Graças a Deus!
Texto muito bom e explica bem a situação do Alvinegro, gostaria que os havaianus, que visitar não chorar, se começar a chorar ai não ai não pode.
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